O sistema Valores a Receber, criado pelo Banco Central em 2021 e reaberto neste ano, ainda tem mais de R$ 7 bilhões à espera de solicitação de resgate por seus donos, a maioria deles pessoas físicas.
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Esse dinheiro pode ter sido “esquecido” por seus proprietários em várias fontes, sendo as mais comuns, segundo o BC:
- contas corrente ou poupança encerrada com saldo disponível;
- cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito;
- recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados;
- tarifas cobradas indevidamente;
- parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas;
- contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas com saldo disponível;
- contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas com saldo disponível.
O sistema foi apresentado pela primeira vez em 2022 e depois fechado para ajustes. Na nova versão, aberta em 7 de março, o Valores a Receber permitiu também a consulta de valores de pessoas falecidas, usando apenas o CPF e a data de nascimento do titular. Neste caso, o sistema não faz o pagamento diretamente, mas propicia a intermediação dos herdeiros ou representantes legais com a instituição financeira.
Outra modificação feita na segunda versão do sistema incluiu uma opção de transparência para quem tinha valores em conta conjunta. Se um dos titulares solicitar o valor via sistema, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações da solicitação: valor, data e CPF de quem solicitou.
Como o sistema tem sido renovado frequentemente com novas informações pelas instituições, mesmo quem já fez algum resgate pode fazer novamente a consulta por meio do site oficial do programa.
Valores a Receber: estatísticas do Banco Central
Segundo o Banco Central, o valor total inserido no sistema de Valores a Receber chegou a R$ 11 bilhões, dos quais até agora foram pagos apenas R$ 3.93 bilhões, restando cerca de R$ 7,07 bilhões à espera de seus proprietários.
Desse valor, cerca de 80%, ou R$ 5.68 milhões, pertencem a pouco mais de 36 milhões de pessoas físicas que ainda não acessaram o sistema, uma média de R$ 157,39 por pessoa. Mais de 780 mil pessoas, no entanto, têm pelo menos R$ 1.000 a reivindicar, nos dados do BC publicados no início deste mês.
Mais R$ 1,39 bilhão são pertencentes a pessoas jurídicas, num total de 2,7 milhões de empresas, o total a R$ 504,62 por CNPJ, em média. Nestes casos, um sócio-administrador da empresa precisa fazer um cadastro no sistema para realizar o recebimento.
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Valores a receber: BC alerta para tentativa de golpes
O BC alerta os investidores para falsas mensagens relativas ao sistema que tentam levar as pessoas ao engano, para a entrega de dados pessoais e senhas bancárias por whatsapp.
A mensagem, o chamado phishing, tenta imitar um comunicado do BC que induz a pessoa a clicar em links que levam a sites falsos, que podem roubar senhas e transmitir vírus.
O BC enfatiza que as informações verdadeiras sobre o Sistema de Valores a Receber são dadas apenas no site e em suas redes sociais e que não se comunica por mensagens instantâneas com os cidadãos. No caso das mensagens apócrifas, a dica é ignorar o conteúdo e, eventualmente, bloquear o contato pela ferramenta.
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