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Dividendos da Petrobras estão ameaçados?

Dividendos da Petrobras estão ameaçados?

O mês de agosto tem sido desafiador para a bolsa brasileira, mas a carteira recomendada de dividendos da equipe de análise da EQI Research já conseguiu se valorizar 0,43%, mesmo com quedas de 1,14% no Ibovespa e de 1,1% no IDIV, índice de referência para ações pagadoras de dividendos. Entre as principais mudanças em agosto, destaque para a redução do peso de Petrobras na carteira, de 20% para 15%.

Por que reduzir a exposição à Petrobras?

Segundo os analistas João Zanott e Nicolas Merola, a decisão de reduzir a participação na estatal não significa abandono da companhia, mas sim uma cautela diante de sinais de mudanças no cenário de dividendos.

A temporada recente de resultados indicou potenciais reduções no fluxo de distribuição de lucros, um pilar central para investidores focados em dividendos.

O principal fator negativo foi o preço do petróleo, que caiu de uma média de US$ 85 para cerca de US$ 65-67 por barril. A pressão nos preços é resultado de maior produção tanto pela Opep quanto pelos Estados Unidos, além de questões geopolíticas que impactam a oferta global. Esse cenário reduz a rentabilidade da Petrobras e, consequentemente, seu potencial de pagamento de dividendos.

Além disso, a companhia divulgou um fato relevante indicando a intenção de voltar a investir no setor de distribuição, anteriormente desinvestido. Historicamente, o foco em produção e extração de petróleo – seu core business mais lucrativo – foi responsável pelo alto potencial de dividendos. O retorno a investimentos em distribuição pode representar um retrocesso nesse caminho, aumentando os riscos para investidores focados em retorno por dividendos.

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Petrobras: Ainda há dividendos?

Apesar das preocupações, a Petrobras continua sendo lucrativa. A produção atingiu recordes recentes, o custo de extração está sendo diluído, e os resultados operacionais continuam sólidos. A redução de peso na carteira reflete apenas uma precaução diante do risco aumentado, não a eliminação da empresa do portfólio.

Novos destaques na carteira

Para equilibrar a redução em Petrobras, a carteira aumentou o peso de Klabin, de 5% para 10%. A empresa se destaca por ser verticalmente integrada, produzindo celulose, papel e embalagens, com exposição moderada ao preço da commodity. Além disso, a Klabin possui uma das maiores produtividades florestais do mundo e atende à demanda crescente por celulose de fibra longa, utilizada em produtos de higiene como fraldas geriátricas e absorventes.

Outro destaque é a Eletrobras, que teve valorização de 9,15% após um resultado acima do esperado e o anúncio de dividendos não previstos, compensando a queda da Petrobras de 5,5%. Entre os pontos negativos, também se destacaram Lupar e Bradesco, que sofreram correções.

Quais ações compõem a Carteira Mais Dividendos da EQI Research?