Segundo o novo livro de Marcio Fernandes, estamos em 2020 mas trabalhamos da mesma forma que 50 anos atrás. Executivo e escritor, Marcio Fernandes é conhecido devido a suas fortes opiniões. Mesmo com as inovações nos escritórios das empresas, com escorregadores e mesas de sinucas, em sua visão o trabalho não evoluiu.
Autor dos livros Felicidade dá lucro e O fim do círculo vicioso, Marcio Fernandes está lançando agora o título Filosofia de Gestão. O novo livro aborda os desafios dos líderes de empresas, em um mercado de constante revolução. Em reportagem a Época Negócios, Fernandes comentou: “É preciso criar culturas melhores, participativas, inclusivas e de alta performance por opção – não por obrigação.”
A terceira obra de Fernandes, ex-CEO da Elektro, levou quase um ano para ser finalizado: “Esse livro tem a pretensão de mostrar que a cultura organizacional é muito mais forte quando concebida junto com as pessoas” comentou Marcio a Época.
Entre os assuntos abordados, está uma espécie de manual paras as empresas e seus CEOS. Com o objetivo de transmitir e influenciar na construção de uma cultura e gestão mais moderna, em que todos os colaboradores se apoiam.
Filosofia de Gestão
O autor Marcio Fernandes, disponibilizou alguns insights do livro para a Época Negócios, selecionamos dois temas interessantes de “Filosofia de Gestão”:
Avaliação de desempenho
“O mundo corporativo tem muitos erros. Alguns são erros crassos. A avaliação de desempenho é, na minha opinião, inaceitável. Depois de tanta inovação e mudança tecnológica, a gente ainda usa a mesma coisa. É uma ignorância por opção. Estamos em 2020 e ainda trabalhamos como 50 anos atrás.”
Startups
“Sou apaixonado pela essência da criação de um negócio e por como isso impulsiona sonhos e valores. O que eu sou um grande crítico no caso das startups é que elas começam bem. Endereçando sonhos, reunindo pessoas que não concordavam com modelos antigos, e mergulham no novo. O problema é que, quando elas conseguem ‘chegar lá’, tendem a se tornar os idiotas que detestavam. Ou seja, a essência é positiva, mas transitória. O grande desafio é promover a vitória com essência. Um pufe e um escorregador não mudam nada. Temos que parar de fazer gestão para o papel. Temos que pegar essência e levar até o fim, mantendo os valores. Não é porque se tem dinheiro que precisa ser idiota.”