A nova queda da taxa Selic, confirmada nesta quarta-feira (11) pelo Banco Central, e agora no histórico nível de 4,5% ao ano, dará muitas dores de cabeça aos investidores acostumados a apostar em renda fixa.
Segundo reportagem publicada pelo Estadão Conteúdo, a revisão dos juros básicos pelo Copom fará com que 32% do total de aplicações brasileiras passem, de agora em diante, a perder para a inflação projetada para os próximos 12 meses – projetada para 3,60%.
Perdas inflacionárias
Significa dizer que investimentos conservadores, como Caderneta de Poupança, fundos de renda fixa atrelados à taxa DI, que acompanha de perto a taxa Selic (Fundos DI), e os títulos de Tesouro Direto indexados pela Selic (Tesouro Selic) não serão capazes de proteger o investimento do brasileiro da perdas inflacionárias projetadas para o IPCA.
Segundo cálculos do professor de economia da FGV e colunista do Estadão, Fábio Gallo, uma pessoa que depositar R$ 1 mil na Poupança a partir de hoje retirará, em um ano, R$ 1.031,50. O ganho real, no entanto, será negativo quando aplicada a inflação do período, retornando R$ 994,37 ao investidor.
Situações semelhantes, e ainda mais dramáticas, deverão ocorrer com os fundos DI, mesmo para os isentos de taxa de administração. Nesses casos, a perda é de R$ 1,99, mas, como boa parte desses fundos ainda cobram taxas consideradas salgadas até pelos próprios gestores de investimento, a perda nominal dessas aplicações pode chegar a R$ 18,09 em um ano, para os fundos com taxas de custódia de 2%.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic, que hoje concentra 33,8% dos saldo total dos recurso alocados no Tesouro Direto (R$ 59,2 bilhões), apresentará perda acumulada do investimento com inflação após a nova alteração da Selic de R$ R$ 3,32, sempre considerando como prazo de aplicação 12 meses.
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