De acordo com o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil criou 129.775 vagas de emprego formal em julho de 2025. O resultado decorreu de 2.251.440 admissões e 2.121.665 desligamentos, mostrando que o mercado de trabalho manteve ritmo de expansão, embora abaixo das projeções de economistas, que esperavam cerca de 135 mil novos postos.
O saldo representa um avanço de 0,27% em relação ao estoque de vínculos celetistas ativos. Em junho de 2025, o estoque contabilizava 48.544.646 vínculos de trabalho com carteira assinada.

Desempenho no acumulado do ano e em 12 meses
No acumulado de janeiro a julho de 2025, o Caged registra a criação de 1.347.807 empregos formais, resultado de 16.185.566 admissões e 14.837.759 desligamentos.
Já no período de 12 meses (agosto de 2024 a julho de 2025), o saldo foi ainda mais expressivo: +1.523.904 empregos formais, fruto de 26.392.183 admissões e 24.868.279 desligamentos. Esses números reforçam a resiliência do mercado de trabalho, mesmo diante de oscilações mensais.
Setores que mais contrataram
Todos os grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldo positivo em julho. Os destaques foram:
- Serviços: +50.159 vagas
- Comércio: +27.325 vagas
- Indústria: +24.426 vagas
- Construção Civil: +19.066 vagas
- Agropecuária: +8.795 vagas
O setor de serviços, tradicionalmente o maior empregador do país, puxou o saldo geral, seguido pelo comércio e pela indústria.
Resultados por estados
Entre as unidades da federação, 25 apresentaram crescimento no emprego formal. São Paulo liderou com +42.789 vagas, seguido por Mato Grosso (+9.540) e Bahia (+9.436).
Na outra ponta, Espírito Santo registrou fechamento de -2.381 postos, enquanto Tocantins (-61) e Acre (+112) tiveram resultados modestos.
Salário médio em queda leve
O salário médio real de admissão em julho foi de R$ 2.277,51, com uma redução de 0,25% em relação a junho de 2025. Na comparação com julho do ano passado, a queda foi de 0,05%.
Entre os trabalhadores típicos, o salário médio foi de R$ 2.318,24, acima da média geral. Já os não típicos tiveram rendimento médio de R$ 1.968,77.