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Hypera (HYPE3): Cade aprova com restrição aquisição da marca Buscopan

Hypera (HYPE3): Cade aprova com restrição aquisição da marca Buscopan

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com restrições, a aquisição pela Hypera do negócio de desenvolvimento, fabricação, comercialização, marketing, distribuição e venda da família de produtos Buscopan no Brasil. O negócio girou em torno de R$ 1,3 bilhão.

A operação foi condicionada à celebração de um Acordo em Controle de Concentrações (ACC), pelo qual a Hypera concordou em se desfazer de uma de suas marcas, o Neocopan Composto

De acordo com o conselheiro relator Luis Henrique Bertolino Braido, a operação tinha potencial de gerar concentração elevada no mercado de antiespasmódicos combinados com analgésicos. A Boehringer Ingelheim era detentora dos medicamentos Buscopan Composto e Buscoduo, enquanto a Hypera atuava com o Neocopan Composto.

A União Química adquiriu o nome comercial do Neocopan, assim como os registros sanitários e know how para a fabricação do produto. A Hypera se comprometeu a repassar o negócio o mais rápido possível.

Resultados da Hypera

De acordo com balanço divulgado na semana passada, o lucro líquido da Hypera totalizou R$ 396,4 milhões no segundo trimestre deste ano, desempenho 17,6% superior ao registrado no mesmo período de 2019.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) das operações continuadas somou R$ 449,2 milhões, alta de 58,9%. Já a margem Ebtida atingiu 58,9%, um aumento de 29,8 pontos percentuais.

A aquisição da família de medicamentos Buscopan teve reflexos do endividamento bruto da companhia, decorrente das emissões de debêntures para o pagamento das operações. Além do negócio com a Boehringer, a Hypera também adquiriu o portfolio da Takeda Pharmaceutical International.

Assim, o resultado financeiro da companhia no segundo trimestre foi negativo em R$ 15,7 milhões, contra um saldo positivo de R$ 3,7 milhões no mesmo trimestre do ano passado.

Influenciou também a contratação de empréstimos para reforçar a posição de caixa da companhia em caráter preventivo em virtude da pandemia de Covid-19.