Com a taxa Selic lá em baixo, o investidor da renda renda fixa vem buscando outras formas de rentabilizar seus investimentos.
Nesse caminho, uma das opções que começam a se consolidar no mercado é o investimento em precatórios.
Apesar de ainda pouco conhecido no mercado de produtos financeiros, os precatórios existem há muito tempo.
Na verdade eles nada mais são do que dívidas que algumas pessoas ou empresas têm direito a receber e que as obtém quando entram com alguma ação contra o Estado.
Então, o que vem ganhando popularidade é o investimento nesse tipo de título a fim de garantir uma rentabilidade extra.
Na prática, o investidor compra o título junto a uma plataforma de investimento e obtém a rentabilidade na diferença entre o valor de compra e o recebimento real da dívida.
Porém, vale destacar que o investidor deve conhecer bem a plataforma, já que o investimento não é registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nem tem amparo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Em outras palavras o risco é muito elevado e justamente por isso, o retorno prometido também é alto.
Riscos
Vale destacar ainda que outro ponto importante a ser observado. Em geral, os precatório são investimentos para longo prazo. Ao mesmo tempo, o mercado secundário é muito fraco para esse tipo de investimento. Ou seja, é difícil encontrar quem recompre as cotas.
Uma boa dica é optar por precatórios alimentares, que possuem prioridade no pagamento, acelerando um pouco mais o recebimento da dívida.
Porém, ainda que demore para efetivar o pagamento dos precatórios, ao menos o montante é corrigido pela inflação ou TR a juros simples, a depender da data de emissão da dívida.
Outro alerta importante neste tipo de operação é que o Estado, normalmente, demora para realizar o pagamento de precatórios, podendo levar até décadas. Atualmente o estado de São Paulo, por exemplo, está quitando dívidas de 2002.
Por fim, os documentos da operação precisam ser formalizados para que não haja problemas futuros entre as partes.