
FIIs: o caso que o mercado (ainda) não explica
05 Mar 2025 às 14:43 · Última atualização: 05 Mar 2025 · 4 min leitura
05 Mar 2025 às 14:43 · 4 min leitura
Última atualização: 05 Mar 2025
A carteira recomendada de FIIs – os Fundos de Investimentos Imobiliários – do BTG Pactual (BPAC11) para o mês de março registrou poucas alterações: redução de BTCI11 (1,5%); e aumento de CPTS11 (1,5%).
No cenário nacional, o destaque do mês foi a divulgação da Ata da reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom). A ata ressaltou, como ponto central de preocupação, uma perspectiva inflacionária ainda adversa, alertando sobre a pressão nos preços causada pela seca e pelo impacto cambial nos bens industriais, além da inflação no setor de serviços, que já havia mostrado sinais de aceleração nas leituras anteriores.
“Além disso, a desancoragem das expectativas de inflação, um risco recorrente, continua sendo um fator relevante para a condução da política monetária, o que justifica a adoção de um tom mais contracionista. Diante disso, a taxa Selic deve permanecer elevada, de modo que a trajetória futura da política monetária dependerá da evolução da atividade econômica e das expectativas de inflação”, diz trecho do relatório.
Por ora, o banco de investimentos projeta uma Selic terminal de 15,25% ao ano, com mais um aumento de 100 bps em março e dois aumentos de 50 bps nas reuniões de maio e junho.
A carteira do BTG apresentou alta de 5,07% em fevereiro, ao passo que o Ifix registrou elevação de 3,34% no mesmo período.
Fundos de investimentos imobiliários (ou FIIs) são veículos financeiros que têm a obrigatoriedade de aplicar seus recursos em imóveis ou títulos de crédito desse mercado em um percentual não inferior a 75%. Tratam-se de fundos fechados com suas cotas sendo negociadas em bolsa de valores.
Além disso, os FIIs têm uma característica bastante peculiar: eles pagam dividendos mensais a seus cotistas, de forma análoga com o pagamento de aluguel em um imóvel tradicional.
A grande vantagem está no fato de que esse recebimento é isento do pagamento de imposto de renda. Isso foi fixado pela Lei 11.196 de 2005.
A depender do tipo de Fundo Imobiliário que estamos tratando, o patrimônio pode ser aplicado em imóveis físicos (como lajes corporativas e galpões logísticos), terras agrícolas ou títulos de crédito, como CRIs e LCIs.
Um dos pontos em comum que os FIIs têm com fundos de outro mercado é o fato de possuírem um gestor. Ele é a figura central na alocação dos recursos do fundo.
Existem diversas razões que justificam o investimento em fundos imobiliários e o colocam como uma boa alternativa de aplicação. Certamente, a mais conhecida delas é a possibilidade de recebimento de uma renda mensal.
Da mesma forma que ocorre com o investimento em imóveis, é possível receber dividendos mensalmente e ainda ganhar com a valorização da cota.
No entanto, os fundos imobiliários permitem que o ganho ocorra na forma de juros sobre juros, e isso acontece quando o investidor aplica os valores que recebeu comprando mais cotas.
Aliás, essa é outra grande vantagem dos FIIs: é possível investir mesmo com valores baixos, diferentemente dos imóveis físicos. Há fundos com cotas sendo negociadas abaixo dos R$ 10.
Isso permite que mesmo o pequeno investidor participe desse mercado. Ou seja, trata-se de uma aplicação do mercado financeiro altamente acessível.
Sendo assim, não são necessárias grandes complicações para alocar dinheiro em FIIs. Basta ter uma conta em uma corretora e enviar as ordens de compra pelo home broker.
Não é preciso ir a cartório de imóveis nem pagar taxas do mercado imobiliário, como normalmente acontece com os imóveis tradicionais.
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