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Como proteger o patrimônio durante toda a vida? Especialistas da EQI apontam caminhos

Como proteger o patrimônio durante toda a vida? Especialistas da EQI apontam caminhos

Durante a vida, enfrentamos diversas situações que podem nos ajudar ou atrapalhar na construção de nosso patrimônio.

Tais eventos podem ser em escala macroeconômica, assim como no âmbito pessoal. 

Seja como for, saber se proteger das adversidades, é uma boa forma de evitar perdas relevantes que coloquem em risco a perenidade dos ativos financeiros. Então como proteger o patrimônio?

No mundo dos investimentos, é comum ouvirmos falar da diversificação para compensar eventuais perdas. 

Mas, é preciso ir um pouco mais além, quando se pensa nos chamados “eventos de cauda longa”, aqueles que têm baixa probabilidade de acontecer, mas que possuem altíssimo impacto, como falências, mortes e doenças. 

“Se não houver planejamento ao longo da vida, diante de situações como essas, o patrimônio pode deixar de ter ganhos no patamar de 50%, ou até maiores”, alerta Allan Teixeira, Head de Gestão Patrimonial da EQI Investimentos.

É sobre isso que a live do Investidor Inteligente, comandada por Denys Wiese, estrategista da EQI Investimentos, tratou. 

Para o tema “Como perpetuar o seu patrimônio em um ambiente de aumento de impostos”, Wiese convidou Allan Teixeira para esclarecer todas as dúvidas. 

Entre os tópicos abordados, estão pontos importantes envolvendo o planejamento patrimonial e a questão tributária como:

  • A importância do planejamento patrimonial;
  • Como usar o seguro de vida e previdência privada para garantir um futuro tranquilo para você e sua família e ainda otimizar a questão tributária;
  • Blindagem patrimonial, como e porque fazer;
  • Como pagar menos impostos com um bom planejamento e organização financeira;
  • E a reforma tributária: como deverá impactar na vida financeira.

Acompanhe agora os principais insights! 

Reforma Tributária e o novo arcabouço fiscal: quais os impactos para o patrimônio?

O Head de Gestão Patrimonial da EQI Investimentos, Allan Teixeira, explica que mudanças nas leis tributárias sempre podem trazer impactos na construção do patrimônio. 

No entanto, um específico vem causando dúvidas mais imediatas: o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), obrigatório nos casos de transmissão de bens de uma pessoa falecida ou doação ainda em vida.

“Há discussões acerca do aumento da alíquota que hoje varia de estado para estado, entre 2% e 8%. Isso porque, atualmente, o Brasil é um dos países com menor imposto. Nos EUA, chega a 40%, por exemplo”, observa.

De acordo com ele, muitos investidores mostram preocupação com a diversificação de ativos na carteira de investimentos, mas não se atentam quanto às ferramentas jurídicas que podem proteger herdeiros no momento de um possível inventário. 

“A vida é feita de altos e baixos e podem acontecer os chamados ‘eventos de cauda’, aqueles que têm baixa probabilidade de acontecer, mas que possuem altíssimo impacto, como falências, morte, doenças. Se não houver planejamento, o patrimônio pode deixar de obter ganhos no patamar de 50%, ou terem comprometimento ainda maior”, reforça. 

Ciclo da vida para acumulação de patrimônio 

O estrategista da EQI Investimentos, Denys Wiese, explica que durante a vida, é esperado que todas as situações fluam de forma a impulsionar o crescimento do patrimônio com o passar dos anos, como é desenhado no gráfico abaixo, na linha verde.

Contudo, nem sempre todos os eventos acontecem assim de forma linear, como é possível constatar na linha laranja.  

Gráfico acumulação de patrimônio durante a vida

“Veja que no meio do caminho existem eventos que interferem sobremaneira na formação patrimonial. E se você não souber lidar e se precaver de tais eventos, o montante final conquistado será menor do que o ideal para a sua independência financeira”, destaca.

Wiese reforça que muitas pessoas acreditam que a independência financeira é conseguida apenas através dos investimentos. Para ele, o investidor se concentra somente em poupar e rentabilizar, mas esquece da preservação do patrimônio. 

“Não basta gastar menos do que ganha ou ter rendimentos bons acima da poupança ou do CDI. É preciso preservar o que já foi conquistado”, orienta o estrategista.

Como proteger o patrimônio?  

Segundo Allan Teixeira, para evitar baixas que poderiam comprometer o padrão de vida atual e no futuro, uma das formas é constituir uma “alfaiataria” financeira, uma espécie de planejamento sob medida para cada necessidade.

“Precisamos ter um dinheiro que possa ‘entrar na frente’ do nosso próprio dinheiro para proteger nossa reserva e garantir independência financeira”, comenta.

Teixeira observa que, dessa forma, os eventos de cauda podem ser diluídos. No entanto, o primeiro passo é se conscientizar dos riscos. 

“É preciso falar sobre o tema para encontrar as melhores soluções. Dentro da EQI, temos muitas amostragens bem sucedidas de passagens por eventos de cauda, que conseguiram proteger muito bem o patrimônio”, avalia. 

Proteção dos herdeiros

Teixeira cita um exemplo bastante comum, mas que gera um grande impacto na vida dos herdeiros: o momento do inventário.

“Quando há um menor de idade como herdeiro, o inventário tem que ser feito judicialmente, o que despende um tempo maior para ser realizado. Caso parte desse patrimônio não esteja devidamente registrado, a regularização é feita durante o processo, o que pode atrasar ainda mais”, explica. 

Segundo ele, a família que não tem um mecanismo capaz de gerar liquidez imediata para cobrir todas as custas com advogados, emolumentos, cartório, ITCMD, pode enfrentar grandes dificuldades. 

“A falta de dinheiro para essa finalidade pode acarretar em uma demora maior para a conclusão do inventário e ainda uma depreciação do patrimônio”.

Ele lembra que, nesse sentido, alguns cuidados devem ser tomados o quanto antes. Conforme veremos a seguir:

Previdência privada: importante na gestão patrimonial 

Um dos aspectos mais importantes da previdência privada está no fato de que ela não está sujeita a inventário, já que é tratada como um seguro. Sendo assim, o dinheiro vai direto para a mão do beneficiário.

“A previdência está sob o cuidado de uma seguradora, portanto, é um Fundo de Investimento, mas com a vantagem de não ter a incidência do come-cotas”, destaca o head de gestão patrimonial. 

Além disso, a previdência tem a possibilidade de escolha entre PGBL – que traz a possibilidade de abatimento fiscal no Imposto de Renda – e VGBL, que funciona como uma previdência normal, com aportes periódicos. 

Teixeira lembra que ambos tipos de previdência também abrem a possibilidade de escolher a tabela de Imposto de Renda. A progressiva, funciona da mesma forma que a tributação sobre o ganho de capital. Já na regressiva, a alíquota diminui com o passar dos anos.

“Com um bom planejamento é possível reduzir o Imposto de Renda atual e ainda pagar um imposto menor no futuro”, analisa. 

Seguro de vida: entenda o papel na proteção do patrimônio 

Outra ferramenta importante na proteção patrimonial é o seguro de vida vitalício, também chamado de “whole life”, um ativo muito popular em países mais desenvolvidos. 

No mercado dos EUA, por exemplo, chega a 92% da população e no Japão, a 98%. No entanto, esse ativo ainda é pouco conhecido no Brasil, segundo Teixeira.

“Quando a gente olha a realidade do brasileiro, 20% têm seguro de vida, sendo que apenas 6% é o seguro de vida vitalício. Os outros 14% são seguros de vida temporários do banco”, aponta. 

Os grandes diferenciais do seguro de vida vitalício é que há um período de pagamento e depois, a apólice fica quitada. Durante o pagamento, a idade do segurado é congelada, removendo o salto etário, que existe no seguro temporário, por exemplo. 

Além disso, durante o período de capitalização, o capital já é segurado “full” desde o primeiro dia.

“Após o término do pagamento, o segurado continua com o seu capital segurado quitado, vitalício. Se optar em fazer o resgate, o valor será atualizado pelo IPCA e um cálculo atuarial. O valor depende do período de pagamento, mas trazendo aqui um exemplo de dez anos, ficaria o valor pago mais 3% atuarial e IPCA”, explica Teixeira.

Seguro de vida vitalício não paga imposto

O importante, de acordo com o head da EQI, é destacar que o seguro de vida vitalício funciona exatamente como o seguro tradicional.

“Tudo o que se paga entra como uma despesa e não tem nenhum tipo de imposto. Já o capital segurado é um benefício, então, não há nenhum tipo de imposto sobre o que seu beneficiário está recebendo. Só há cobrança de imposto de renda sobre o lucro da operação caso haja o resgate”, aponta Teixeira.

E por último, mas não menos importante, com o seguro de vida vitalício, o segurado passa por uma análise antecipada de saúde e, após essa análise, não é necessário adicionar mais nenhuma informação sobre o estado de saúde.

“O congelamento da idade e o atestado de saúde são grandes diferenciais”, reforça teixeira.

Holding: quando fazer?

Além de praticidade na gestão patrimonial, as holdings familiares proporcionam considerável economia tributária em determinadas situações. 

O processo para a abertura segue as mesmas etapas de qualquer empresa. Basicamente, os primeiros passos são definir o regime jurídico, elaborar o contrato social e registrá-lo junto aos órgãos competentes. 

Em relação ao regime tributário, uma das ressalvas é que esse tipo de empresa não pode ser enquadrada no Simples Nacional. O imposto que incide é sobre o lucro presumido, o que traz um abatimento significativo. 

“Normalmente, a holding é constituída com os ativos imobilizados, e ao invés de ter um inventário de escrituras, há um inventário de cotas. Já quanto aos ativos financeiros, alguns deles possuem isenção de IR, por isso, dificilmente são incluídos”, esclarece. 

A holding pode inibir o inventário, desde que as cotas sejam doadas em vida aos herdeiros. 

No entanto, o processo de doação de cotas acontece em uma fase mais avançada da vida. 

“Até lá, é preciso ter ferramentas com liquidez sucessória, como um seguro de vida vitalício. A holding é uma excelente ferramenta, mas é apenas uma parte da solução”, observa Allan Teixeira. 

Para quem está avaliando a possibilidade de abrir uma holding, é importante contar com o apoio de profissionais especializados, como um advogado especialista em planejamento patrimonial e um assessor de investimentos.

Qual a diferença entre holding e offshore?

A empresa offshore é a constituição de uma holding, mas no exterior, que seguirá a parte tributária e legal do país em que estiver sediada. 

Trata-se de uma entidade legal criada para fins de investimento privado de um grupo de investidores ou de uma família, onde o investidor escolhe a jurisdição que, geralmente, ocorre em países que oferecem grandes benefícios fiscais. 

“No entanto, existem custos mensais, aos quais é preciso analisar o tamanho do patrimônio para que sejam justificados. Por isso, a importância de contar com um assessor patrimonial”, previne. 

A EQI tem um time de assessores patrimoniais que pode desenhar as melhores alternativas para o patrimônio. “É um trabalho em conjunto com a assessoria de investimento, pois olhamos o patrimônio de forma completa, nacional e internacionalmente”, finaliza Allan Teixeira.