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Black Friday: como fugir dos golpes

Black Friday: como fugir dos golpes

Com a chegada da Black Friday, cresce também o número de tentativas de fraudes e golpes financeiros, fenômeno que já preocupa especialistas em segurança digital.

A época, marcada por grandes promoções em lojas físicas e virtuais, é o momento ideal para criminosos aplicarem táticas como o golpe da contagem regressiva, da indicação de novos clientes e até o uso de celebridades falsas criadas por inteligência artificial. Essas ações exploram a pressa e a confiança dos consumidores em busca do “desconto imperdível”.

De acordo com pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, um em cada três brasileiros foi vítima de algum tipo de golpe financeiro no último ano, o equivalente a cerca de 56 milhões de pessoas. O prejuízo estimado chega a R$ 111,9 milhões.

Segundo o CEO da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Leandro Vilain, as fraudes se tornaram muito mais sofisticadas nos últimos anos.

“Os crimes cibernéticos hoje operam com a mesma estrutura de uma empresa legítima: usam planejamento, dados e técnicas de persuasão digital. A melhor defesa é a educação financeira e digital, aliada à cooperação entre instituições e cidadãos”, afirma.

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Vilain reforça ainda a necessidade de cautela durante o período de promoções e destaca que é essencial desconfiar de ofertas boas demais, verificar sempre o endereço do site e evitar clicar em links enviados por remetentes desconhecidos. Ele lembra ainda que senhas e informações bancárias jamais devem ser compartilhadas.

A ABBC mantém há três anos a campanha “Tem Cara de Golpe”, voltada à conscientização da população sobre diferentes tipos de fraudes, incluindo aquelas mais comuns durante a Black Friday.

Principais tipos de golpes na Black Friday

Promoções com contagem regressiva

Mensagens, anúncios e notificações falsas que exibem um cronômetro ao lado de uma suposta oferta imperdível são uma das táticas mais comuns. O objetivo é induzir o consumidor à compra por impulso, sem tempo para checar a veracidade da promoção.

A recomendação é sempre acessar o site oficial da loja diretamente no navegador ou aplicativo, evitando links enviados por terceiros.

Golpe da indicação de novos clientes

Nesse tipo de golpe, o consumidor é atraído por um desconto expressivo, mas só pode obtê-lo se compartilhar um link com outras pessoas. Trata-se, na verdade, de um golpe de phishing que pode instalar vírus ou capturar dados pessoais.

Criminosos usam sites falsos (spoofing) que imitam grandes varejistas para dar aparência de legitimidade. O ideal é desconfiar de qualquer exigência de compartilhamento e verificar sempre a URL do site antes de realizar compras.

Celebridades falsas geradas por IA

O uso de vídeos falsos com rostos e vozes de celebridades é uma tática recente. Esses conteúdos, criados com inteligência artificial, simulam anúncios de promoções para induzir o público ao erro.

Especialistas alertam que, se o vídeo não aparece nos canais oficiais da marca ou do artista, é provável que seja uma fraude. A orientação é denunciar o conteúdo e observar se há descompasso entre voz e imagem, sinal comum de manipulação.

Golpe da falsa central de atendimento

Um dos mais antigos e recorrentes. Criminosos entram em contato se passando por representantes de bancos ou operadoras de cartão e solicitam dados pessoais para “confirmar uma transação suspeita”.

Com essas informações, realizam transferências ou compras indevidas. Instituições financeiras nunca pedem senhas ou códigos de segurança por telefone, WhatsApp ou SMS.

Ao suspeitar de contato fraudulento, o cliente deve buscar o canal oficial do banco.

Atenção redobrada e prevenção

Além dos black friday golpes mais conhecidos, há também práticas que envolvem menores de idade. O chamado golpe da conta laranja ocorre quando crianças ou adolescentes são induzidos, em jogos online ou redes sociais, a usar contas bancárias de familiares para movimentar dinheiro ilícito.

A prática é criminosa e pode gerar sérias consequências legais. A orientação é evitar o uso de dados bancários nessas plataformas, preferir cartões virtuais e monitorar constantemente as compras online.