As ações da Caixa Seguridade (CXSE3) estrearam nesta quinta-feira (29) na B3 (B3SA3). No início da tarde, às 13h05, os papéis da companhia estavam em alta de 5,07%, a R$ 10,16. Durante o início do pregão, subia a 6%.
A meta era de levantar até R$ 5,7 bilhões com a oferta. A preparação do IPO foi interrompida duas vezes no ano passado. De acordo com a empresa, as razões seriam as condições do mercado nas respectivas ocasiões. Contudo, a possibilidade de abertura de capital desse braço da Caixa é aventada desde 2017.
Além disso, o avanço do IPO da Caixa Seguridade ocorre a despeito do ambiente da maior aversão às estatais no Brasil diante de episódios de interferência do governo Bolsonaro em companhias como Petrobrás e Banco do Brasil.
O objetivo da companhia é “consolidar, sob uma única sociedade, todas as atividades da Caixa nos ramos de seguros, capitalização, previdência complementar aberta, consórcios, corretagem e atividades afins, incluindo quaisquer expansões futuras dessas atividades, no Brasil ou no exterior, orgânicas ou não, proporcionando ganhos de escala nessas atividades e em suas operações e obtendo reduções de custos e despesas no segmento de seguridade”.
Follow on da CXSE3
Mais adiante, com a companhia já listada, o banco poderia fazer uma oferta secundária, o chamado follow on, conforme antecipou o Estadão/Broadcast.
Conforme mostrou o Estadão, várias empresas estão desistindo de abrir o capital neste momento, por conta do avanço da Covid-19 e também do aumento dos ruídos políticos, que acabam atrapalhando a economia.
No passado, a oferta da Caixa Seguridade era estimada em R$ 15 bilhões, e o objetivo do banco público era avaliá-la entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões. Agora, esse deve ser o patamar a ser alcançado nos próximos anos, após ser listada em Bolsa, equiparando-se, assim à BB Seguridade, que vale R$ 49,5 bilhões na B3.
A operação é conduzida pela Caixa, ao lado de Morgan Stanley, Bank of America, Itaú BBA, Credit Suisse e UBS BB. O Banco do Brasil também está na operação e será responsável por incrementar a oferta junto ao varejo, ao lado da Caixa.