Superior Tribunal Federal pode criar insegurança jurídica sem precedentes na história brasileira
O mês de setembro se encerra hoje, acumulando até aqui, alta de 3,85% depois de dois meses difíceis para os investidores (+0,84% em julho e -0,67% em agosto). Dependendo do que aconteça neste último pregão do mês, podemos inclusive superar junho (+4,06%) como o segundo melhor mês de 2019.
Ainda que o cenário altista seja cada vez mais claro, é bem verdade que setembro termina com a sensação de que poderia ter sido ainda melhor, se a política, como de costume, não tivesse atrapalhado tanto.
A poucos metros do nosso topo histórico (106.650), a semana que passou registrou uma considerável redução no volume financeiro negociado: R$ 9,7 bilhões contra a média ano, que está em R$12,5 bilhões.
A culpa é sempre dele
A verdade é que especialmente o investidor estrangeiro, parece cansado da tática de Donald Trump no tocante à questão China. Na semana passada, Trump mais uma vez fez questão de endurecer o jogo, ameaçando remover todas as empresas chinesas listadas nas bolsas de NY e limitar os ativos chineses nos fundos de pensão do governo.
A China inicia amanhã, a Golden Week, seu feriado nacional de 7 dias. Tão logo encerradas as “férias”, o vice-premiê Liu He, deve liderar a próxima rodada de negociações com os americanos.
O que dá a Trump, uma folga para se concentrar em seu mais novo pesadelo: Os desdobramentos possíveis para o pedido de impeachment que corre na Câmara americana.
O denunciante no centro da investigação de impeachment testemunhará na Câmara “muito em breve”, embora de uma maneira que proteja sua identidade, disse o democrata Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara.
Ainda segundo Schiff, o denunciante é um homem que trabalha para a Agência Central de Inteligência:
“Obteremos o testemunho não filtrado desse denunciante”, disse Schiff na ABC. “Estamos tomando todas as precauções” para proteger sua identidade, finalizou.
Lava Jato ameaçada
Na quarta-feira, os “ilustres” ministros do Superior Tribunal Federal devem terminar o que começaram ainda na semana passada e na pior das hipóteses, podem anular todas as sentenças de condenação da Lava Jato, trazendo uma insegurança jurídica sem precedentes, que certamente afastaria ainda mais o investidor estrangeiro desta “ação entre amigos” chamada Brasil.
Todo cuidado é pouco
A trilha que nos leva de volta ao topo está definida e algumas armadilhas já foram muito bem identificadas. No entanto, jamais devemos subestimar a capacidade inata da política de atrasar as coisas.
O investidor estrangeiro já entendeu o recado e começou a levar seu dinheiro para ativos seguros: Ouro e moedas fortes como o dólar, iene e libra.
Como se viu, a escalada rumo ao topo continua tortuosa e repleta de armadilhas. Embora não sejam obrigatórios, os equipamentos de segurança são extremamente recomendáveis nestes últimos metros.
(Filipe Teixeira – Wisir Research) – Acompanhe o mercado financeiro em tempo real: https://t.me/wisir
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