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Kinvo: o que é, como funciona e por que investir?

Kinvo: o que é, como funciona e por que investir?

O Kinvo representou uma mudança no gerenciamento de portfólio para o pequeno investidor, o chamado investidor do varejo.

No entanto, grandes investidores também podem utilizá-lo, pois existem funcionalidades premium que projetam o patrimônio.

Além disso, é possível conectá-lo junto ao CEI, o sistema da bolsa que indica todos os investimentos feitos por uma única pessoa.

Continue na leitura deste artigo para saber mais a respeito dessa incrível ferramenta. Confira!

O que é o aplicativo Kinvo?

É muito comum que investidores tenham mais de uma aplicação alocada em diferentes instituições financeiras. Como forma de ajudar a centralizar as informações para gerenciá-las, alguns aplicativos estão disponíveis no mercado.

É o caso do app Kinvo, que por meio da ideia de 5 amigos surgiu no ano de 2017. A proposta era ajudar investidores a visualizarem melhor seus ativos para poderem fazer uma alocação mais inteligente.

Com isso, os investimentos teriam mais chances de alcançar melhores rendimentos.

A ideia foi muito bem aceita pelo mercado e, desde sua fundação, conseguiu agregar mais de 700 mil investidores, somando nada menos que R$ 100 bilhões em ativos cadastrados.

Tamanho sucesso chamou atenção de grandes players do mercado, entre eles o grupo BTG Pactual. Motivados pelo sucesso do aplicativo, o grupo fez uma oferta e arrematou o aplicativo por R$ 72 milhões no ano de 2021.

Com isso, o grupo continua sua intenção de atingir a massa representada pelo varejo no mercado brasileiro. Como o foco da assessoria são os fundos de investimentos, muitas vezes essa parcela de investidores não é alcançada.

Provavelmente, esse é um cenário que tende a mudar com o tempo, principalmente a partir de iniciativas como essa da compra do aplicativo que já reúne uma grande quantidade de investidores desse segmento.

 

Quais são as funcionalidades do app?

O aplicativo Kinvo tem vários diferenciais que o colocam em posição de destaque entre os aplicativos com a mesma finalidade existentes no mercado.

Ele não serve apenas para controle do patrimônio do investidor. Na verdade, ele vai além.

Uma das funcionalidades do app é um módulo de análise de ativos. Ou seja, é possível que o investidor pesquise e conheça melhor um produto ou uma classe destes.

Isso é especialmente interessante para investidores que ainda estão começando a diversificar suas aplicações no mercado financeiro, pois é possível se inteirar sobre o investimento pretendido antes mesmo de fazer o aporte.

Sendo assim, podemos dizer que o Kinvo cumpre bem o papel de educar financeiramente todos os seus usuários.

Além disso, também está disponível no aplicativo alguns serviços adicionais que fazem parte do módulo pago do app, a modalidade premium. Essa é uma das formas de rentabilização que os criadores do Kinvo encontraram.

Entre os serviços disponibilizados nessa modalidade, estão a consultoria de carteira de investimento e também a projeção de patrimônio para que os usuários tenham uma visibilidade do comportamento futuro dos ativos.

Outro ponto de grande importância é fazer a consulta de ativos que fazem jus à proteção do FGC, o fundo garantidor de crédito.

Ele é responsável por proteger as aplicações dos investidores até um limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição, não ultrapassando o teto de R$ 1 milhão quando somadas todas as aplicações.

Isso é importante para investidores conservadores que buscam maior segurança em suas aplicações.

Por fim, outro módulo muito interessante disponível no Kinvo é a ferramenta de recebimento de proventos. Por meio dela, é possível verificar qual foi o rendimento auferido via pagamento de dividendos, por exemplo.

Com isso, o investidor pode fazer comparativos para descobrir qual foi a empresa ou fundo imobiliário que mais lhe rendeu proventos em determinado espaço de tempo, ou mesmo durante toda a existência da carteira.

Como usar o Kinvo?

Para poder utilizar o Kinvo da melhor maneira possível, é preciso entender as suas funcionalidades e a forma correta de uso.

Para isso, o usuário tem informações disponíveis na tela inicial que remetem a dados de rendimento de sua carteira. Uma dessas informações é a rentabilidade dos ativos em relação ao CDI, o indicador de rendimento mais usado no mercado.

Existe um menu inferior que disponibiliza outras informações a respeito da concentração da carteira, dados básicos de cadastro do usuário e resumo de informações, como uma maneira de facilitar a leitura dos dados.

Tudo isso só pode ser possível se os ativos que o investidor possui estiverem devidamente visíveis pelo aplicativo. Isso é conseguido de duas maneiras, basicamente. Uma manual e a outra automática.

Como usar o Kinvo na prática?

Na primeira forma, o próprio usuário cadastra o seu ativo indicando todos os dados da aplicação. Deve indicar a instituição na qual os ativos estão alocados, o banco emissor do ativo, o papel, a data de início da aplicação e a data inicial.

Na prática, o que acontece é que o Kinvo reproduzirá a aplicação real feita pelo investidor. Por isso é tão importante que as informações cadastradas sejam fiéis ao investimento realizado.

Kinvo é seguro?

Já a outra maneira pela qual o aplicativo faz o reconhecimento dos investimentos ocorre de forma automática. Ou seja, não é preciso se preocupar com o cadastro manual das aplicações.

Isso acontece por meio de uma conexão entre o Kinvo e o Canal Eletrônico do Investidor, o CEI. Esse é um mecanismo criado pela B3 para facilitar a identificação de todos os investimentos de uma única pessoa.

O CEI centraliza os ativos do investidor em todas as instituições na qual ele tem aplicações. O Kinvo faz uso disso para “importar” os dados e reproduzir a rentabilidade dos ativos de modo que fique claro para o investidor.

Assim, o processo se torna muito mais fácil e prático. Essa funcionalidade chama-se sincronização e facilita o uso do aplicativo pelo investidor.

Usar o Kinvo pode ser um grande diferencial no gerenciamento de portfólio. Com ele, é possível ficar a par da rentabilidade dos ativos e fazer o rebalanceamento de carteira. Isso é muito útil para assegurar que a estratégia traçada inicialmente será seguida durante todo o período de investimentos.

Agora que você conhece mais o aplicativo, entenda também os tipos de investimentos!

Renda fixa

No mercado de capitais existem diversos tipos de modalidade de investimentos. Estes compreendem uma extensa gama voltada aos mais diversos tipos de investidores, que vão desde aquele que possui o perfil mais conservador até aquele que possui um perfil mais agressivo. 

Dentre os investimentos, está a renda fixa, que atrai investidores que preferem não correr tanto risco e preferem alocar seu capital em investimentos mais conservadores e moderados, embora ofereçam uma capacidade menor de ter uma rentabilidade mais avantajada.

Além disso, a renda fixa é vista muitas vezes como uma espécie de “porto seguro” para momentos de volatilidade e tensão no mercado.

Quais são os investimentos em renda fixa?

A partir de agora, vamos conhecer mais a fundo quais são os tipos de renda fixa disponíveis no mercado financeiro.

Tesouro Direto

Esse título de renda fixa é considerado por analistas do mercado como sendo a aplicação de maior segurança. Isto porque o emissor desses títulos é o próprio governo federal. 

Portanto, é baixo o risco do investidor possuir algum tipo de risco nesse investimento. A não ser que ocorra alguma contingência política ou crise econômico-institucional, como a que ocorreu na Argentina há alguns anos. Se ocorrer algum calote de pagamento por parte do governo, esse tipo de título também sofre com o calote.

Remuneração

Em relação à remuneração, podem ser prefixados ou pós-fixados híbridos. Para quem tem como objetivo formar uma reserva de emergência, costuma-se recomendar a aplicação no Tesouro Selic, pois ele possui uma liquidez diária e é indexado às variações da taxa Selic.

Por sua vez, para quem busca um investimento ou aplicação de mais longo prazo e quer obter rendimentos que possam “ganhar” da inflação – em outras palavras, acompanhar a inflação – o recomendável é optar pelo Tesouro Prefixado ou Tesouro IPCA+. 

CDB

Outros tipos de títulos de renda fixa são os conhecidos e bem divulgados Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Estes são emitidos por instituições financeiras, como bancos, para captação de recursos. Na prática, ao adquirir um CDB, o investidor estará emprestando dinheiro à instituição financeira em questão em troca de uma remuneração.

A grande vantagem desse título é que ele possui a proteção dada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que dá um suporte aos investidores em caso de falência do emissor dos títulos de CDB. Isso vale para até R$ 250 mil por CPF.

Ao lado do Tesouro Selic o CDB é considerado um dos mais utilizados para a reserva de emergência, embora também seja possível encontrar CDBs de prazos mais longos e com taxas mais elevadas.

LCI e LCA

Entramos agora no campo nas letras de crédito. LCI é a sigla para Letras de Crédito Imobiliário. Enquanto isso, a LCA significa Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). 

Estes também são emitidos por instituições financeiras, mas diferentemente do CDB, a destinação dos recursos têm de ser, obrigatoriamente, os mercados imobiliários – no caso da LCI – ou no agronegócio – no caso da LCA. Com isso, financiam-se projetos imobiliários ou voltado para o segmento agropecuário.

Uma vantagem desses dois tipos de títulos é que ambos são isentos do IR sobre os rendimentos. Assim, seu rendimento acaba sendo, na média, superior ao dos títulos de renda fixa do mesmo grau de risco. 

Porém, o grande ponto negativo desse tipo de investimento é a falta de liquidez imediata, possuindo uma carência mínima de 90 dias para ambos os títulos antes de que o investidor consiga fazer o resgate da aplicação em caso de necessidade.

CRI e CRA

Bem semelhantes ao LCI e LCA são os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs). A exemplo dos títulos anteriormente destacados, estes também se destinam ao financiamento de atividades do setor imobiliário e do agronegócio.

A grande diferença é que quem emite não são instituições bancárias, mas as empresas securitizadoras, que lançam os papéis no mercado por solicitação de empresas destes dois segmentos de negócios que precisam levantar recursos para seus projetos.

Basicamente, uma securitizadora adquire créditos para transformá-los em recebíveis e vendê-los a investidores. Vamos a um exemplo hipotético para entender melhor como funciona o mecanismo de um CRI e de um CRA: considere que uma determinada construtora possua recebíveis de clientes e deseje fazer a antecipação destes recebíveis para fazer caixa. 

Ela procura então uma securitizadora, que adquire esses recebíveis e os coloca à venda no mercado. Dessa forma, quem passa a ter o direito sobre os valores a receber passa a ser o cliente que adquiriu esses títulos.

Porém, por não serem emitidas por instituições bancárias, os CRIs e os CRAs. E por esse motivo, possuem um grau risco mais elevado do que os demais tipos de aplicações de renda fixa. Além disso, outro ponto a ser levado em conta é que eles são títulos de longo prazo, justamente por financiarem projetos de longa maturação. No entanto, oferecem taxas, em média, superiores às de outros títulos da categoria.

Debêntures

Ainda dentro do campo da renda fixa, há os debêntures. Funcionam à semelhança de compra de ações de uma empresa, pois com estes papéis as companhias podem captar recursos, seja para financiar novos projetos, pagar dívidas e financiar sua operação. 

A diferença é que, quando adquire uma ação, o investidor passa a ser sócio da empresa, e tem alguns direitos como o recebimento de dividendos, por exemplo.

Já para quem compra as debêntures, as regras são outras. O investidor, em vez de ser sócio, passa a ser credor da companhia. Pois as debêntures também são um tipo de empréstimo que as empresas contraem no mercado de capitais mediante o pagamento de juros aos debenturistas.

Outra diferença com relação às ações é que, quem compra uma debênture, que quase sempre possui um valor unitário, recebe um prazo de vencimento para o resgate desse valor. 

Assim, vencido esse prazo, o investidor recebe todo o dinheiro investido de volta acrescido de determinados juros estabelecidos na oferta de emissão. E quando recebe esse dinheiro, encerra seu vínculo financeiro com a empresa.

Outro tópico é que as debêntures possuem prazos de vencimento muitas vezes de médio a longo prazo. Existem papéis com vencimentos de três anos, mas na maioria dos casos, estes possuem vencimentos de cinco anos em diante.

As debêntures também não contam com a garantia do FGC. Dessa forma, o risco do investimento é a capacidade de pagamento da empresa emissora. 

Por isso, é importante o investidor ficar de olho em relatórios de agências de rating para saber como tem sido a capacidade da empresa fazer frente às suas dívidas, qual o perfil da dívida, alavancagem e se ela consegue pagar suas despesas de forma que não causem prejuízos nos balanços trimestrais.

Renda variável

Especialistas definem a renda variável como uma classe de ativos em que não é possível dimensionar o retorno no momento da aplicação.

É exatamente o contrário do conceito de renda fixa. Nesta modalidade, o investidor conhece a regra de remuneração do ativo antes mesmo de aplicar o seu dinheiro.

Assim, como os retornos não podem ser previstos ao longo do tempo, muitas pessoas acabam classificando a renda variável como de alto risco. Portanto, indicada apenas para investidores de perfil mais agressivo.

No entanto, muito se engana quem acredita que pessoas de perfil conservador devem se manter longe da renda variável.

Na realidade, a diversificação de uma carteira de investimentos envolve justamente a compra de ativos tanto de renda fixa quanto de renda variável.

Quais são os investimentos em renda variável? 

Quem decide investir em renda variável encontra uma série de títulos à venda no mercado. Cada um tem as suas características e rentabilidade.

Um dos mais procurados nesse segmento, sem dúvida, são as ações. Uma ação nada mais é que uma fração de uma empresa. Ela é vendida no mercado com o objetivo de captação de recursos.

O dinheiro que as empresas conseguem por meio da venda de ações permite que essa organização realize investimentos. Além disso, pode pagar suas contas e desenvolver produtos e serviços.

Desta forma, as empresas podem crescer e se valorizar ainda mais no mercado. Isso tende a aumentar a sua distribuição de dividendos entre os investidores.

Além das ações, outros títulos de renda variável que estão disponíveis no mercado são:

  • Câmbio;
  • Commodities;
  • Contratos de Futuros;
  • Derivativos;
  • ETFs (Exchange Traded Fund);
  • Fundos de Ações;
  • Fundos Imobiliários;
  • Fundos Multimercado;
  • Opções.

Além dos títulos descritos na lista acima, os especialistas no mercado ainda podem incluir outros tipos de ativos, tal como as criptomoedas. No entanto, esses são os mais procurados no Brasil.

Rentabilidade dos ativos de renda variável

Apesar de não ser possível prever qual será a rentabilidade de um título de renda variável, alguns fatores podem influenciar o seu retorno.

Entre esses fatores estão:

  • As expectativas do mercado;
  • O desempenho da empresa;
  • A oferta e a procura pelo ativo;
  • A taxa de juros do país;
  • A taxa de câmbio;
  • A inflação do país; 
  • O Produto Interno Bruto (PIB).

É por esse motivo que investir em renda variável é algo que requer tempo e dedicação da parte do investidor. Em outras palavras, é preciso estudar o mercado financeiro para fazer escolhas mais acertadas.

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