Os grandes bancos brasileiros registraram em 2021 o maior volume de lucros desde 2006, segundo levantamento da consultoria Economatica.
O levantamento diz respeito ao Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11). Foram consultados aos demonstrativos financeiros contábeis entregues à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de 2006 até 2021. Conforme a Economatica, o período da amostra é definido em virtude de o Santander Brasil ter a primeira informação oficial na autarquia apenas no ano de 2006.
De acordo com a pesquisa, o Santander obteve o maior ROE (retorno sobre patrimônio líquido) desde 2018, entre esses bancos.
Já a Provisão para Devedores (PDD) recuou em 31%, enquanto os dividendos subiram 12%, ou seja, apesar da crise, o brasileiro avançou um pouco em relação a quitação de dívidas, e isso beneficiou a instituição financeira, refletindo em mais proventos aos acionistas.

Reprodução/Economatica
Grandes bancos: lucro líquido nominal consolidado
Ainda de acordo com a consultoria, o lucro líquido consolidado dos quatro maiores bancos brasileiros no ano de 2021 foi de R$ 81,63 bilhões, que é o maior lucro nominal já registrado desde 2006 por esses bancos, número que ultrapassa o recorde anterior no ano de 2019, quando o lucro consolidado foi de R$ 81,50 bilhões.
Também disse que no ano de 2021, o Itaú Unibanco teve o maior lucro acumulado, com R$ 24,9 bilhões, seguido pelo Bradesco com R$ 21,9 bilhões, Banco do Brasil com R$ 19,7 bilhões e Santander Brasil com R$ 14,9 bilhões.
E acrescentou que uma segunda fotografia considera o lucro de 2006 até 2020, ajustados pelo IPCA até dezembro de 2021, o que permite comparar o lucro em valores constantes.
Com o ajuste pela inflação, o maior lucro consolidado dos quatro bancos aconteceu no ano de 2019, em valores corrigidos foi de R$ 93,7 bilhões, seguido pelo ano de 2015 com R$ 84,3 bilhões, de 2018 com R$ 82,89 bilhões e, na quarta posição, pelo ano de 2021, com R$ 81,63 bilhões.
Mediana do ROE
A Economatica elencou, também, que em 2021 a mediana do ROE dos quatro maiores bancos brasileiros foi de 16,49%, o que é 4,42 pontos percentuais superior ao do ano de 2020.
O melhor desempenho da amostra foi no ano de 2007, quando a mediana atingiu 25,76%, e o ano de 2020 tinha quebrado uma sequência de três anos de crescimento.
E se tratando do ROE individual, pelo quarto ano consecutivo, o Santander Brasil teve o melhor ROE (em 2021) entre os quatro maiores do Brasil, com 18,87%, seguido pelo Itaú Unibanco com 17,29% (que em 2020 era o quarto da lista). Na terceira posição está o Banco do Brasil com 15,68% e, o Bradesco, na última posição com 15,16%.
Já acerca do ativo total, em 2021 o consolidado dos quatro maiores bancos brasileiros foi de R$ 6,71 trilhões, valor 4,41% superior ao do ano de 2020. O maior crescimento entre 2021 e 2020 foi o do Banco do Brasil (11,99%), com o Bradesco tendo o segundo maior crescimento (3,94%) e o Itaú Unibanco o terceiro maior (2,53%). O Santander perdeu 3,89% entre 2002 e 2021.
O Itaú Unibanco continua sendo o maior banco por ativos no Brasil e na América latina, com R$ 2,16 trilhões, seguido pelo Banco do Brasil com R$ 1,93 bilhão, Bradesco com R$ 1,65 trilhão e Santander com R$ 963 bilhões.
Provisionamento de devedores duvidosos (PDD)
Em 2021, houve queda de 31,62% no PDD consolidada dos quatro bancos. O valor nominal em 2021 foi de R$ 64,6 bilhões, contra R$ 94,47 bilhões no final de 2020.
O maior PDD entre os grandes bancos é do Banco do Brasil, que em 2021 registrou R$ 18,5 bilhões, o que representa um recuo de 28,92% com relação ao ano de 2020.
O maior recuo entre 2020 e 2021 foi do Itaú Unibanco, com queda de 42,88% na PDD, seguido pelo Bradesco (com recuo de -38,69%) e Santander Brasil (com queda de -6,80%).
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Receita de Intermediação financeira
No ano de 2021, a receita de intermediação financeira dos quatro maiores bancos consolidado foi de R$ 503,9 bilhões, valor 7,61% superior ao de 2020.
O Itaú Unibanco teve o maior valor, com R$ 152,3 bilhões, seguido pelo Banco do Brasil com R$ 133,0 bilhões, Bradesco com R$ 119,5 bilhões e Santander com R$ 99,11 bilhões.
Pagamento de Dividendos
O volume de dividendos e JCP distribuídos pelos bancos no ano de 2021 foi de R$ 33,4 bilhões, o que é 12,29% superior ao do ano de 2020.
O Santander é o banco com maior volume de dividendos e JCP distribuídos no ano de 2021, com R$ 9.99 bilhões, seguido pelo Bradesco com R$ 991 bilhões. Na terceira posição está o Banco do Brasil com R$ 7,12 bilhões e o Itaú Unibanco fecha a lista com R$ 6,39 bilhões.
Os bancos que mais pagaram dividendos em 2021
- Santander: R$ 9,99 bilhões
- Bradesco: R$ 9,91 bilhões
- Banco do Brasil: R$ 7,12 bilhões
- Itaú Unibanco: R$ 6,39 bilhões

Reprodução/Economatica
Valor de mercado
O valor de mercado consolidado dos quatro maiores bancos do Brasil em 14 de fevereiro de 2022 foi de R$ 643,4 bilhões, o que representa crescimento de 14,54% com relação ao final de 2021. O Itaú Unibanco, com R$ 240 bilhões, é o maior banco por valor de mercado, seguido pelo Bradesco com R$ 188,0 bilhões, Santander com R$ 119,5 bilhões e o Banco do Brasil fecha a lista com R$ 95,7 bilhões.
O Itaú Unibanco é o banco com maior crescimento de valor de mercado no ano de 2022 (até 14 de fevereiro), com 22,81% de valorização, seguido pelo Banco do Brasil com 16,26%, Bradesco com 9,69% e Santander com 6,31%.
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