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Planner financeiro: O que é e qual a importância?

Planner financeiro: O que é e qual a importância?

Quando o fim do mês chega e a conta no banco fica abaixo do esperado, bate aquela chateação, e você se pergunta: o que posso fazer para ficar melhor no próximo mês? Bem, é para resolver esse tipo de problema que existe o planner financeiro. Mas o que é isso? Como utilizar e qual a importância dessa ferramenta? Hoje vamos tirar as suas principais dúvidas sobre o assunto!

O que é um planner financeiro

Um planner financeiro é um sistematizador da sua vida financeira pessoal ou familiar. O termo planner vem do inglês e significa “planejador”. Consiste em uma ferramenta para tomar notas sobre custos e gastos, fazer projeções de ganhos e planejar empréstimos e financiamentos.

Em resumo, tem a finalidade de analisar os gastos e as finanças, ou seja, para onde o dinheiro está indo para, com isso, organizar melhor a alocação de recursos.

No Brasil, por uma questão cultural, tais hábitos estão comumente associados a empresas e instituições e não ao dia a dia dos indivíduos. Contudo, a utilização de um planner financeiro deixa mais fácil alcançar objetivos e metas pretendidos.

A ferramenta tem o objetivo de trazer bem-estar financeiro ao usuário. Ela pode fazer isso ajudando na quitação de dívidas e facilitando o alcance da independência financeira e dos sonhos. O planner tem campos a serem preenchidos com dia, mês e ano, em que você poderá informar os seus ganhos e gastos.

Existem diversos modelos de planners. Por isso, é preciso entender o que cada um deles pode te proporcionar, bem como o objetivo que você quer atingir ao utilizá-lo antes de fazer a escolha. Alguns modelos focam a organização das finanças e gastos, sendo ideais para quem não está acostumado com o controle de finanças, precisando assim de mecanismos mais fáceis e intuitivos. Por outro lado, existem os planners para pessoas mais experientes em termos financeiros, como investidores.

Essa ferramenta financeira também pode orientar no estabelecimento de objetivos. Uma vez que as suas finanças estejam organizadas, será possível estabelecer metas de curto, médio e longo prazo.

Como utilizar um planner

Bem, já entendemos a importância de ter um planner financeiro e fazer uso dessa ferramenta. Agora, vamos ver como montar a sua própria ferramenta de anotações para controlar as suas finanças. Feito isso, você poderá fazer um exame das suas finanças e um planejamento financeiro para começar a utilizar o planner no dia a dia.

1. Escolher o modelo

O primeiro passo é escolher onde você fará as suas anotações. Por isso, se optar por um caderno, escolha um estilo de folha que seja agradável, de preferência de capa dura ou um caderno inteligente.

2. Personalizar o planner

Essa é uma etapa que visa transformar um caderno comum naquilo que será uma ferramenta de uso pessoal e que tenha a sua cara. Você pode fazer algum desenho simbólico ou utilizar uma fonte interessante na capa do seu planner. Além disso, é possível colar adesivos ou post-its com mensagens motivacionais.

3. Padronizar as cores

É fundamental padronizar as cores antes de começar as anotações das finanças e gastos. Assim, as anotações que você fizer ao longo do caderno estarão organizadas de maneira clara e, gradualmente, se tornarão intuitivas. Para tanto, vale a pena assistir vídeos sobre esquema de cores; eles poderão te ajudar a ser mais eficaz.

4. Planejar e dividir as seções

Antes do planejamento financeiro ser feito, existem algumas áreas para anotar contas fixas, objetivos, metas e deveres que você tenha que cumprir com o seu orçamento. Em seguida, você deve organizar os seus dias no planner. Uma dica é dividir cada folha em sete dias. Isso facilitará a visualização de todos os compromissos.

Pronto. Agora você já pode fazer o seu planejamento financeiro e começar a anotar com disciplina todos os compromissos e gastos novos que aparecerem, atualizando sempre as suas finanças e tendo em vista os seus objetivos.

Como fazer um bom planejamento financeiro

Segundo estudos da área de finanças, planejamento financeiro pessoal, também chamado de orçamento pessoal, significa fixar e seguir uma estratégia categórica, que tenha foco em acumular bens e valores que formarão o patrimônio de uma pessoa e de sua família.

Essa estratégia pode estar voltada para curto, médio ou longo prazo, não sendo uma tarefa fácil de atingir, dado que a vida é imprevisível e não temos controle sobre todos os obstáculos que aparecerão ao longo dela.

O planejamento financeiro pessoal parte do princípio que os recursos disponíveis para aplicação são escassos. Portanto, em um orçamento familiar, cada destinação de receita deverá ser previamente planejada, a fim de que não faltem recursos para a quitação das despesas do mesmo período.

O primeiro passo é entender onde você está errando. Para tanto, você deve elencar todos os seus gastos dentro de um mês e preencher o chamado Orçamento Doméstico. Esse é um exercício que poucas pessoas gostam de fazer, mas é muito importante para conseguir diagnosticar a sua vida financeira.

Para tanto, deve-se deixar de lado o orçamento que você tem para lapidar um orçamento ideal. A pergunta que deve ser feita é: com a mesma renda mensal que você ganha, como outras pessoas vivem bem? Esse passo servirá para começar a traçar um paralelo entre o orçamento que você tem e um orçamento ideal.

Feito isso, você deve pensar nos grandes sonhos que tem: ficar milionário antes dos 40 anos, ter uma renda fixa de R$ 10 mil mensais, viajar pelo mundo, comprar uma casa ou um carro… Enfim, estabelecer suas metas. O objetivo com esse exercício é ter um primeiro choque: o contraste entre o seu orçamento e o seu sonho estarem muito distantes, parecendo um projeto inviável.

O próximo passo é trabalhar para concretizar cada um dos sonhos por meio da estratégia de menos dinheiro e mais eficiência: programas de milhagens, uso eficiente de negociações, compras em atacado, parcerias, permutas, investimentos, etc. Assim você terá um caminho planejado até conquistar seus objetivos e poderá olhar para ele como referência durante a jornada.

Com o planner e com o planejamento em mãos, você poderá partir para a etapa prática de redução de despesas desnecessárias. Esse é um problema que ocorre em grande parte das famílias. Além disso, a educação financeira mostra que o primeiro passo para encontrar a estabilidade financeira é justamente gastar menos do que ganha.

Olhando para o seu planner, você perceberá quais são os gastos supérfluos e as oportunidades para melhorá-los para, quem sabe, adiantar a realização dos objetivos e sonhos definidos no planejamento.

Além disso, quando começar a sobrar algum dinheiro em função da sua organização financeira, você poderá criar uma carteira de investimentos que gere algum rendimento futuro. É claro, não deixe de considerar questões como risco, liquidez e prazo, antes de investir.

Por que é tão difícil fazer um planejamento financeiro

Alguns estudos apontam que o planejamento financeiro ainda não está enraizado na cultura brasileira em função das elevadas taxas de inflação encontradas no país até meados da década de 1990.

No Brasil, a inflação só conseguiu se estabilizar com a implantação do Plano Real em 1994. Essas taxas faziam com que os preços dos produtos subissem quase diariamente, impossibilitando um planejamento estável das finanças ao nível governamental, empresarial e também pessoal ou familiar.

A consequência vivida na atualidade é que, com a estabilização dos preços, mas sem planejamento, grande parte da população brasileira se endividou e se encontra inadimplente. Isso gera efeitos negativos na vida íntima das pessoas, causando inclusive possíveis danos psicológicos e emocionais.

Entretanto, não é apenas para se livrar das dívidas que o planejamento financeiro é importante: ele também pode servir para a conquista de bens de consumo, de viagens ou de educação, por exemplo.

Ao estudarmos as teorias da administração, é praxe nos depararmos com a Pirâmide de Maslow, que descreve a hierarquia de necessidades. Na parte mais baixa da pirâmide, estão as necessidades fisiológicas, as mais importantes para o ser humano sobreviver; na parte mais alta, despontam as necessidades de autorrealização, das quais um indivíduo não demanda para sobreviver, mas que fazem a sua vida valer a pena.

Pessoas e famílias com as finanças desorganizadas têm dificuldade em escalar a pirâmide, ficando muitas vezes no meio do caminho, nas necessidades de segurança ou, quem sabe, de autoestima. Elaborar, seguir e aperfeiçoar o planejamento financeiro pessoal e familiar pode ser o caminho mais curto entre o primeiro e o último degrau da pirâmide, tornando assim a vida do indivíduo plenamente realizada. 

Planner ou planilha financeira

Tanto o planner quanto a planilha financeira são úteis para a organização do seu dinheiro ou do dinheiro de sua família. A planilha, até mesmo aquela feita no Excel, também serve para registrar ganhos e gastos, planejar investimentos a fim de analisar como alcançar seus objetivos e onde cortar para atingi-los.

A característica marcante do planner financeiro é a personalização. Com a liberdade de poder fazer anotações, colar adesivos, deixar ele mais com a sua cara, essa ferramenta permite uma construção mais lúdica, aliviando o possível estresse gerado pelas amedrontadoras “tabelas”. O ideal, contudo, é testar e ver com qual das duas você se adequa melhor.

O que fazer com o dinheiro que vai começar a sobrar

Depois que você já tiver montado o seu planner financeiro e o seu planejamento, gradualmente, vai começar a ver os resultados.

Quando aquele dinheirinho do fim do mês começar a sobrar, lembre dos sonhos que você anotou e dos objetivos a cumprir. Mas o que fazer com esse dinheiro?

Bem, é importante ter em mãos parte dele para eventuais necessidades. Sua reserva de emergência deve estar em produtos de renda fixa, seguros e com liquidez para ser resgatada em qualquer eventualidade.

Porém, aos poucos, você pode começar a montar uma carteira de investimentos que corrobora com as suas metas de curto, médio e longo prazo.

Digamos que um desses objetivos seja fazer um intercâmbio no exterior; é interessante que parte dos seus investimentos esteja em dólar.

Se os objetivos forem de longo prazo, os ativos devem acompanhar essas características. O Tesouro Direto é uma opção conservadora nesse sentido. Agora, se você já possui uma certa estabilidade e quer tentar fazer investimentos com maior risco, não deixe de buscar informações em livros, podcasts de finanças, vídeos e cursos. Após se inteirar no assunto, utilize o método de organização do planner e aplique em uma planilha para ações e investimentos.

Vale lembrar que a educação financeira também é um investimento. Com ela, além de organizar as finanças, você também conseguirá entender como a inflação afeta a vida dos cidadãos e como a taxa Selic influencia a sua vida, por exemplo. A educação financeira nos auxilia a tomar melhores decisões sobre o nosso orçamento.

O ideal seria que tivéssemos contato com o assunto o quanto antes. Por isso, estabeleça uma relação virtuosa com as finanças desde casa, com o cônjuge, com os pais e não deixe de procurar como ensinar finanças aos filhos. Crianças de 3 a 5 anos já conseguem manter um cofrinho para guardar a sua mesada. Mais tarde, você até poderá ensinar a diferença entre valor e preço, necessidade e gasto.

Quando temos uma boa educação financeira, conseguimos priorizar aquilo que realmente nos importa, investindo também no futuro, como no planejamento da aposentadoria.

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