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Bilionários que não deixarão suas fortunas para os filhos: veja quem são

Bilionários que não deixarão suas fortunas para os filhos: veja quem são

A cada nova lista de bilionários divulgada, com as maiores fortunas do mundo alcançando dezenas de bilhões de dólares, há o pensamento comum de que “ninguém mais precisará trabalhar nessa família”. No entanto, é justamente disso que esses pais bilionários discordam e querem refutar para as realidades de seus filhos.

Embora 68% dos millennials — isto é, nascidos após o início da década de 1980 até, aproximadamente, a primeira metade da década de 1990 — contem com uma herança, apenas 40% dos pais provavelmente serão capazes de deixar uma boa quantia. Essa disparidade entre expectativas e realidade também se reflete no mundo das crianças bilionárias.

Isso porque diversos bilionários acreditam que o dinheiro não deve ser apenas entregue aos seus filhos. O megainvestidor Warren Buffett é um exemplo disso. Em uma entrevista em 1986, Buffett já dizia que deixará “dinheiro o suficiente para que possam sentir que podem fazer qualquer coisa, mas não o suficiente para que não precisem fazer mais nada.”

Mark Zuckerberg, CEO da Meta (META; $M1TA34), já deixou claro publicamente que não têm a intenção de deixar sua fortuna completa para as filhas.

Enquanto alguns bilionários veem essa escolha como uma consequência natural de suas decisões filantrópicas, outros a enxergam como um benefício para seus filhos.

Bilionários que não deixarão as fortunas para os filhos

Veja, a seguir, quem são os bilionários que não deixarão suas fortunas completas para os filhos, e os motivos para isso:

  • Mark Zuckerberg, CEO da Meta

Com o nascimento da primeira filha de Mark Zuckerberg, Max, ele e sua esposa Priscilla Chan declararam prontamente que não pretendiam deixar seus bilhões para a herdeira. Em vez disso, fundaram a Chan Zuckerberg Initiative, uma empresa de responsabilidade societária limitada (LLC), dedicada a causas como “aprendizado personalizado, cura de doenças, conexão de pessoas e construção de comunidades fortes” em todo o mundo.

O casal anunciou: “Daremos 99% das nossas ações do Facebook durante nossas vidas para promover essa missão.

Atualmente, Zuckerberg tem mais uma filha, August, e um patrimônio avaliado como o quarto maior do mundo, em US$ 165,5 bilhões. Os planos, no entanto, continuam os mesmos: “Sabemos que esta é uma pequena contribuição em comparação com todos os recursos e talentos de quem já trabalha com essas questões. Mas queremos fazer o que pudermos, trabalhando ao lado de muitos outros.

  • Bill Gates, cofundador da Microsoft ($MSFT34)

O bilionário Bill Gates decidiu deixar menos de 1% de sua fortuna para cada um de seus três filhos — cerca de US$ 10 bilhões. Já os 99% restantes de seu patrimônio acumulado em US$ 124,5 bilhões ficarão para um “quarto filho”.

Após a saída do conselho da big tech, Gates envolveu-se principalmente em projetos de educação, iniciativas contra as alterações climáticas e promoção da saúde pelo mundo.

Leia também: Bill Gates deixará 99% da fortuna para ‘quarto filho’

O dinheiro não tem utilidade para mim além de um certo ponto. A sua utilidade reside exclusivamente na construção de uma organização e na entrega de recursos aos mais pobres do mundo“, disse.

A ex-esposa de Bill Gates, Melinda French, também decidiu doar a maior parte de sua fortuna de US$ 10,6 bilhões para o “quarto filho” do casal: a Fundação Bill & Melinda Gates.

É um desserviço para as crianças ter enormes somas de riqueza. Isso distorce tudo o que eles podem fazer ao criar seu próprio caminho”, explicou Gates. “Nossos filhos receberão uma ótima educação e algum dinheiro, então nunca serão pobres, mas terão suas próprias carreiras.”

  • Michael Bloomberg, CEO e fundador da Bloomberg L.P.

Michael Bloomberg é mais um bilionário que decidiu doar sua fortuna à caridade em vez de deixá-la integralmente para suas duas filhas.

Além de ter sido prefeito de Nova York, Bloomberg é o fundador e CEO da Bloomberg L.P., uma empresa de software, dados e mídia, além de ser uma das pessoas mais ricas do mundo.

Em declarações públicas, ele afirmou que uma parte significativa de seu patrimônio de US$ 96,3 bilhões será destinada à Bloomberg Philanthropies — algo já apoiado por suas filhas Georgina e Emma, também envolvidas em causas filantrópicas.

  • Warren Buffett, megainvestidor e cofundador da Berkshire Hathaway ($BERK34)

Warren Buffett é reconhecido como um dos investidores mais bem-sucedidos de todos os tempos. Além de sua fama nos negócios, ele tem uma reputação de peso por seu engajamento na filantropia, com planos de doar 100% de sua fortuna para várias instituições de caridade.

Em uma entrevista ao “Washington Post” em 2014, Buffett afirmou que não deixaria seus filhos “sem nada”: ele planeja legar a cada um dos três herdeiros aproximadamente US$ 2,1 bilhões em ações da Berkshire Hathaway. O valor representa apenas uma fração de sua fortuna total, estimada em US$ 130,4 bilhões.

  • George Lucas, produtor cinematográfico, diretor e criador de “Star Wars”

George Lucas se tornou um bilionário após vender a franquia “Star Wars” e a Lucasfilm, dos quais possuía 100% dos direitos, para a Walt Disney Company (DIS; $DISB34), em 2012, por US$ 4,05 bilhões.

Sua fortuna é avaliada em US$ 5,5 bilhões atualmente — e parte desse dinheiro não vai para os quatro filhos do diretor, mas sim para projetos de filantropia educacional que ele mesmo criou com a George Lucas Educational.

A fundação visa pesquisar e aprimorar práticas educacionais usadas nas escolas para levá-las a quem não tem acesso fácil à educação. 

  • David Vélez, cofundador e CEO global do Nubank (NU; $ROXO34)

O sócio-fundador do Nubank afirma que vai doar parte da fortuna para projetos sociais na América Latina. Assim como seus colegas bilionários, Vélez disse em carta que “depois de um certo ponto, riqueza adicional não traz felicidade ou utilidade adicionais. Mas a satisfação de criar uma vida de propósito, essa não tem fim”.

O executivo afirma acreditar que permitir que seus filhos “adquiram um senso de propósito, construindo seu próprio caminho e não andando sob o [caminho] de outros, vai ajudar a moldar sua autoconfiança e um caráter forte.

Atualmente, sua fortuna é avaliada em US$ 9,6 bilhões.