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Carteira 200 de FIIs: após dividendos de R$ 25,10 veja ajustes para junho
Oferecido porEQI Research

Carteira 200 de FIIs: após dividendos de R$ 25,10 veja ajustes para junho

A Carteira 200 de FIIs, criada pela EQI Research como sugestão para quem quer começar a investir em Fundos Imobiliários com um valor relativamente pequeno, recebeu R$ 25,10 em dividendos em maio, registrando dividend yield (DY) médio (relação entre o valor dos proventos e o valor de mercado do fundo no anúncio do pagamento) em 0,90%.

Em valor de mercado, a carteira teve um resultado positivo de 0,37% no período de 9 de maio a 7 de junho deste ano.

“Como o DY é a divisão entre os proventos pagos e o valor de mercado dos FIIs na data de anúncio de pagamento, caso o valor de mercado apresente uma queda e o valor nominal pago se mantenha constante, o DY sobe. De modo análogo, o inverso também é verdadeiro. Por isso, é importante avaliar o crescimento do fluxo de caixa pago ao investidor e o patrimônio total da carteira em conjunto”, explicou Carolina Borges, analista de FIIs da EQI Research, responsável pela montagem da carteira.

Carteira 200 de FIIs: o que é e como funciona

Como o nome diz, a Carteira 200 de FIIs é um projeto para acúmulo de patrimônio a partir de aportes relativamente pequenos, de R$ 200 por mês, que são usados para a compra de cotas de fundos imobiliários. Além do investimento mensal, os dividendos distribuídos pelos fundos também são reinvestidos na compra de cotas.

Evolução da carteira 200
Evolução patrimonial da carteira 200 de FIIs

A Carteira 200 é composta por sete FIIs, balanceando a exposição setorial com a inclusão de fundos “de papel” (investem em recebíveis imobiliários) com boa qualidade de crédito, fundos “de tijolo” (investem diretamente em imóveis, como galpões logísticos, por exemplo), e fundo de fundos (que investem em outros FIIs ou possuem mandato amplo de alocação).

O destaque em pagamento de dividendos ficou novamente com o $EQIR11, com uma rentabilidade de proventos de 1,04% no mês. Fundos de papel indexados ao IPCA, como o $EQIR11, são caracterizados por repassarem a inflação, acrescida de um prêmio de risco, nos dividendos mensais, segundo aponta o relatório.

Na teoria e em condições normais de crédito, esses FIIs deveriam negociar em valores muito próximos ao valor patrimonial – com oscilação ao redor de 2%, segundo a analista explica no relatório. Assim, em momentos de inflação persistentemente mais baixa, a distribuição nominal de dividendos pode apresentar oscilação negativa e algumas oportunidades surgem.

“É o que estamos vislumbrando com o EQIR, por exemplo. O FII negocia a uma relação de preço sobre o valor patrimonial (P/VP) de 0,92x. Nestas situações, o prêmio que o investidor receberá pelo risco aumenta, tornando o investimento mais interessante. Voltamos a lembrar que nem todo desconto em relação ao valor patrimonial indica oportunidade”, explicou ela.

Já o RBRF11 foi o Fundo com a menor rentabilidade de proventos (DY) do mês. O fundo investe em cotas de fundos de tijolo que, na maior parte dos casos, entregam um DY menor do que fundos de papel por natureza. “O objetivo da alocação é focar em FIIs abaixo do custo de reposição, focando na valorização dos ativos. Ou seja, nossa alocação visa valorização patrimonial no médio a longo prazo”, completa a analista de FIIs.

Carteira 200: decisões para junho

O novo caixa disponível para aporte é de R$ 229,10., valor que inclui o aporte mensal de R$ 200, os proventos recebidos de R$ 25,10 e o caixa remanescente do mês anterior, de R$ 4.

Para o mês de junho, não está incluída nenhum FII novo e nem alterar nenhum fundo para a carteira, que continuará com sete ativos.

O aporte será feito da seguinte forma:

  • 4 cotas de BTCI11;
  • 1 cota de BTLG11;
  • 2 cotas de CPTS11;
  • 2 cotas de EQIR11;
  • 4 cotas de GARE11, e
  • 2 cotas de RBRF11.

Sobrou ainda um caixa remanescente de R$ 1,90, que será utilizado no próximo mês. Confira, abaixo, a composição da carteira:

Composição da carteira 200 de FIIs

Carteira 200 de FIIs: análise dos fundos escolhidos

Confira abaixo uma breve análises dos fundos escolhidos:

Brasil Plural Absoluto Fundo de Fundos (BPFF11)

Cpm o objetivo de trazer uma diversificação imediata, aliado com o bom potencial de valorização, o FOF gerido pela Plural é diversificado entre papel (47% do PL) e tijolo (53% do PL), com uma carteira focada em ativos de qualidade.

“As maiores posições em papel estão em $KNIP, $KNCR e $HGCR, enquanto as de tijolo são $HGRU, $BTLG e $XPLG. Adquirir BPFF é equivalente a comprar a carteira do Fundo com um desconto atual de 10% em relação a compra individual no mercado secundário”, explica a analista.

Por outro lado, o valor de mercado de um FOF depende fortemente do desempenho dos ativos do portfólio e da capacidade da gestão de fazer boas alocações. Com isso, o BPFF é um ativo que irá apresentar correlação positiva com o IFIX.

BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCI11)

O $BTCI11 é indexado ao IPCA (67% do PL) e CDI (com 29% do PL), com predominância dos segmentos residencial, logístico e shopping. Assim, o BTCI possui boa diversificação entre indexadores e segmentos. A aquisição com desconto frente ao valor patrimonial poderá potencializar o retorno no médio prazo

Entre os pontos negativos, o BTCI mescla CRIs de baixo risco com CRIs de médio risco no portfólio, buscando rentabilidades mais atrativas, com ativos a CDI+1,50% e CDI+6%, segundo expõe o relatório.

“Essas operações mais arriscadas demandam mais atenção e acompanhamento por parte da gestão e não devem representar parcela significativa do portfólio do Fundo”, avaliou a analista.

Capitânia Securities II (CPTS11)

Por sua vez, o $CPTS possui uma característica híbrida, com 69% dos ativos em CRIs e 30% em cotas de outros FIIs. Da carteira de FIIs, mais de 85% estão alocados em tijolo.

Já os principais riscos vêm da execução da tese de reciclagem e da alavancagem do Fundo. Cerca de 15% do PL estão alocados em operações compromissadas com CRI, com um custo de CDI+0,78% ao ano. Comparando a carteira de CRIs com o custo das compromissadas, a operação é positiva em cenários de inflação mais elevada.

EQI Recebíveis Imobiliários (EQIR11)

O fundo tem 88% de exposição ao IPCA, com um cupom médio de 8,8% ao ano, em linha com o nível de risco assumido pelo FII. Possui boa diversificação setorial, com predominância do segmento de varejo e devedores como o Oba, Quero-Quero e Pague Menos.

Como ponto negativo, o EQIR possui baixa média de liquidez diária. No entanto, para o propósito apresentado aqui, a liquidez atenderia a maioria dos investidores. “O segmento de loteamentos é um ponto de alerta para exposição, que carrega um maior risco operacional”, diz trecho do relatório.

Guardian Logística (GARE11)

O fundo possui 100% de contratos atípicos, com prazo médio remanescente de cerca de 9 anos, todos reajustados pelo IPCA. Esta característica traz certa previsibilidade para o fluxo de caixa do FII. Possui cinco imóveis no portfólio, localizados nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo,Bahia e Pernambuco, e grandes empresas como inquilinos: BRF, Air Liquide e Souza Cruz.

Em contrapartida, o $GARE tem 18% de alavancagem (dívida sobre o total dos ativos). Os prazos de liquidação das dívidas coincidem com o vencimento dos contratos, com o mesmo indexador de correção (IPCA).

RBR Alpha Multiestratégia (RBRF11)

O fundo possui 17 FIIs e 8 CRIs no portfólio, com maior exposição à estratégia de tijolo. No médio a longo prazo, ativos considerados de ótima qualidade e localização irão entregar resultados acima da média ao investidor.

“Dentre os FOFs e multiestratégia, é um dos que apresenta boa exposição ao segmento corporativo e de shoppings, contribuindo para a diversificação da nossa carteira”, comentou Carolina Borges.

Como ponto negativo, ao valor de mercado de um FOF depende fortemente do desempenho dos ativos do portfólio e da capacidade da gestão de fazer boas alocações.

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