Relatório do banco BTG Pactual (BPAC11) mostram que os resultados operacionais do quarto trimestre (4TRI21) da Tenda (TEND3), ficaram em linha com as projeções.
De acordo com o banco, os dados ficaram, em sua maioria sem intercorrências. Aponta ainda, no entanto, que que as transferências fracas para os bancos podem levar a um fraco fluxo de caixa no trimestre.
O cenário de curto prazo para incorporadoras de baixa renda é considerado difícil, com altos custos de construção e espaço limitado para aumentos de preços de venda. Com isso, provavelmente as margens podem ficar pressionadas por um tempo.
“Mantemos nossa recomendação de Compra para Tenda com base em seu valuation atrativo”, informa trecho do relatório.
BTG (BPAC11): Tenda (TEND3) tem vendas líquidas de R$ 781 milhões
No último trimestre de 2021, as vendas brutas foram de R$ 906 milhões, com aumento de 6% frente ao 4TRI20. Os distratos foram de R$ 125 milhões, com elevação de 111%. Isto resultou em vendas líquidas de R$ 781 milhões, sendo 2% menor do que 4TRI20 e 3% abaixo da projeção BTG.
“Sinalizamos que o preço médio de venda aumentou 1,5% t/t e 11,3% a/a, o que significa que a Tenda continua aumentando os preços das casas para compensar os maiores custos de construção”, aponta outro trecho do documento do banco de investimentos.
Lançamentos de R$ 836 milhões
A Tenda lançou 17 projetos no valor de R$ 836 milhões no último trimestre do ano. Isso significa uma redução de 6% frente ao quarto trimestre de 2020. E 15% abaixo da projeção BTG.
Isto colocando os lançamentos do 2021 em R$ 3,07 bilhões, com variação positiva de 15% ante 2020. Enquanto isso, transferiu 4.809 unidades para bancos, totalizando R$ 594 milhões, sendo uma redução de 4% com relação ao ano anterior.
A empresa informou que os principais fatores pelo fluxo de caixa em 2021 foram: mudanças regulatórias na Caixa Econômica Federal; aquisições antecipadas de materiais de construção; e lenta transferência de recebíveis para bancos.