Com rentabilidade estimada de 16% ao ano ou CDI + 3%, isenção de imposto para pessoa física e foco no agronegócio — um dos setores mais resilientes da economia brasileira — o novo FIDC da Valora Investimentos busca captar R$ 500 milhões e promete retorno elevado com risco controlado.
A gestora, que tem quase R$ 19 bilhões sob gestão e já atraiu mais de 950 mil investidores, aposta na estruturação criteriosa de recebíveis pulverizados para entregar rendimento e segurança. A estratégia se apoia em garantias robustas, originação própria e histórico sem perdas em Fiagros.
A proposta é clara: financiar produtores, cooperativas e empresas do campo por meio de um fundo estruturado que combina renda mensal, baixa volatilidade e diversificação de risco. Mas, antes de entender os detalhes do fundo, vale conhecer o que é, afinal, um FIDC — e por que essa modalidade vem crescendo entre investidores qualificados.
O que é um FIDC? E por que investir nisso?
O FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) é uma modalidade que permite ao investidor aplicar recursos em direitos de crédito — ou seja, valores que empresas ou pessoas físicas têm a receber. Pode ser um parcelamento, uma nota fiscal, um carnê, um empréstimo rural ou qualquer outra forma de crédito formalizado.
Em vez de o investidor emprestar dinheiro diretamente para uma empresa ou pessoa, ele compra cotas de um fundo que reúne dezenas, centenas ou até milhares desses créditos. Quem administra o fundo é uma gestora profissional, responsável por analisar a qualidade dos ativos, o risco de inadimplência e as garantias oferecidas.
O FIDC pode ser estruturado de diferentes formas:
- FIDC tradicional: investe em recebíveis de empresas, fintechs, bancos ou varejistas;
- FIDC pulverizado: reúne créditos de pequenos valores, oriundos de muitos devedores (como em financiamentos agrícolas ou de veículos);
- FIDC agro ou Fiagro FIDC: focado em recebíveis do setor agropecuário;
- FIDC incentivado: pode contar com isenção fiscal, dependendo do tipo de investidor e da estrutura.
Além da diversificação e da gestão profissional, muitos FIDCs oferecem renda mensal e, em alguns casos, isenção de imposto de renda para pessoas físicas — como no caso do fundo da Valora.
Por outro lado, é importante lembrar que o investimento em FIDCs envolve riscos, especialmente o risco de crédito. Se os devedores não honrarem os pagamentos, o fundo pode ter perdas. No entanto, fundos bem estruturados geralmente contam com mecanismos de proteção, como garantias reais e subordinação entre classes de cotas (em que os cotistas mais protegidos recebem antes dos demais).
Ou seja, o FIDC pode ser uma alternativa interessante para investidores qualificados que buscam retorno acima da média com diversificação e um bom controle de risco — especialmente em setores fortes como o agronegócio.
O que é o Valora Agro Renda Fiagro FIDC?
Com o crescimento de 30,6% no PIB do agronegócio entre 2018 e 2024 e a expectativa de um Valor Bruto da Produção acima de R$ 1,4 trilhão em 2025, o setor agro continua sendo um dos motores da economia brasileira.
É justamente nesse cenário que nasce o Valora Agro Renda Fiagro FIDC, estruturado para captar R$ 500 milhões e financiar cooperativas, produtores, distribuidoras e usinas em todo o Brasil.
O fundo é um Fiagro estruturado na forma de FIDC. Isso significa que ele adquire direitos creditórios de empresas do agronegócio — ou seja, dívidas com vencimentos futuros que geram receita para os cotistas. Os ativos são pulverizados e selecionados com base em originação própria da Valora, análise fundamentalista e garantias reais.
A carteira será diversificada e incluirá cooperativas de grãos, usinas de cana, transportadoras, produtores independentes e distribuidores de insumos. A classe sênior representa 80% do fundo e conta com subordinação de 20%, o que garante prioridade nos pagamentos aos cotistas dessa classe.
O fundo tem um prazo total de quatro anos, com carência de três anos para amortizações e pagamento de juros mensalmente.
A entrada mínima é de R$ 10 mil, e o produto é destinado a investidores qualificados.
Outro atrativo importante é que, por ser um Fiagro FIDC, as pessoas físicas são isentas de imposto de renda sobre os rendimentos, o que aumenta ainda mais o retorno líquido do investidor.
Além disso, o fundo não sofre marcação a mercado, o que garante mais estabilidade ao valor das cotas ao longo do tempo.
Resumo das principais características:
- Rentabilidade estimada: 16% ao ano ou CDI + 3%
- Investimento mínimo: R$ 10 mil
- Público-alvo: Investidor Qualificado
- Prazo: quatro anos
- Juros: pagos mensalmente
- Amortização: semestral, com três anos de carência
- Imposto de Renda: isento para pessoa física
- Risco de crédito: mitigado com garantias e subordinação de 20%
- Sem marcação a mercado: reduz volatilidade das cotas
O que é a Valora Investimentos?
A Valora é uma gestora independente com foco em fundos estruturados. Fundada em 2016, ela administra hoje mais de R$ 19 bilhões, divididos em 77 fundos ativos. Ao todo, a gestora já atraiu mais de 950 mil investidores.
Entre os segmentos que a casa atua, estão:
- Fundos de crédito privado;
- Fiagros e FIDCs;
- Fundos imobiliários (FIIs);
- Fundos de infraestrutura e private equity.
A Valora é especialmente reconhecida no setor do agronegócio. No total, já operou mais de R$ 3,1 bilhões em FIDCs do agro e R$ 2 bilhões em CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio). Também possui dois Fiagros com R$ 874 milhões sob gestão.
A gestora aposta fortemente na originação própria, ou seja, na capacidade de captar e analisar diretamente as operações de crédito — o que reduz riscos e melhora a qualidade dos ativos. Além disso, trabalha com garantias reais e estruturas de proteção como subordinação de cotas, o que favorece o investidor sênior.
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Dúvidas frequentes sobre o FIDC da Valora
O FIDC é um fundo estruturado que investe em recebíveis específicos, com mais controle sobre os riscos e possibilidade de oferecer isenção de IR para PF — diferentemente de CDBs e fundos comuns.
Não. O fundo tem prazo fechado, com carência para amortizações e pagamentos mensais de juros. Não há liquidez antecipada.
O risco existe, mas é mitigado com garantias reais, estrutura de subordinação e seleção rigorosa dos créditos. Além disso, o setor agro tem histórico de resiliência.
Para pessoas físicas, os rendimentos são isentos de imposto de renda, desde que mantidas as regras previstas pela legislação do Fiagro FIDC.
Sim. Por ser um fundo estruturado, o produto está disponível apenas para investidores qualificados — ou seja, quem possui mais de R$ 1 milhão investido ou certificações específicas.
Não. É uma estimativa baseada na carteira-alvo do fundo, mas o retorno pode variar conforme o desempenho dos recebíveis e da gestão do portfólio.
Vale a pena investir?
Para o investidor qualificado que busca rendimento acima da média, isenção de IR e baixa volatilidade, o Valora Agro Renda Fiagro FIDC se mostra uma alternativa interessante.
A combinação de renda mensal, diversificação no agro e histórico sólido da gestora são pontos positivos.
Além disso, a estratégia com ativos pulverizados e garantias bem estruturadas ajuda a mitigar o principal risco do produto: a inadimplência. A subordinação de 20% também funciona como um colchão de proteção para os cotistas da classe sênior.
É claro que se trata de um investimento restrito a investidores qualificados, e que exige visão de longo prazo. Mas, para quem se encaixa nesse perfil, o FIDC da Valora pode ser uma forma inteligente de diversificar e aumentar o retorno da carteira com exposição a um dos setores mais resilientes do país.