Investir um montante significativo como R$ 1 milhão é uma decisão financeira que demanda cautela e estratégia, especialmente quando se considera o variado leque de opções disponíveis no mercado financeiro.
Mas, antes de direcionar esses recursos, é fundamental ao investidor compreender o seu próprio perfil de risco. Isso porque cada pessoa possui tolerância e objetivos distintos, e esse entendimento se faz necessário para alinhar as escolhas de investimento com as metas individuais.
Além disso, é preciso saber qual o horizonte de investimento (em quanto tempo você vai precisar ter o dinheiro disponível – ou parte dele – para uso) e seus objetivos financeiros específicos (viagem, compra de casa própria, aposentadoria?).
Investidores conservadores, que não toleram muito risco e volatilidade, podem optar por alternativas mais estáveis, como títulos públicos e Fundos de Renda Fixa, enquanto investidores mais arrojados podem considerar Ações, Fundos Imobiliários e Fundos Multimercado e outros ativos de maior volatilidade, buscando potenciais retornos mais expressivos.
Onde investir R$ 1 milhão? Confira estratégias
A cifra de R$ 1 milhão tem um significado particular para muitos investidores brasileiros. Além de representar uma soma substancial, esse valor é frequentemente associado a metas financeiras significativas, como a aquisição de um imóvel, a realização de um projeto pessoal ou até mesmo a construção de um fundo de segurança para a aposentadoria.
Para investidores que alcançam essa marca, as opções são diversas e podem incluir uma combinação de diferentes classes de ativos. Uma estratégia diversificada pode envolver a alocação de parte do montante em renda fixa para preservação do capital, enquanto uma parcela pode ser direcionada para ativos de maior potencial de crescimento, como Ações e Fundos Imobiliários.
Denys Wiese, estrategista da EQI Investimentos, aponta que uma boa alocação para um perfil conservador de investidor poderia ser:
- 50% em Renda Fixa pós-fixada
- 25% em títulos de Renda Fixa atrelados à inflação
- 25% em Renda Fixa prefixada
Lembrando que é sempre recomendado traçar esta estratégia junto a um assessor de investimentos, que poderá identificar com mais precisão os objetivos e oportunidades para cada investidor.
“Os papéis prefixados e IPCA+ se destacam no cenário atual, porque tendem a se valorizar com a marcação a mercado dos títulos e a queda dos juros (Selic). Com o prefixado, a gente trava a taxa pré acordada, que ainda está bastante alta. E com IPCA+, a gente garante juros real, com taxa de retorno real”, ensina.
“Os pós-fixados continuam importantes, porque eles são a defesa da carteira. Eles são os zagueiros do nosso time, porque dão proteção e retiram a volatilidade”, aponta.
Já um investidor moderado, entre o conservador e o arrojado, poderia ter a seguinte carteira:
- 20% em prefixados
- 20% em pós-fixados
- 20% em títulos atrelados à inflação
- 15% em Multimercados
- 15% em Renda Variável (Ações, FIIs e Fundos)
- 10% em investimentos internacionais
Os Fundos Multimercado são como um “meio do caminho” entre renda fixa e renda variável e compreende os fundos que compram tanto ativos de renda fixa quanto renda variável.
Sobre os investimentos internacionais, a recomendação no momento é pela renda fixa, com preferência por papéis do governo e de empresas com alta nota de crédito – ou seja, baixo risco de calote. Para saber tudo sobre renda fixa em dólar, clique aqui.
Já o investidor arrojado poderia ter a seguinte alocação:
- 15% em prefixados
- 15% em pós-fixados
- 20% em títulos atrelados à inflação
- 10% em Multimercados
- 25% em Renda Variável (Ações, FIIs e Fundos)
- 15% em investimentos internacionais
Além disso, é preciso ficar atento às condições do mercado e realizar uma revisão periódica da carteira de investimentos, ajustando-a conforme as mudanças no cenário econômico e nas metas pessoais. Esta operação é chamada de rebalanceamento de carteira – e você pode saber tudo sobre ela, clicando aqui.
E já que investir R$ 1 milhão requer uma abordagem personalizada, alinhada ao seu perfil de risco e aos seus objetivos financeiros, consultar um assessor pode ser uma estratégia valiosa para orientar as decisões de investimento e garantir que o montante seja alocado de maneira eficiente e alinhada às suas metas individuais. Clique aqui se tiver interesse em assessoria de investimentos.