O fundo imobiliário mais popular do Brasil chama-se Maxi Renda e opera sob o código MXRF11. Ele possui o maior número de cotistas e chegou o momento de você conhecê-lo melhor.
Acompanhe nosso artigo abaixo para conhecer as principais características desse fundo imobiliário.
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Descritivo geral
O MXRF11 é fundo imobiliário muito conhecido no mercado financeiro. Seu nome é Maxi Renda e grande parte de sua popularidade vem por conta do valor de sua cota, que gira em torno de R$ 10,00.
Isso pode ser constatado por seu alto número de cotistas. São nada menos que 515 mil membros que desfrutam de todos os benefícios de fazer parte desse condomínio fechado.
O MXRF11 é um fundo imobiliário de papel e isso quer dizer que seu patrimônio é aplicado em títulos financeiros. Mas não são quaisquer títulos, são papéis de dívidas imobiliárias disponíveis no mercado financeiro.
Sua classificação junto à ANBIMA é de renda e gestão ativa, com foco em segmentos híbridos. Sua duração é indeterminada.
Atualmente, o valor patrimonial do fundo gira em torno de R$ 2,3 bilhões e sua cota é negociada a R$ 9,52, considerando a data de fechamento de mercado de 03/05/22.
Não para menos, sua representatividade no IFIX (o principal índice do mercado de fundos imobiliários) é de 2,06% atualmente.
Um ponto interessante a notar é a recente polêmica envolvendo o Maxi Renda junto à CVM ocorrida em janeiro deste ano, quando um comunicado atingiu fortemente as operações do fundo.
Características do fundo
O fundo imobiliário Maxi Renda foi constituído e teve o lançamento de suas cotas no mercado feito em setembro de 2011, com o valor inicial de R$ 10,00.
Ele tem como característica a aplicação de seu patrimônio em ativos financeiros lastreados em dívidas imobiliárias e não imobiliárias. Isso lhe confere uma grande diversidade de posicionamentos no mercado financeiro.
Os títulos oriundos de dívida imobiliária certamente são o grande alvo do Maxi Renda. Aí se incluem os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras Hipotecárias (LHs).
Adicionalmente, o fundo também pode comprar cotas de outros fundos imobiliários. A peculiaridade do Maxi Renda fica por conta da possibilidade de investir em debêntures, que são títulos de crédito do mercado privado.
Em relação a seus custos de manutenção, podemos citar a taxa única de administração de 0,90% ao ano, incidente sobre o patrimônio total do fundo. Vale frisar que a cobrança mínima é de R$ 60 mil por mês.
Já em relação à distribuição de proventos, o Maxi Renda segue aquilo que é praticado pelo mercado em geral: distribui não menos que 95% dos rendimentos a título de dividendos, sempre até o 10° dia útil do mês subsequente.
Histórico de cotação
Reprodução/Google
A cotação atual do MXRF11 é de R$ 9,56, considerando o fechamento da cota em 16/05/22. No entanto, o mercado tem sido bem agitado para o Maxi Renda nos últimos 12 meses.
Parte disso vem da própria depreciação sofrida com os ativos de renda variável por conta da elevação da taxa básica de juros pelo governo federal, muito para controlar a inflação crescente.
Com isso, a cotação que estava em R$ 10,57 em maio do ano passado desvalorizou quase 8,5%, chegando em R$ 9,68 em dezembro do mesmo ano.
A partir daí, viu-se uma boa recuperação, mas um grande susto ocorreu no final de janeiro de 2022. Foi o episódio comentado anteriormente envolvendo a Comissão de Valores Mobiliários, a CVM.
No dia 25 de janeiro de 2022, a CVM emitiu um comunicado proibindo o fundo de realizar a distribuição de dividendos baseando-se no regime de caixa.
Segundo a autarquia, foi constatado que houve distribuição de dividendos em períodos anteriores mesmo quando não houve lucro. Dessa forma, a CVM quer impedir que isso aconteça.
Segundo o órgão, nos casos em que houver a distribuição de renda mesmo sem que o fundo apresente lucro, este deve ser feito como amortização de capital e não como dividendos.
Isso traz uma grande diferença para o investidor, pois na amortização há incidência de imposto de renda, enquanto nos dividendos não há.
Após o comunicado, o valor da cota do fundo desabou 10% em apenas 3 dias. A CVM ainda se pronunciou dizendo se a medida poderia ser estendida a outros fundos.
No entanto, a autarquia atendeu o pedido de reconsideração da decisão feita pelos gestores e suspendeu a medida. Foi alegado que, caso fosse mantida, a decisão poderia trazer sérias consequências negativas para os cotistas.
Distribuição de dividendos
Em termos de distribuição de dividendos, o MXRF11 tem um desempenho notável. Isso justifica em parte que seja o fundo imobiliário no Brasil com a maior quantidade de cotistas.
Somente em abril de 2022, o percentual de dividend yield (DY) distribuído aos cotistas foi de 1,14%, resultando em R$ 0,11 por cota. No período de 3 meses, esse valor alcançou 3,12% e R$ 0,30, respectivamente.
Já o resultado semestral ficou em 5,82%, com um montante de R$ 0,56 distribuídos por cota. Em 12 meses esse valor saltou para 10,60%, com R$ 1,02 em dividendos.
Já quando comparamos o seu período total de existência, percebe-se que o Maxi Renda está quase para se pagar por completo. Já são 99,41% de DY e um montante que perfaz R$ 9,56 distribuídos na forma de proventos.
O fundo imobiliário Maxi Renda vem aumentando sua distribuição de proventos nos últimos anos. Enquanto e 2020 ficou por volta dos 0,65% mensais, em 2021 passou a girar em torno de 0,75%.
Nos últimos meses, tem alcançado patamares superiores a 1%. Esse é o caso de março e abril, com 1,09% e 1,11%, respectivamente.
Uma das maiores distribuições de dividendos mensais ocorreu em junho de 2016. Naquele mês, foi registrado um DY de nada menos que 1,43%.
Simulação de aplicação
Quando simulamos uma aplicação de R$ 50 mil feita 12 meses atrás, o Maxi Renda surpreende. Na data de 03/05/22, esse valor faria um montante de impressionantes R$ 56.532,31. Isso é mais de 13%!
Esse resultado surpreende sobretudo por conta da crise da pandemia e pelos abalos recentes sofridos pelo fundo. No entanto, nem mesmo isso freou seus resultados.
O total de dividendos distribuídos nesses 12 meses ficou em R$ 5.195,53, somado a uma valorização da cota de R$ 1.336,77.
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