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Casamento e finanças pessoais: como equilibrar as contas?

Casamento e finanças pessoais: como equilibrar as contas?

Maio, mês das noivas… E se falamos em casamento, logo chegamos ao… planejamento financeiro. Afinal, qual o melhor caminho: casar e unir as contas ou apenas casar e cada um continuar com sua carteira? Bom, se manter um planejamento financeiro pessoal já é difícil, imagine consolidar casamento e finanças pessoais?!

Mas, calma! Tudo é uma questão de como equilibrar as contas a dois, mas para isso é preciso ter controle e abertura entre o casal. Casamento não é difícil e lidar com dinheiro também não, basta aprendermos a simplificar.

“Quando se fala de busca do equilíbrio financeiro em um casamento, estamos falando de dois interesses que devem ser conciliados. E é justamente aí que está o segredo: eliminar a hipótese de dois interesses”, explica Gustavo Cerbasi, consultor financeiro e autor do livro de sucesso “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”. Escrito em 2004, o livro se mantém atual e, nele, Cerbasi busca mostrar qual é a leveza necessária para unir casamento e finanças pessoais sem crise e com a união como chave do sucesso.

Casamento e finanças pessoais. Gustavo Cerbasi / Divulgação
Gustavo Cerbasi / Divulgação

Confira alguns pontos que Cerbasi lista como o segredo para uma relação saudável entre casamento e finanças:

  • união de estratégias
  • união de planos
  • união de pensamentos

“Em vez de buscar um equilíbrio, é preciso uma harmonia na união de forças. Uma harmonia na construção de uma estratégia de longo prazo, que considere os interesses de um, do outro e do casal, ou seja, são três tipos de interesses”, ressalta. Para ele, no relacionamento um mais um é igual a três. 

Para que a união funcione, ensina, é preciso unir interesses de maneira estratégica e pensada para que eles se tornem uma coisa só.

Um exemplo disso é quando queremos realizar uma grande viagem dos sonhos, como conhecer Orlando, por exemplo, ou comprar o carro do ano. Não dá mais para ser algo decidido por um, tem que ser em conjunto!

Casamento e finanças pessoais: como entrar no assunto?

A introdução ao tema finanças no relacionamento, ensina Cerbasi, deve ser a mais simples possível, sem perguntas sobre as contas do parceiro e sem números. Não é preciso começar discutindo sobre renda, gastos e investimentos. A conversa pode ser mais leve e natural dentro do relacionamento, perguntando apenas se o outro está feliz ou “por que você está feliz?”.

“Ao entender o que faz o outro feliz, nós sabemos quais são os pontos frágeis das nossas escolhas, da nossa maneira de conduzir um relacionamento”, comenta Cerbasi. Para o consultor, quanto mais falamos sobre uma busca constante de felicidade, a partir do que é importante para o outro, mais elementos temos para entender que tipo de ressalvas podem ser feitas na hora de um sacrifício financeiro ou que tipo de ressalvas jamais podem ser feitas. Pergunte-se: do que a outra pessoa jamais abriria mão quando algo exige disciplina, motivação e investimento ao longo do tempo?

Estar feliz é um argumento: essa é uma boa técnica de acordo com o especialista do que podemos colocar como prioridade no relacionamento e para ntender a prioridade dos projetos, sonhos e aventuras que queremos realizar. Além disso, há também concessões, sacrifícios e sonhos que vão direcionar os esforços de tempo e dinheiro para a construção dos momentos especiais da vida a dois.

A união de contas é necessária?

Não! De acordo com Cerbasi, não é necessário unir contas. A ideia de contas conjuntas vem de um argumento antigo, de quando existia um custo para se manter contas separadas, como taxas bancárias e CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Nos dias atuais, quando falamos em investimento pessoal, ele é individual e por CPF. Por isso, muitos preferem ter contas separadas, pois a conta conjunta dificulta na hora de traçar estratégias.

“O importante é que o planejamento seja um só, que a conversa sobre as escolhas seja uma só e que o casal tenha plena consciência das limitações que podem surgir – como renda limitada de um dos dois, dificuldade de equilibrar os gastos por algum tipo de vício, algum tipo de apêndice financeiro que venha de um casamento anterior, por exemplo”, comenta Cerbasi.

Estou em um relacionamento, devo juntar as contas?

Para quem está começando, a melhor maneira é juntar as despesas. Criar uma planilha compartilhada com as decisões tomadas pelos dois, como uma viagem, moradia conjunta e unir os objetivos maiores.

“A organização dos gastos desse item pode ser um bom argumento para se discutir até que momento o casal estará compartilhando despesas e a partir de que momento o casal estará se unindo”, diz o consultor. Isso configura financeiramente uma união para não mais ter que participar do pagamento das despesas, mas sim organizar a utilização de recursos para otimizar o pagamento de cada conta do relacionamento.

Casamento e finanças pessoais: como fica agora que casei?

A partir do momento em que se formaliza um casamento, não existe mais a questão da diferença salarial. Segundo o autor de finanças, casamento é unir as forças.

“Se um ganha dois, o outro ganha três, então o casal ganha cinco e não existe mais a percepção de que um é mais rico ou mais pobre que o outro, um tem mais capacidade ou menor capacidade que o outro. O casamento é justamente a união de duas fontes, dois esforços para que, juntos, possam ter uma condição fortalecida de construir um estilo de vida e realizar seus sonhos”, afirma.

Ou seja, a diferença salarial cai por água abaixo quando há uma decisão de casamento baseada na união e no construir juntos.

Casamento e finanças pessoais: alinhando planos e metas

No livro “Como Organizar Sua Vida Financeira”, Gustavo Cerbasi aborda a inversão na ordem das escolhas, como a medida em que nos aproximamos do fim da vida.

Casamento e finanças pessoais. Gustavo Cerbasi / Reprodução Capa do Livro "Como Organizar Sua Vida Financeira"
Capa do Livro “Como Organizar Sua Vida Financeira” / Reprodução

“Com o tempo vai ficar cada vez mais claro que o que dá sentido à vida é a realização dos grandes projetos, dos grandes sonhos, as experiências mais ambiciosas.  Então, quando se fala de plano e meta financeira, eu tenho que falar de planos para realizar grandes objetivos, para adquirir grande estabilidade financeira, para ter tranquilidade”, comenta ele.

E para que sejam concretizados cada objetivo e sonho, é preciso, primeiramente, que o casal decida financeiramente quanto será reservado mensalmente para investimentos.

O segundo e próximo passo é entender que os planos a longo prazo exigem disciplina e motivação pelo sonho, garantindo o sentimento de recompensa ao pensar mais no futuro.

“Então, em vez de consumir o restante do orçamento com o padrão de vida que ocupe todo esse orçamento, o segundo passo do planejamento é dedicar uma verba para a qualidade de vida, seja a prática de esportes, lazer ou celebrações”, comenta. O importante é o sentimento de recompensa.

De acordo com Cerbasi, a terceira decisão é com o dinheiro que sobra depois de investir e de dedicar uma verba para a qualidade de vida. “Sobra uma verba para decidir de maneira bastante criativa qual o estilo de vida que esse casal pode ter, resultando uma reflexão bastante simples e que uma vida mais simples, uma vida mais enxuta, será o caminho para ter uma vida com mais qualidade, ou seja, mais experiências e mais realizações, mais sonhos no longo prazo”, complementa.

Relacionamentos que contam apenas com uma renda

Bem, esses já são casos mais específicos, em que é preciso ter cuidado redobrado, pensando em seguro de vida ou estratégias de substituição da fonte de renda que o casal possa adotar para manter o estilo de vida diante de um imprevisto.

“É muito comum na nossa sociedade, não apenas na brasileira, que em um dado momento da carreira de ambos, a mulher abra mão da sua carreira para priorizar a maternidade e a educação dos filhos. E é nesse momento que o homem assume um papel preponderante no provimento da família”, relembra educador financeiro.

Segundo ele, se esta for a opção do caso, é importante que o parceiro entenda o momento e incentive a esposa a buscar conhecimento, formação e atualização curricular. Assim, caso haja algum problema de percurso, ela consiga se recolocar no mercado rapidamente, garantindo renda.

Além de ser consultor financeiro e autor de livros com orientações para planejamento financeiro, Gustavo Cerbasi é também sócio da SuperRico Saúde Financeira, uma plataforma que capacita pessoas e famílias a realizarem mais objetivos e terem total controle de sua vida financeira.

Até que a sorte nos separe!

Casamento e finanças pessoais. Reprodução Capa do Filme Até Que a Sorte Nos Separa
Capa do Filme Até Que a Sorte Nos Separe / Reprodução

Baseado no best-seller de Cerbasi, “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, o filme “Até que a Sorte nos Separe” traz Leandro Hassum e Danielle Winits em uma comédia romântica e de ostentação – ou não.

Com muitas aventuras, o casal ganha na loteria e mostra o que acontece quando há muito dinheiro e nenhum planejamento financeiro. O longa da Paris Filmes entretem com desabafos e trapalhadas da família que apesar de ter dinheiro, não sabe o que fazer com o montante.

O filme dá uma lição em quem pensa ter tudo, mas não planeja nada. Para assistir, o longa está disponível na plataforma da Netflix.

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