Será que o mercado de Ações é para mim? Se você já se fez essa pergunta, siga nesta coluna que vou te dar a resposta!
A primeira coisa que define se mercado de Ações é para você é uma simples pergunta – “o que espero investindo em Ações?”.
A resposta para essa pergunta já pode te dar um leve direcionamento se faz ou não sentido investir em Ações. Obviamente existem outros fatores que influenciam nessa decisão e é exatamente isso que você vai ver aqui.
O mercado de ações é para mim? Entendendo sobre risco
Ainda sobre a primeira pergunta, se você espera retornos rápidos na bolsa de valores, ou grandes retornos com pouco valor investido, já podemos definir aqui e agora que investir em Ações não é para você nesse momento!
No entanto, se você já entende que o mercado de Ações é na verdade o mercado de empresas do país e que empresas precisam de anos para maturar e dar resultados, daí sim podemos partir para as próximas perguntas.
A segunda pergunta é “por quanto tempo eu pretendo investir?” Se você tem os anos de que precisa para ver as Ações darem frutos, então temos mais um ponto a seu favor para começar a investir neste segmento.
Porém, caso você seja uma pessoa com mais idade, outros investimentos podem fazer sentido, como uma boa Previdência Privada ou o segmento de Renda Fixa, como o Tesouro Selic, pensando em uma boa reserva para aposentadoria.
Digamos que, até agora, todas as suas respostas foram positivas. Então ,já podemos ir para a próxima pergunta: “Você está disposto a correr o risco do mercado de Ações?”.
Aqui entramos em dois pontos muito importantes que as pessoas tendem a desconhecer que são: capacidade de risco e apetite a risco.
Apetite a risco é basicamente o risco que você está disposto a correr, já a capacidade de risco é quanto risco você pode realmente suportar.
Por exemplo, digamos que você tenha 20 anos. Com essa idade, você pode correr mais riscos que uma pessoa de 60 anos que pretende se aposentar em 5 anos. Porém, digamos que você queira investir para comprar um carro em dois anos. Então, nesse momento, a sua capacidade de risco cai bruscamente, pelo fato de o seu objetivo ser de curto prazo.
Então, além da sua idade você precisa saber por qual motivo você está investindo.
Basicamente, você precisa colocar um prazo nas suas metas e, depois disso, entenderá melhor a sua capacidade de correr riscos.
O mercado de Ações é para mim: porcentual adequado na carteira
Quando se fala em apetite a risco, esse fator está ligado à idade e à experiência que você já possui. Mas, se você está lendo este texto, eu vou imaginar que você é um iniciante – ou seja, tem pouca experiência com investimento.
Sabendo disso, você pode estar pensando que eu vou dizer que o correto é não investir em Ações. E você estaria redondamente enganado.
Você pode investir em Ações mesmo sendo iniciante, desde que respeitando um certo percentual do seu patrimônio. Para começar, 5% seria um ótimo percentual para dedicar às Ações.
Além disso, caso você tenha pouco dinheiro, 5% do seu patrimônio pode ser basicamente uma ação apenas. Mas é aí que entra a resposta para primeira pergunta feita aqui.
Se você entende que o mercado de Ações leva anos para maturar, então você vai ter muito tempo para aumentar seu patrimônio e, em poucos anos, com 5% do seu patrimônio, já terá uma carteira consolidada de Ações.
Outro ponto importante é que com o tempo, o seu grau de conhecimento vai naturalmente aumentando e você passará a entender mais sobre a dinâmica do mercado de Ações. Ou seja, vai poder aumentar o percentual do patrimônio investido neste segmento.
Algo como 1% a mais por ano pode fazer com que, em alguns anos, suas Ações tomem um espaço maior na sua carteira de investimentos.
Mas se você teria somente 5% em Ações, para onde seriam direcionados, então, os 95%? Basicamente, para ativos de risco e volatilidade inferior ou levemente inferior às Ações e com mais diversificação. Neste caso, entram os Títulos públicos, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) de bons bancos e Exchance Traded Funds (ETFs) globais altamente diversificados.
Com uma carteira de investimentos assim, diversificada e com volatilidade inferior a uma carteira composta apenas de Ações, você já conseguirá uma ótima performance no mercado. E talvez perceba que nem precisaria investir no mercado de Ações ou, quem sabe, teria tempo para buscar mais conhecimento e, assim, investiria em Ações com mais consciência.
Por Daniela Colombo, administradora, influenciadora de investimentos e sócia-fundadora e diretora de marketing da Fatos Capital.
