Em um ambiente de juros elevados e crescente incerteza macroeconômica, a EQI Research optou por manter inalterada sua Carteira Investidor Imobiliário para agosto de 2025. A seleção segue firme com 13 fundos imobiliários (FIIs) que, segundo a analista e head de research Carolina Borges, combinam resiliência operacional, geração de renda recorrente e potencial de valorização, mesmo em um cenário mais desafiador.
Contexto econômico: cautela redobrada
O mês de julho foi marcado pela manutenção da taxa Selic em 15%, sinalizando a consolidação de um período prolongado de juros elevados. Essa decisão reflete preocupações fiscais persistentes e novas incertezas trazidas por tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Apesar de impactante, a medida teve efeitos limitados no curto prazo devido à inclusão de mais de 700 exceções.
Nesse cenário, o mercado de FIIs sofreu uma leve correção: o Ifix recuou 1,36% no mês, embora mantenha uma alta acumulada de 10,3% no ano. A carteira da EQI teve desempenho superior ao Ifix, com queda de 0,91% no mês de julho e alta de 11,7% em 2025.
Estratégia: renda em primeiro lugar
A EQI reforça sua tese de manter uma carteira voltada à geração de renda passiva, mesmo diante de um mercado mais seletivo. A seleção prioriza fundos com bom histórico de distribuição, ativos de qualidade e estratégias consolidadas.
Destaque para os FIIs de papel, que seguem atraentes por seus dividend yields elevados e boa previsibilidade. Já os fundos de tijolo, embora mais impactados por precificação e liquidez, continuam a oferecer potencial de valorização, especialmente frente ao desconto observado entre seus preços de mercado e os valores de avaliação patrimonial.
O caso HGBS11: queda no rendimento, não na tese
O HGBS11 foi o destaque negativo do mês, com queda de 5,8%. O motivo: a expectativa de redução nos rendimentos, com o fim do repasse de receitas não recorrentes oriundas de vendas passadas, como a do I Fashion Novo Hamburgo. Mesmo assim, a EQI mantém o fundo na carteira, citando operacional sólido e portfólio maduro de shoppings bem localizados.
Os 13 FIIs da Carteira Investidor Imobiliário – Agosto/25
Código | Segmento | DY (últ. mês) | DY (12m) | P/VP | Peso |
---|---|---|---|---|---|
BTCI11 | Papel | 1,09% | 12,26% | 0,90 | 10% |
BTLG11 | Galpões | 0,79% | 9,52% | 0,95 | 10% |
GARE11 | Híbrido Tijolo | 0,92% | 11,53% | 1,00 | 7,5% |
HGBS11 | Shopping | 0,86% | 10,32% | 0,86 | 7,5% |
HGRU11 | Híbrido Tijolo | 1,25% | 9,92% | 0,97 | 7,5% |
KNSC11 | Papel | 1,02% | 12,53% | 1,01 | 5% |
HGRE11 | Lajes Corporativas | 2,29% | 10,32% | 0,71 | 5% |
LVBI11 | Galpões | 0,73% | 9,57% | 0,87 | 7,5% |
MANA11 | Híbrido Multiestratégia | 1,26% | 14,38% | 0,94 | 7,5% |
RBRY11 | Papel | 1,23% | 13,16% | 0,96 | 7,5% |
SPXS11 | Híbrido Multiestratégia | 1,22% | 14,26% | 0,89 | 7,5% |
VCJR11 | Papel | 1,17% | 14,39% | 0,86 | 10% |
XPML11 | Shopping | 0,90% | 10,85% | 0,87 | 7,5% |
A média dos fundos da carteira apresenta dividend yield de 11,81% ao ano e P/VP de 0,91, reforçando o viés de valorização em caso de recuo na taxa de juros.
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A EQI Research aposta na qualidade dos ativos, diversificação entre segmentos e estabilidade na distribuição de rendimentos como pilares da sua carteira recomendada. Diante da manutenção do cenário de juros elevados, a orientação é clara: foco em renda e disciplina no acompanhamento dos fundamentos.
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