O brasileiro já consome globalmente faz muito tempo, mas tem o costume de investir localmente.
Você já parou pra pensar que consome, no dia a dia, produtos de empresas listadas na bolsa americana? Veja alguns exemplos:
Quando olhamos a classe média brasileira, o consumo é quase que totalmente dolarizado. Por isso, não faz sentido que seus investimentos fiquem restritos localmente. Do celular ao perfume: todos os grandes fabricantes dessas produtos tem capital aberto nos EUA.
Internacionalizar investimentos é uma das formas de proteger e rentabilizar o patrimônio. Porém, uma parcela muito pequena dos investidores está atenta a este vasto mercado externo. Segundo os especialistas, essa “falta de hábito” pode ser entendida como puro desconhecimento.
Porque investir fora do Brasil?
Atualmente, o Brasil é caracterizado como um país emergente, ou seja, que não apresenta um nível de desenvolvimento econômico elevado como os países ricos. Apesar de ser um país industrializado e capitalista, não se apresenta no centro do capitalismo mundial, pois se enquadra como uma economia dependente e periférica.
Essas características são provenientes de alto grau de dependência tecnológica e econômica, fragilidade comercial em relação às grandes potências, dívida externa, grande quantidade de empresas multinacionais, restrita elaboração de novas tecnologias e grande reprodução de tecnologias criadas em países centrais e uma enorme disparidade social.
Hoje, os países emergentes somados, possuem em média apenas 2% do investimento global.
Um exemplo da Rússia
Um país onde a população tem um perfil parecido com o do brasileiro, de investir mais de 92% de todo o seu patrimônio em sua própria moeda, é a Rússia.
Hoje temos um exemplo no qual a classe média e alta russa (médicos, advogados, engenheiros, empresários, profissionais liberais) literalmente passaram por fortes apuros devido aos acontecimentos da guerra contra a Ucrânia, que fez com que a moeda nacional do país (rublo russo) despencasse em relação ao dólar e outras moedas e houve um disparo nas taxas de juros.
É óbvio que isso está longe da realidade atual do Brasil, mas deixa uma lição em relação a importância de diversificar o capital em uma moeda forte de um país economicamente estável.
Como investir fora do Brasil?
Nos últimos tempos, com a popularização dos investimentos, ficou bem acessível para qualquer pessoa poder investir seus recursos no exterior, em dólar.
Um grande exemplo disso é a corretora Avenue, que foi criada por um brasileiro para facilitar o acesso dos brasileiros ao mercado americano.
A Avenue é uma corretora americana, autorizada pela FINRA (autoridade regulatória da indústria financeira americana) e pela SEC (comissão de valores mobiliários dos EUA) a atuar como corretora/intermediadora de operações e recomendação de investimentos.
A Avenue foi fundada em 2018, já possui mais de 500 mil clientes e acima de US$ 1,5 bilhão sob custódia, líder em contas de investimentos de brasileiros nos Estados Unidos.
https://www.youtube.com/watch?v=3xrVmkMumEk
Saiba no que investir ao internacionalizar investimentos
- Stocks e Reits: hoje existem mais de 4 mil empresas com capital aberto e listadas nas bolsas de valores dos EUA (Dow Jones, S&P500 e Nasdaq)
- ETFs dos mais variados setores, industrias e moedas: atualmente são mais de 34 mil ETFs listados (minério, criptoativos, outo, litium, cannabis, ativos ESG, Libra, Yen e etc…)
- ADRs de empresas brasileiras: são certificados de ações, com lastro em títulos de valores mobiliários de empresas estrangeiras, ou seja, você pode comprar recibos de ações de empresas brasileiras através da bolsa americana, e ficar exposto também a variação cambial.
- Bonds: renda fixa com emissão de empresas ou governo.
- Fundos offshore: fundos montados em países que possuem isenção tributária para pessoa jurídica, geridos pelas maiores gestoras do mundo (Morgan Stanley, Black Rock, JP Morgan, etc.)
Qual o melhor momento para internacionalizar investimentos?
Muitos investidores ficam esperando “o dólar baixar” para começar a investir no exterior, mas a estratégia de market timing (decisão de compra ou venda tentando prever os movimentos futuros dos preços) nesse caso acaba não sendo o melhor negócio, porque na verdade ninguém sabe que preço vai estar o dólar amanhã ou no próximo ano.
O ideal que é você trabalhe com planejamento e execução. Planejando aportes mensais, por exemplo, o investidor vai acabar buscando o comportamento médio do câmbio ao longo do tempo. Não importa o valor do câmbio, a disciplina vai reduzir o risco.
Por Darlin Agazzi, assessor de investimentos.
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