Vindo diretamente do Bronx, em Nova York, e se espalhando para o mundo, o breaking nas Olimpíadas é a nova modalidade deste ano. A cada edição que passa novos esportes são adicionados às competições dos Jogos Olímpicos, pluralizando e deixando cada vez mais atual o evento. Ainda assim, os antigos como ginástica, corrida e luta livre não deixam de serem praticados.
Na ultima edição das Olimpíadas, o surfe e o skate estrearam entre as modalidades em Tóquio 2020. Já em Paris, este é o ano do breaking ganhar sua visibilidade, junto com o caiaque cross.
De acordo com o site das Olimpíadas de Paris, o breaking é um estilo de dança urbana originalmente criado nos Estados Unidos na década de 1970.
Apesar de parecer estranho a dança ser uma competição nas Olimpíadas, tem quem pense que é fácil. Entretanto, é necessário coordenação física, fôlego e até mesmo a prática, ainda mais quando se trabalha movimentos com o corpo todo.
Mas afinal, o que é o breaking?
Com raízes do hip-hop, o breaking surgiu nas festas que rolavam no Bronx, bairro nova-iorquino, e se caracteriza por movimentos de acrobacias, trabalho de pés estilizado e papel decisivo desempenhado pelo DJ e pelo MC (Mestre de Cerimônias) durante as batalhas, segundo o site oficial das Olimpíadas de Paris sobre a dança.
Entretanto, apesar de ter surgido em 1970, a dança só se espalhou pelo mundo em 1990 com competições internacionais. Para além de movimentos corporais e que muitas vezes aconteciam em festas ou nas ruas entre grupos de amigos, o estilo popularizou a forma de dançar entre comunidades de hip-hop e público em geral.
De acordo com a Encyclopaedia Britannica (plataforma de conhecimento do Reino Unido), a forma energética do breaking conta com giros para trás e giros de cabeça, e conforme o tempo foi passando foram incluídas diversas inspirações com base nas artes marciais e na ginástica.
O que é o hip-hop?
O hip-hop é muito mais do que apenas um estilo musical, é uma cultura vibrante que se manifesta de diversas maneiras, refletindo as realidades e as aspirações de quem faz parte dela. Surgindo assim como o breaking na década de 1970, o hip-hop rapidamente se expandiu para se tornar um fenômeno global, influenciando não apenas a música, mas também a moda, a arte e o comportamento de várias gerações.
O breaking está no centro dessa cultura combinando movimentos acrobáticos com uma expressão corporal única, transformando a dança de rua em uma arte performática que exige técnica, criatividade e muita energia. O breaking, também conhecido como breakdance e b-boying, é uma manifestação física do ritmo e da batida, e se tornou uma das quatro principais expressões do hip-hop.

Outro aspecto da cultura hip-hop é o graffiti, que transcende as barreiras da arte tradicional ao transformar as paredes da cidade em grandes telas onde artistas expressam visões, protestos e identidades. O graffiti é a manifestação visual do hip-hop, que muitas vezes carrega mensagens de resistência e busca por reconhecimento, transformando o espaço urbano em um museu a céu aberto.
Além disso, o rap também é a expressão musical do hip-hop, onde palavras ritmadas e rimas afiadas narram histórias de vida, comentam sobre questões sociais e políticas, e celebram as vitórias e desafios de quem vive à margem. O rap é a voz do hip-hop, ecoando as experiências de quem cresceu em meio a adversidades, mas encontrou na música uma forma poderosa de resistência e autoexpressão.
Juntos, o breaking, o graffiti e o rap formam o tripé que sustenta a cultura hip-hop, uma força cultural que continua a evoluir e a influenciar o mundo ao seu redor, com a essência da rua para os mais variados palcos e cenários.
Breaking nas Olimpíadas: B-Girls e B-Boys
Os B-Boys (break-boys) e B-Girls (break-girls) são os dançarinos que praticam o breaking, também conhecido como breakdance. Estes são os protagonistas dessa dança.
Através do próprio corpo esses dançarinos expressam a música, usando como palco o chão e combinando habilidades como força, agilidade e ritmo. A competição acontece geralmente com batalhas entre si, onde o principal é criatividade e originalidade.
Como um esporte entra para os Jogos Olímpicos?
O esporte ser reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) é o primeiro passo, mas não é tudo para entrar para os Jogos Olímpicos. O reconhecimento serve para que a modalidade entre no radar do COI, seja regido por uma Federação Internacional, comprometida em seguir o código antidoping e também a Carta Olímpica.
Outro ponto crucial é que o esporte seja popular. De acordo com a Carta Olímpica, para ser aceita, a modalidade que busca entrar no programa deve ser amplamente praticado por homens em pelo menos 75 países e em quatro continentes e por mulheres em nada menos que 40 países e em três continentes.
Além disso, para que um esporte entre na lista dos Jogos Olímpicos, outro tem que sair. Isso explica o porque os esportes são revisados periodicamente para determinar se serão ou não mantidos nas Olimpíadas.
Quando acontecem as competições de breaking nas Olimpíadas?
O start é hoje, nesta sexta-feira (9) começam as primeiras competições entre os breakdancers. Em cena, as batalhas serão iniciadas pelas B-Girls, ou seja, as competidoras femininas. Já amanhã, no sábado (10) será a vez dos B-Boys, participantes masculinos.
As competições de breaking acontecem na Praça da Concórdia, a maior da capital francesa e um dos pontos simbólicos de Paris, localizada próximo à Avenida Champs-Élysées.
Ainda que conte com diversos representantes do breaking nas Olimpíadas, o Brasil não tem representantes nessa modalidade e ficou de fora dos 16 primeiros postos do ranking internacional, os quais se apresentaram nos jogos.
Entre os principais participantes da modalidade estão o japonês Shigeyuki Nakarai, que usa o codinome Shigekix e foi o campeão dos Jogos Asiáticos de 2022, e o canadense Philip Kim, campeão pan-americano de 2023, conhecido como Phil Wizard.
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