Diversos bilionários prometem doar boa parte do seu dinheiro às causas sociais, em vez de transmitirem as fortunas por meio de heranças aos filhos. Entre os mais famosos estão Bill Gates, cofundador da Microsoft (MSFT; MSFT34), e Warren Buffet, da Berkshire Hathaway (BRK-B; BERK34). Sabendo disso, um novo “golpe dos bilionários”, que promete uma fatia da fortuna como “doação”, tem sido disseminado por e-mail.
O golpe dos bilionários é criado por meio do nome do Giving Pledge, um movimento aberto para assinaturas voluntárias de super-ricos de todo o mundo. Atualmente, conta com 242 nomes de pessoas de nove países.
No Brasil, David Velez, um dos fundadores do Nubank (NU; ROXO34), assinou o compromisso, junto de sua esposa Mariel Reyes, uma das fundadoras da iniciativa de impacto social Reprograma.
Golpes dos bilionários: como não cair
Frequentemente os golpistas fazem conexão com uma notícia real e recente sobre a doação feita por um bilionário para dar legitimidade ao esquema. A finalidade é roubar o dinheiro ou identidade da vítima, que, ao responder o e-mail, pode enviar dados que serão usados por estelionatários.
Vale lembrar, quando se deparar com uma proposta do tipo, que os bilionários doarão suas fortunas para instituições de caridade ou fundações de desenvolvimento social. Pessoas aleatórias não serão escolhidas para receber fatia desse patrimônio.
O tipo de mensagem, endereço do e-mail e remetente também ajudam a dar indícios de uma mensagem traiçoeira. É importante também desconfiar de ofertas boas demais para serem verdade, afinal, “não existe almoço grátis”.
Outra dica relevante para não cair em esquemas traiçoeiros, como o golpe dos bilionários, é pesquisar sobre a iniciativa mencionada no e-mail ou mensagem, e digitar a URL do portal ou loja manualmente em seu navegador. Nunca clique em links desconhecidos, pois podem levar a uma página de phishing, que pode solicitar dados para futuros golpes.
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Quem são os bilionários que mais fizeram doações
Durante 2023, segundo a revista “Forbes”, 25 bilionários fizeram doações filantrópicas que totalizaram cerca de US$ 27 bilhões. Os filantropos norte-americanos são donos de algumas das maiores empresas do mundo.
As áreas escolhidas para as contribuições foram, principalmente, saúde, edução, redução da pobreza e preservação ambiental, entre outras. Veja, a seguir, quem são eles:
- Warren Buffett (US$ 5,2 bilhões) — instituições de saúde e combate à pobreza;
- Bill Gates e Melinda Gates (US$ 4,1 bilhões) — instituições de saúde e combate à pobreza;
- Michael Bloomberg (US$ 3 bilhões) — instituições que trabalham em defesa do meio ambiente, saúde e educação;
- George Soros (US$ 2,6 bilhões) — instituições com focos na defesa e proteção da democracia e dos direitos humanos;
- Mackenzie Scott (US$ 2,15 bilhões) — causas sociais que envolvem igualdade econômica, racial e de gênero;
- Steve e Connie Ballmer (US$ 850 milhões) — áreas com foco em mobilidade econômica;
- Jim e Marilyn Simons (US$ 830 milhões) — investimentos na área de ciência e conhecimento;
- Pierre e Pam Omidyar (US$ 750 milhões) — projetos com foco em redução da pobreza, direitos humanos e educação;
- Dustin Moskovitz e Cari Tuna (US$ 710 milhões) — investimentos em saúde global e justiça criminal;
- Ken Griffin (US$ 610 milhões) — investimentos em educação, mobilidade econômica e pesquisa médica.