A Carteira Recomendada de FIIs da EQI Research para setembro não apresentou alterações com relação à anterior, de agosto. As pequenas oscilações no peso das posições refletem a variação mensal do valor de mercado dos FIIs.
“Mantemos nossa visão de cautela, com exposição a FIIs de papel de baixo a médio risco, FIIs de tijolo com indicadores de desempenho operacional crescentes e FOFs para alocação tática”, avaliou a Research.
De acordo com o relatório, o ponto de atenção é a projeção do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo – para agosto, de 0,01%. Caso confirmado, o rendimento dos FIIs de papel atrelados à inflação poderão sofrer oscilações nos próximos meses, como esperado e sem prejuízo a tese de investimento.
Carteira recomendada de FIIS: desempenho de agosto
Desde a última revisão, a Carteira EQI apresentou variação de +0,76% frente a +0,86% do IFIX. As principais contribuições positivas vieram de BTLG11 (+2,78%) e KORE11 (+2,46%).
“O BTLG divulgou a aquisição de um portfólio de 11 imóveis logísticos, com potencial incremento da receita recorrente por cota e estrutura de pagamento favorável ao Fundo”, diz outro trecho do relatório.
Por outro lado, os detratores de desempenho foram LVBI11 (-2,45%) e HGPO11 (- 1,08%). O LVBI devolveu parte do bom desempenho apresentado no mês anterior. No início do mês, o Pátria adquiriu os 50% restantes da VBI, sendo que a gestora e sua equipe passarão a integrar o grupo Pátria. Não houve nenhuma movimentação em relação aos inquilinos ou receita do Fundo.
Cenário econômico
No cenário internacional, os dados de mercado de trabalho (payroll) divulgados no começo de agosto indicaram um nível de atividade mais fraco do que o esperado, intensificando as preocupações sobre a velocidade do desaquecimento da economia norte-americana. Entretanto, as demais divulgações de dados ao longo do mês suavizaram, em parte, essas preocupações.
Os dados de inflação, por outro lado, continuam a confirmar uma tendência de arrefecimento. Os discursos dos diretores do Federal Reserve (Fed) também refletem preocupações com o nível de emprego.
“Contudo, os membros do FOMC deixaram claro que não veem a economia entrando em recessão, embora reconheçam o desaquecimento econômico”, diz a Research.
No mercado interno, as expectativas se deterioraram marginalmente ao longo do mês. Além disso, os discursos dos dirigentes do Comitê de Política Econômica (Copom), especialmente de Gabriel Galípolo, reforçaram a possibilidade de um novo ciclo de alta na taxa Selic.
“Embora as comunicações oficiais do Copom continuem indicando que as próximas decisões dependerão da evolução do cenário e das expectativas, o mercado já precificou um aumento de 100 pontos-base até o final de 2024”, explicou outro trecho do relatório.
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