O governo d Irã se mostra cada vez mais interessado nas moedas digitais. As sanções econômicas novamente importas pelos EUA contra o país, em 2018, se fortaleceram em 2020, com o quase-conflito entre as duas nações, após o assassinato do líder da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Soleimani pelos drones norte-americanos.
Entre as sanções, estão as restrições ao sistema internacional de transferências bancárias, o congelamento de bens internacionais e as limitações na venda de petróleo. Mas as sanções só atingiram parcialmente o objetivo de dificultar transações comerciais no país persa. Embora tenha conseguido reduzir o tamanho da economia do Irã de 10 a 20 pontos percentuais, os Estados Unidos não conseguiram bloquear as alternativas locais para reabastecer a economia.
Segundo a mídia local, o governo do Irã concedeu mais de 1.000 licenças para unidades de mineração de criptomoedas no país: “nossos estudos mostram que o setor de mineração de criptomoedas tem o potencial de adicionar US$ 8,5 bilhões à economia. Mas altas tarifas de eletricidade e regulamentações rigorosas tornaram o setor menos atraente para pequenos investidores”, de acordo com Amir Hossein Saiedi, representante do governo Iraniano na área de energia.
Os Iranianos estão minerando bitcoins dentro de mesquitas.
Criptomoeda nacional
O governo iraniano já deixou claro seu interesse em desenvolver o comércio em criptomoedas. Em meados de 2018, o presidente Hassan Rouhani declarou sua intenção de criar uma criptomoeda nacional, que seria lastreada pelo rial, a moeda física iraniana.
O Banco Central iraniano também anunciou projetos de desenvolvimento de criptomoedas durante conferência de pagamentos digitais. Um desses projetos já estaria, inclusive, sendo testado por bancos locais.
Enquanto isso, Bitcoins.
Isso por que, enquanto o sistema bancário é dominado pelos Estados Unidos, o Bitcoin é uma saída descentralizada. Isso significa que qualquer pessoa, empresa ou país pode acessar a rede. Não há como impor sanções nesse sentido.
Antes proibida pelo aiatolá, hoje a mineração é incentivada pelo governo. É uma atividade bastante difundida no Irã, que conta com algumas vantagens comparativas, como o baixo preço da energia elétrica.
Pesquisa conduzida em 2019 mostrou que 25% dos iranianos que usam as criptomoedas conseguiam lucrar entre US$ 500 e US$ 3.000 por mês com a mineração.