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Olimpíadas de 2028: novas modalidades e cidade “sem carros”

Olimpíadas de 2028: novas modalidades e cidade “sem carros”

Após polêmicas no último domingo (11) com o fim das Olimpíadas de Paris, a nova modalidade do Breaking sai de jogo para as Olimpíadas de 2028 que serão realizadas na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos.

A soma do breaking era uma tentativa do Comitê Olímpico Internacional (COI) com os Jogos Olímpicos de se aproximar da Geração Z. Marcas como Samsung e Visa incluíram atletas de breaking entre seus patrocinados. A Coca-Cola, parceira do COI, também promoveu a modalidade em uma ativação na capital francesa.

Nas últimas edições do evento foram incluídos esportes como o surfe e o skate. Entretanto, apesar de ter chamado atenção nas Olimpíadas de 2024, o breaking não foi incluído nas Olimpíadas de 2028. Afinal, para qualquer esporte entrar na lista de Jogos Olímpicos outra modalidade deve sair, confira a seguir quais são as novidades da próxima edição!

Novas modalidades nas Olimpíadas de 2028

As Olimpíadas de 2028 de Los Angeles vão incluir cinco novas modalidades: beisebol/softbol, críquete, flag football, lacrosse e squash. Cada um desses esportes traz uma história e conta com fãs, o que promete aumentar o alcance do evento.

  • Beisebol/Softbol: esses esportes retornam às Olimpíadas de 2028 depois de sua última aparição em Tóquio 2020. Ambos são extremamente populares nos Estados Unidos e em outros países como Japão, Coreia do Sul e Cuba. Sua reintrodução é celebrada como uma vitória pelos fãs;
  • Críquete: entre os esportes mais populares em países como Índia, Paquistão, Austrália e Inglaterra, a inclusão do críquete é uma grande novidade nos Jogos Olímpicos. O formato escolhido é o T20, uma versão mais curta e dinâmica do críquete tradicional, projetada para atrair tanto novos espectadores quanto fãs de longa data;
  • Flag Football: essa é uma versão mais acessível e menos violenta do futebol americano, o flag football foi adicionado à programação em uma tentativa de globalizar o esporte. Com a eliminação do contato físico intenso, essa modalidade permite uma participação mais inclusiva e tem potencial para atrair uma nova audiência que não se identificava com o futebol americano tradicional;
  • Lacrosse: menos conhecido em algumas partes do mundo, o lacrosse é um dos esportes que mais cresce na América do Norte. Com origem das culturas indígenas norte-americanas, o lacrosse combina velocidade, estratégia e habilidade, prometendo partidas emocionantes em Los Angeles;
  • Squash: esse é um esporte de raquete que vem ganhando popularidade global. A inclusão do squash reflete o desejo do COI de abraçar modalidades que exigem agilidade, resistência e estratégia, proporcionando uma competição de alto nível.

Jogos Olímpicos em Los Angeles: cidade sem carros

A promessa de Los Angeles de realizar as Olimpíadas de 2028 como um evento “livre de carros” é ambiciosa, ainda mais para uma cidade famosa por sua cultura automobilística. Após o encerramento das Olimpíadas de Paris, a contagem regressiva começa para Los Angeles, que agora tem menos de quatro anos para cumprir seu compromisso de sediar os Jogos mais sustentáveis da história.

O plano é focado principalmente na melhoria do transporte público, buscando reduzir significativamente o uso de carros e promovendo o transporte coletivo, segundo informações do The New York Times.

Onde o trânsito faz parte do dia a dia dos moradores, Los Angeles precisa agora mudar essa realidade. A cidade se comprometeu a expandir as linhas de metrô, aumentar a frota de ônibus e criar corredores dedicados para o transporte coletivo, tudo para receber o grande número de atletas e visitantes esperados. O desafio é enorme, considerando que a região metropolitana de Los Angeles cobre cerca de 10.360 quilômetros quadrados, tornando a eficiência do transporte uma tarefa complexa.

Progresso e desafios no transporte público

A pandemia da COVID-19 trouxe obstáculos adicionais para os planos de Los Angeles. O uso do transporte público na cidade, que inclui 175 quilômetros de linhas de trem e quase 120 rotas de ônibus, caiu drasticamente durante a pandemia e ainda não retornou aos níveis anteriores.

Hoje em dia o sistema de metrô de Los Angeles conta com cerca de 85% da capacidade que tinha em 2019, segundo a agência de transporte local. Além disso, o aumento da população de rua na região fez com que alguns trens e ônibus se tornassem abrigos improvisados, causando preocupações de segurança entre os passageiros.

Em contrapartida, o tráfego nas ruas só cresceu. Em 2023, os motoristas em Los Angeles perderam, em média, 89 horas presos em congestionamentos, um dos números mais altos dos Estados Unidos. Com o tráfego em dias de evento em quase todos os grandes locais, desde o histórico Rose Bowl Stadium em Pasadena até o Long Beach Convention Center, a ideia de dirigir durante as Olimpíadas parece um pesadelo para muitos motoristas.

No entanto, os líderes de Los Angeles enxergam as Olimpíadas como uma oportunidade única de diminuir a dependência dos moradores dos carros e demonstrar o potencial de um sistema de transporte público eficiente. Stephanie Wiggins, diretora executiva do sistema Metro de Los Angeles, que é supervisionado por autoridades do condado de Los Angeles e das 88 cidades que o compõem, destacou a importância de usar as Olimpíadas como vitrine para os bilhões de dólares investidos em infraestrutura.

Um plano ambicioso com um prazo apertado

O projeto da Metro para aprimorar o sistema de transporte público na região, em preparação para as Olimpíadas, é ambicioso e mescla melhorias de longo prazo com soluções mais rápidas.

Conhecido como “28 by ’28”, o projeto inclui dezenas de iniciativas, como a abertura de uma nova linha de trem que percorre o sul de Los Angeles, inaugurada em 2022, e a ampliação da linha de metrô Purple Line, que vai conectar o centro de Los Angeles ao campus da Universidade da Califórnia, onde vai ficar a vila olímpica. Essa extensão pode reduzir uma viagem de duas horas de carro para apenas 30 minutos de metrô.

Apesar do progresso, a lista de tarefas ainda é longa. Apenas cinco dos projetos foram concluídos até agora, e a construção de uma faixa exclusiva para ônibus na Avenida Vermont, um importante corredor norte-sul que transporta 45 mil passageiros por dia, ainda não começou.

A pressão para que essas melhorias sejam finalizadas a tempo é grande, mas alguns especialistas, como Joshua Schank, do Instituto de Estudos de Transporte da UCLA, expressam ceticismo sobre a capacidade da cidade de concluir todos os projetos planejados até 2028.

Para aliviar o trânsito nas Olimpíadas de 2028

Além das melhorias planejadas para o transporte público, Los Angeles pode adotar outras estratégias para minimizar o congestionamento durante as Olimpíadas de 2028. Entre as sugestões apresentadas por Casey Wasserman, presidente do LA28, o comitê organizador das Olimpíadas de 2028, estão a alteração dos horários de entrega de caminhões e a promoção do trabalho remoto.

Wasserman, que acompanhou de perto a organização dos Jogos Olímpicos em Paris, enfatizou a importância de campanhas de comunicação eficazes e colaborações estratégicas com grupos de transporte e governos locais.

Para facilitar a mobilidade durante as Olimpíadas de 2028, a Metro planeja disponibilizar mais de 2.700 ônibus adicionais para atender atletas e visitantes. A agência de trânsito da Califórnia também designará faixas exclusivas para ônibus nas rodovias, uma abordagem semelhante à utilizada nas Olimpíadas de Los Angeles em 1984, antes da existência de linhas de trem na cidade. Naquela época, a combinação de um sistema de ônibus ampliado e horários de trabalho flexíveis resultou em um tráfego tranquilo, que o jornal Los Angeles Times descreveu como “nirvana automotivo”.

A prefeita Karen Bass, que recebeu a bandeira olímpica durante a cerimônia de encerramento em Paris, ressaltou que Los Angeles vai ter várias oportunidades para testar suas estratégias antes dos Jogos. A cidade vai sediar partidas da Copa do Mundo em 2026 e o Super Bowl em 2027, o que vai permitir avaliar e aprimorar as estratégias de mobilidade para os eventos futuros.

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