O Nubank e a B3 lançaram na quinta-feira (28) o primeiro índice lastreado do Ibovespa: o Ibovespa Smart Dividendos (IBSD). Ele reúne as empresas listadas no Ibovespa que têm por característica pagar bons dividendos mensais.
E na sequência lançam também outra novidade: um ETF – Exchange Traded Fund – que espelha tal índice.
O Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11) traz algo inédito ao mercado: um ETF que paga dividendos mensais aos cotistas.
ETF que paga dividendo: NDIV11
O lançamento vem na esteira do crescimento dos ETFs em escala mundial. O volume investido globalmente em ETFs nas duas últimas décadas apresentou evolução de 20% ao ano, com cerca de US$ 10,6 trilhões (aproximadamente, R$ 53 trilhões) sob gestão em julho de 2023, segundo dados reunidos pela ETFGI, plataforma independente de pesquisa e consultoria em ETFs. Apenas na bolsa do Brasil, o volume investido em ETFs era de quase R$ 45 bilhões em agosto, de acordo com o Boletim Mensal ETF da B3.
“É inédita a fórmula de pagar dividendos por meio do investimento em ETF. A expansão do mercado de capitais e o aumento do número de investidores exigem que ampliemos a oferta de produtos para a diversificação de portfólios. É simbólico termos o primeiro índice derivado do Ibovespa B3 no ano em que ele completa 55 anos. Além de dar visibilidade para as empresas que ao mesmo tempo são referências no mercado e são boas pagadoras de dividendos, o Ibovespa Smart Dividendos é mais uma tese de investimento que disponibilizamos ao mercado, consolidando a B3 como principal provedora de índices no Brasil”, afirma Henio Scheidt, gerente de Índices da B3.
NSDV1: mais um ETF, mas que reinveste os dividendos
Mas as novidades não param por aí. Para os investidores que desejarem replicar a rentabilidade do índice Smart Dividendos (IBSD), mas sem receber os dividendos mensais, há um outro ETF, o Nu Ibov Smart Dividendos (NSDV11).
Este também espelha o índice, mas com a diferença de que os dividendos mensais são reinvestidos no próprio ETF.
O NSDV11 está igualmente disponível para qualquer cliente investidor, seja pessoa física ou institucional.
“Dentro de uma carteira diversificada, o investidor pode compor a sua estratégia com a renda passiva, mas também olhar para um horizonte de prazo ainda mais amplo”, afirma Andrés Kikuchi, diretor executivo da Nu Asset Management.
ETF que paga dividendo: Como investir?
Os novos produtos são fruto de parceria da gestora de fundos de investimentos da companhia, a Nu Asset Management, com a B3, a bolsa do Brasil, e passa a ser uma opção para qualquer investidor, sem vínculo obrigatório com o Nubank ou a corretora NuInvest.
Ou seja: qualquer pessoa física ou investidor institucional pode investir no novo ETF.
O valor mínimo inicial para investir nos dois ETFs do Nubank é de R$ 100, correspondente a uma cota. Tanto o NDIV11 quanto o NSDV11 possuem 0,5% de taxa de administração, sem cobrança de taxa de performance.
Em ambos os ETFs incide Imposto de Renda no momento da venda e se ocorrer ganho de capital. No caso do ETF que distribui dividendos, há tributação incidente do referido imposto de 15% sobre o valor de proventos pagos aos cotistas, que será recolhido diretamente pelo administrador do fundo.
Os dois novos fundos possuem liquidez de dois dias úteis.
Ibovespa Smart Dividendos B3: variação positiva de 142% em 10 anos
A primeira carteira do Ibovespa Smart Dividendos B3 possui 21 empresas, com validade até 29 de dezembro de 2023 para rebalanceamento posterior. Este processo acontece a cada quatro meses, assim como nos demais índices da B3, para adequar a composição aos critérios estabelecidos na metodologia.
Caso existisse desde 2013, o índice Smart Dividendos B3 teria acumulado uma variação positiva de 142% até o final de agosto. No mesmo período, o Ibovespa B3 obteve variação positiva de 87%.
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