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Economia de Hong Kong sob ameaça do coronavírus

Economia de Hong Kong sob ameaça do coronavírus

Depois dos protestos pró-democracia, agora é o coronavírus que afeta a economia de Hong Kong.

Em 2019, o território autônomo da China, que já foi colônia britânica, viveu intensos conflitos depois que um controverso projeto de lei determinava que suspeitos de crimes fossem transferidos para a China continental. A população temia que, com a nova lei, aumentasse o poder de influência da China sobre o território.

Projeto de lei suspenso, o que os moradores de Hong Kong não imaginavam é que teriam que brigar com outra questão vinda chinesa. Desta vez, ligada à saúde: o surto de coronavírus.

O coronavírus já fez vítimas em Hong Kong e a cidade vive em crise econômica, com falta de abastecimento de produtos de primeira necessidade.

Economia de Hong Kong já em recessão

Na segunda-feira (17), a agência France Press reportou que a polícia estava em busca de ladrões que roubaram centenas de rolos de papel higiênico à mão armada em uma das cidades que sofrem com o desabastecimento.

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De acordo com reportagem da CNBC, Hong Kong já está em recessão. Vendas no varejo em queda e a economia se contraindo por três trimestres consecutivos. As vendas no varejo devem registrar em janeiro a maior queda já verificada: 30%, segundo apuração da reportagem.

O número de turistas no território também apresenta uma queda acentuada entre janeiro e fevereiro. Segundo as autoridades locais, ameaçando 4 mil postos de trabalho.

A Federação de Restaurantes e Negócios Relacionados afirmou que mais de 100 restaurantes já foram fechados.

Segundo a União Geral dos Empregados do Estabelecimento Alimentar, o setor de restaurantes já havia caído de 30% a 50% durante os protestos. Porém com o coronavírus piorou o quadro: agora, a queda é de 70% a 80%.

“É bastante deprimente. As pessoas do setor ficam se perguntando quando perderão o emprego”, disse uma fonte à CNBC.
Durante o Ano Novo Lunar, o maior feriado do ano em Hong Kong, os negócios caíram de 30% a 50% na comparação ao mesmo período do ano passado. As vendas de joias, relógios, cosméticos e roupas caíram 80%.

Lojas fechadas

As empresas confirmam a crise. A rede de restaurantes LH Group Limited disse que fechou temporariamente todos os seus restaurantes On-Yasai e Mou Mou Club. A Chow Tai Fook Jewellery, fornecedora de joias preciosas, fechou temporariamente 40 pontos de venda em Hong Kong e Macau. A rede de cosméticos Sa Sa International fechou algumas lojas. Afirmou que irá reduzir sua força de trabalho em Hong Kong em até 3%. Além de reduzir salários de 10% a 40% entre os meses de março e maio, para reduzir custos.