Uma das dúvidas que os investidores têm ao aplicar seu dinheiro é: o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é seguro mesmo? Esse fundo é um instrumento no qual os bancos depositam capital e que tem como função garantir o crédito caso haja algum problema dentro das próprias instituições bancárias.
“Quando falamos de FGC é importante lembrar que tem algumas regras, não é todo qualquer investimento bancário que está coberto”, explicou João Neves, analista da EQI Research.
Ele explicou que há alguns limites que são importantes de serem lembrados. Um deles é o limite de resgate de até R$ 250 mil, após a correção dos investimentos. Se passar desse montante, estão não há cobertura. Portanto, o FGC cobre até R$ 250 mil por título ou até R$ 1 milhão por CPF.
Segundo Neves explicou, o FGC tem como função garantir todos esses empréstimos, então todos os títulos bancários que contarem com a cobertura do FGC, até R$ 250 mil, há garantia de receber o dinheiro de volta, em caso de problemas com a instituição bancária.
“No Brasil, isso ajuda muito a reduzir o risco de um custo financiamento dos bancos, que eles conseguem capturar de uma forma mais fácil. Já que tem essa garantia, os investidores ficam menos preocupados em receber esse dinheiro de volta”, completou ele.
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FGC é seguro mesmo? Veja os problemas que podem ocorrer
Mas isso por si só não garante que será um bom investimento. Se o investidor não tiver nenhum problema de crédito, se o FGC não tiver que ser acionado, não terá problemas. Mas em caso de problemas, se o fundo garantidor precisar acionado, aí é onde podem ocorrer as dores de cabeça.
Isso porque pode acontecer de demorar um pouco mais do que eu previsto para receber o valor de volta, e isso, querendo ou não, tem um custo.
“Então o risco, o principal risco que costa ser coberto pelo FGC é ficar preso ali com o dinheiro sem conseguir receber, ou sem conseguir resgatar esse dinheiro no prazo que o investidor queria. Ou no prazo pós o acionamento da Fundo”, explicou o analista.
Porém, riscos de não recebimento dos valores a resgatar são praticamente inexistentes. “É óbvio que a gente não pode cravar que não vai acontecer. Pode ter algum caso muito diferente, que não tenha sido previsto, mas o risco em si, eu acho que ele é muito, muito baixo”, completou Neves.