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Fundos soberanos: o que são e em que investem? Saiba mais!

Fundos soberanos: o que são e em que investem? Saiba mais!

Vários países do mundo mantêm seus fundos soberanos, que investem em diversas áreas do mundo, desde preservação de florestas até participação em empresas. Mas o que são estes fundos e no que exatamente eles investem? Vamos conhecer um pouco mais sobre esse tema.

Os fundos soberanos, ou fundos de riqueza soberana, são mecanismos financeiros criados por governos nacionais para administrar e investir recursos que excedem as necessidades fiscais imediatas. Geralmente, esses fundos têm origem em reservas cambiais acumuladas pelo país, especialmente em nações exportadoras de commodities, como petróleo e gás, ou em países com grandes superávits comerciais.

A principal finalidade dos fundos soberanos é preservar e aumentar o valor dos recursos públicos ao longo do tempo. Eles são projetados para gerar retornos financeiros que possam ser utilizados em momentos de crise, para estabilizar a economia ou financiar projetos de longo prazo. Em muitos casos, esses fundos também servem como uma forma de diversificação econômica, reduzindo a dependência do país em relação a uma única fonte de receita, como o petróleo.

Existem diferentes tipos, cada um com objetivos específicos. Os mais comuns são os fundos de estabilização, destinados a proteger a economia de choques externos; os fundos de poupança, que visam acumular recursos para futuras gerações; e os fundos de desenvolvimento, que têm como objetivo financiar projetos estratégicos para o crescimento econômico do país.

Exemplos de fundos soberanos

Alguns dos fundos soberanos mais conhecidos incluem o Fundo de Pensão do Governo da Noruega, que administra os lucros provenientes da exploração de petróleo e gás, e o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, que investe globalmente em setores estratégicos para diversificar a economia saudita. Outro exemplo importante é o Fundo Nacional de Bem-Estar Social da China, que investe principalmente em ativos internacionais para obter retornos de longo prazo.

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Os fundos soberanos desempenham um papel significativo na economia global, com investimentos em diversos setores e regiões. No entanto, também enfrentam desafios, como a necessidade de equilibrar os objetivos de rentabilidade com a responsabilidade social e ambiental, além de lidar com a volatilidade dos mercados financeiros.

Em resumo, os fundos soberanos são instrumentos poderosos que permitem aos governos administrar e investir seus recursos com vistas ao futuro, mas exigem uma gestão cuidadosa para garantir que cumpram seus objetivos econômicos e sociais.

Quantos possuem os principais fundos?

O maior do mundo é o fundo soberano da Noruega e que registrou, no primeiro trimestre deste ano, um lucro recorde de 1,2 trilhão de coroas norueguesas (equivalente a US$ 109 bilhões).

De acordo com dados da Reuters, esse desempenho foi impulsionado pela forte valorização das ações de tecnologia, como Nvidia (NVDA; NVDC34) e Microsoft (MSFT; MSFT34), especialmente em meio ao crescente interesse por aplicações de inteligência artificial.

O resultado alcançado é o maior em termos absolutos desde a criação do fundo, em 1996, e representa um aumento significativo em comparação ao lucro de 893 bilhões de coroas obtido no mesmo período do ano anterior. O retorno total relativo do fundo foi de 9,1% entre janeiro e março.

Fundo sobreano da China é impulsionado por ações de tecnologia

O China Investment Corporation (CIC), fundo soberano do governo chinês, é um dos maiores e mais influentes fundos de investimento do mundo, gerindo ativos no valor de US$ 1 trilhão. Criado em 2007, o CIC tem como principal objetivo administrar as reservas internacionais da China, investindo em uma variedade de ativos globais para garantir retornos sólidos e diversificar as fontes de receita do país.

Em 2020, o CIC registrou um retorno de mais de 12% em seus investimentos no exterior, aproveitando o cenário de mercados aquecidos por políticas monetárias frouxas em meio à pandemia. Este desempenho marca um ano de avanço significativo para o fundo soberano, destacando sua capacidade de adaptação e resiliência em um ambiente econômico incerto.

Os retornos não auditados do CIC também revelam que a média móvel de 10 anos do fundo atingiu mais de 6,6%, superando a meta estabelecida pela instituição. Zhao Haiying, vice-presidente executiva do CIC, comentou que, apesar das flutuações de mercado, o fundo manteve uma posição firme como investidor de longo prazo.

O CIC tem se concentrado em aumentar os investimentos alternativos e diretos, com a meta de elevar esses ativos para 50% do portfólio global até o final de 2022. Em 2020, o fundo se aproximou dessa meta, mesmo após uma queda na contribuição desses ativos em 2019, causada pelo rali das ações. Zhao destacou que o ano passado foi um teste crucial para o CIC, tanto em termos de retorno do portfólio quanto de gestão de investimentos, mas que o fundo obteve sucesso em ambos os aspectos.

Um dos ajustes estratégicos do CIC incluiu uma posição “overweight” em ações de tecnologia e empresas asiáticas, setores que apresentaram forte desempenho em 2020. O índice MSCI World, por exemplo, subiu 14% no ano passado, após uma recuperação acentuada das quedas registradas no início da pandemia.

Brasil pode ter novo fundo soberano

O Brasil já teve seu próprio fundo soberano, o Fundo Soberano Brasileiro (FSB), criado em 2008 com base em um superávit primário excedente, equivalente na época a 0,5% do PIB, cerca de R$ 14,2 bilhões. No entanto, em 2019, o FSB foi extinto. A criação de um novo fundo soberano no Brasil, uma possibilidade que volta a ser discutida, depende de uma série de condições econômicas e políticas.

Para que um novo fundo soberano seja viável no Brasil, é fundamental que existam receitas extraordinárias disponíveis, como superávits fiscais, e que o custo da dívida pública seja inferior ao retorno que poderia ser obtido com os investimentos dessas receitas, segundo dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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