O aplicativo EQI+ acaba de disponibilizar uma nova carteira recomendada para diversificação internacional: a Global Investor Portfolio. Desenvolvida pelo analista da EQI Research, Marink Martins, a carteira surge como uma solução estratégica para investidores que desejam ampliar sua exposição global.
Ela foi construída com foco em uma alocação geograficamente equilibrada, combinando oportunidades em diferentes mercados com uma gestão consciente de riscos cambiais.
“Estamos oferecendo ao investidor brasileiro uma forma de se proteger da concentração geográfica e ampliar o horizonte de investimentos de forma inteligente e atualizada”, afirma Martins.
O que é a Global Investor Portfolio
Desenvolvida especialmente para investidores que compreendem a importância de diversificar para além das fronteiras nacionais, a Global Investor Portfolio tem como objetivo fugir do chamado Home Country Bias — a tendência de investidores priorizarem ativos do próprio país.
“O Brasil representa apenas 2% do PIB global. Ainda assim, muitas carteiras por aqui estão excessivamente concentradas no mercado local”, afirma o analista. Ele destaca que os Estados Unidos, por exemplo, representam 25% da economia global e não podem ser ignorados — mas também não devem ser o único foco.
Martins ressalta também que o cenário macroeconômico atual, incluindo a fragilidade fiscal e comercial dos EUA e a valorização potencial de moedas asiáticas, motivou uma abordagem mais abrangente e cautelosa.
“A ideia é buscar equilíbrio cambial e exposição a regiões com fundamentos mais sólidos. A repatriação de recursos por parte de europeus e asiáticos também abre oportunidades interessantes para essa carteira”, comenta.
Composição da carteira
A Global Investor Portfolio é dividida em blocos estratégicos que buscam capturar o melhor de diferentes regiões do mundo. Abaixo, o detalhamento de cada alocação:
Estados Unidos – 25%
Os EUA continuam sendo um dos principais motores da economia mundial. Por isso, a carteira destina 25% de sua composição ao país, com foco em empresas de consumo essencial.
“Optamos por uma postura mais defensiva nos EUA, com ativos como Procter & Gamble (PG ; $PGCO34), Costco (COST ; $COWC34) e Coca-Cola (KO ; $COCA34). São nomes que os investidores conhecem e que oferecem resiliência em qualquer ciclo econômico”, explica Martins.
Europa – 25%
A alocação europeia segue a mesma proporção dos EUA, priorizando grandes bancos e empresas consolidadas pagadoras de dividendos.
“Vemos na Europa uma combinação interessante de estabilidade e retorno, especialmente no setor financeiro e em companhias que distribuem lucros de forma consistente”, afirma o analista.
China – 10%
A potência asiática está representada por meio do ETF FXI, que agrega gigantes como Alibaba (BABA; $BABA34) e Tencent (TCEHY).
“A China é uma máquina de exportação com superávits superiores a um trilhão de dólares. Não dá para deixar esse mercado de fora”, pontua Martins.
Japão – 3%
O Japão entra na carteira como uma aposta cambial. Com a moeda japonesa em níveis historicamente desvalorizados, Martins acredita em uma valorização futura que beneficiará os ativos locais.
“O iene tem um bom potencial de recuperação frente ao dólar, e isso pode alavancar o retorno dos ativos japoneses”, afirma.
Sudeste Asiático – 6%
Com 6% da alocação, a região é beneficiada pelo movimento de repatriação de capital.
“Há um novo fluxo se formando, com investidores locais trazendo recursos de volta para países como Indonésia, Tailândia e Vietnã. Estamos nos antecipando a esse movimento”, explica Martins.
Brasil – 21%
Apesar de ser uma carteira internacional, o Brasil mantém espaço relevante com 21% da alocação.
“Acredito que o bull market brasileiro já começou. Estamos otimistas e o time da EQI fez uma curadoria rigorosa dos ativos nacionais”, diz o analista.
América Latina – 5%
Com destaque para Colômbia, Chile, Argentina e Peru, a alocação latino-americana exclui o México neste momento.
“O México não está atrativo agora. Preferimos focar em países que apresentam fundamentos mais interessantes e com maior potencial de valorização”, comenta.
Uma carteira para crescer e aprender
Além da diversificação geográfica, a Global Investor Portfolio também traz uma exposição cambial estratégica. Embora os ativos sejam negociados em dólares, muitos deles representam moedas locais, como o iene e o yuan.
“É uma combinação que protege o investidor do dólar e permite capturar ganhos em diversas moedas”, explica Martins.
A carteira será atualizada mensalmente por Marink Martins, que também compartilha insights diários por meio de áudios no app EQI+.
“Mais do que uma carteira, é uma jornada de crescimento patrimonial e aprendizado. Vamos juntos nessa direção”, finaliza o analista.