Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Educação Financeira
Artigos
A história do dinheiro: como a sociedade foi da troca aos investimentos

A história do dinheiro: como a sociedade foi da troca aos investimentos

Se “dinheiro na mão é vendaval”, como diz o sambista Paulinho da Viola, imagine ficar sem nenhum tostão no bolso?

Mas, afinal, você sabe a história do dinheiro e como ele se tornou tão essencial à sociedade?

Pois bem, a história do dinheiro remonta há, pelo menos, quatro mil anos. Ele é, de certa maneira, uma evolução do sistema de troca que as comunidades primitivas promoviam entre si.

Sim, lá atrás – bem lá atrás – as comunidades primitivas realizavam o escambo, ou seja, quem tinha uma galinha poderia trocar os ovos desta por um pouco de leite de algum “vizinho” que tinha uma vaquinha consigo.

Quem precisava de lã para se aquecer e mantinha algum recurso de valor, poderia propor uma troca, oferecendo este por alguma pele. Se estivesse sem nenhum recurso, o jeito seria fazer à moda ainda mais antiga: sair para caçar.

Parece uma realidade muito distante, mas veja que ainda hoje quem possui um volume considerável de dinheiro pode colocá-lo para trabalhar para si (investimento), e quem não tem precisa sair dia após dia para “caçar” até formar uma massa financeira considerável. “C’est la vie!”.

Publicidade
Publicidade

Esse quadro mostra, ludicamente, que o dinheiro era qualquer recurso que tivesse valor suficiente para ser do interesse do outro. E não necessariamente uma moeda ou nota de papel. Esse tipo de dinheiro veio algum tempo depois.

Acontece que, à medida que a humanidade evoluía, ela também ia promovendo formas de aumentar seu bem-estar social. Primeiramente, as comunidades eram nômades, ou seja, se deslocavam (migração) conforme as estações em busca de alimento.

Depois, começaram a cultivar e, também, aprenderam a domesticar alguns animais ou guardá-los em cercados construídos para esta finalidade. Esse movimento permitiu que parassem de se deslocar periodicamente, e ajudou na fixação de territórios.

Imagem mostra uma moeda de prata muito antiga.

Materiais preciosos como dinheiro

Lembra que falamos que o dinheiro poderia ser, conceitualmente, qualquer bem que tivesse algum valor para o outro? Pois é, nos primórdios eram itens da própria agricultura e pecuária e isso se dava na base da troca, porém, depois isso mudou.

Isso porque as comunidades foram ficando cada vez mais criativas e desenvolvidas e descobriram os metais e o “valor” deles, justamente porque eles apresentavam duas características que são muito importantes na história do dinheiro. São elas:

  • Ser algo que todo mundo quer;
  • Não ser nem muito abundante e nem muito escasso.

Com os metais, essas duas características foram potencializadas, visto que havia um certo grau de dificuldade em encontrar e extrair estes materiais da terra. E é assim até hoje. Isso dava importância ao item, à produção e ao portador. Qualquer semelhança com os dias de hoje não é mera coincidência!

Assim, as sociedades de troca evoluíram para modelos pouco mais interessantes, em que já não havia a necessidade de se carregar uma vaca, ou ovelha, para adquirir outros produtos de primeira necessidade (alimentos, roupas etc). Bastava ter… metal!

Na sequência, para tornar a “brincadeira” ainda mais séria, aquelas comunidades aprenderam a cunhar estes metais, e daí surgiram as primeiras moedas. Havia moedas de ouro, prata, bronze e seu valor estava relacionado às características já informadas.

Depois, quando os primeiros reinos foram formados, outro atributo foi “cunhado” nas moedas: o emblema da monarquia. A depender da força de um determinado domínio, a moeda tinha maior ou menor valor. Isso está relacionado à estabilidade daquele povoado, e pujança.

Se você observar direitinho, vai ver que tem muito a ver com os dias atuais. Pense no dólar e porque ele é tão forte, bem como o ouro e até as moedas de outros países chamados desenvolvidos. Vai ver que elas são bastante valorizadas.

A insegurança crescente e o advento dos bancos

Com a popularização das moedas, com muita gente portando esse metal precioso, a insegurança aumentou exponencialmente. Isso porque os casos de roubo cresceram. Os filmes de bang bang retratam bem isso, com os pistoleiros elaborando estratégias para parar trens e caravanas.

Mas, o velho oeste é só uma ilustração, pois a violência faz parte da história da humanidade desde seus primórdios. Voltemos à época dos reinos e consideremos o seguinte: uma escolta real sai para recolher impostos, passa semanas cavalgando e visitando camponeses até que o trabalho se encerra e o recurso precisa ser recolhido ao palácio.

Quantos perigos à beira do caminho? Quantos olhos noturnos espreitam o trote dos cavalos? Quantos ousaram e caíram, e quantos avançaram e conseguiram? “Ou plata, ou plomo!”.

Esse tipo de acontecimento ao longo das décadas fez com que as comunidades solicitassem apoio aos soberanos e comerciantes. Como parte desta elite possuía cofres particulares, acabaram aceitando a incumbência de guardar o dinheiro de seus conterrâneos, cobrando alguma taxa para isso. Assim nasceram os bancos.

O surgimento do papel moeda

Aposto que você está desde a primeira linha querendo saber onde o papel moeda entra na história. Pois bem, em nível mundial, ele surgiu na China, no séc. VII, na dinastia Tang, para facilitar a vida dos comerciantes que precisavam transportar grandes quantias de moeda de metal, de baixo valor.

Na Europa, o primeiro banco é o Banco de Estocolmo, que surge na Suécia em 1656, seguido pelo Banco de Inglaterra, de 1694, e o Banco de França, em 1700. O primeiro banco português nasce, curiosamente, no Brasil, em 1808, no reinado de D. João VI. Mérito de Napoleão, mas isso é um outro assunto!

Inicialmente, o dinheiro como conhecemos hoje tinha por obrigação ser lastreado em ouro, ou seja, uma economia só poderia ter em circulação o equivalente às suas próprias reservas em ouro. Entretanto, com o tempo isso foi sendo modificado naturalmente, e o dinheiro moderno passou a ser baseado quase que exclusivamente na fé das pessoas.

O lastro ainda existe, mas o volume de notas em circulação é bem superior às reservas, e somente funciona porque as pessoas acreditam que o governo e todos os seus braços governamentais vão resguardar a economia de um colapso. E isso é bem verdade.

Sempre que crises financeiras surgiram, a autoridade monetária e demais órgãos de governo saíram para socorrer empresas, empregos e negócios. A história está cheia de casos assim.

Essa é, inclusive, a razão pela qual pessoas com um bom grau de conhecimento acerca de … dinheiro costumam diversificar seu patrimônio.

Se você nunca pensou, talvez seja a hora de começar a pensar em reserva financeira (dinheiro), ações, títulos públicos e criptoativos. Existe uma infinidade de produtos de investimentos à sua disposição. E a EQI Investimentos pode te ajudar!

  • Quer saber mais sobre a história do dinheiro para fazer bons investimentos? Clique aqui!