A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla em inglês) informou nesta terça-feira (4), segundo a Broadcast, que a demanda doméstica do setor aéreo, medida em passageiro-quilômetro pago (RPK) no Brasil, foi 54% menor em março deste ano na comparação com o mesmo período de 2019, período pré-crise.
Já a oferta doméstica, medida em assentos disponíveis por quilômetro (ASK), foi 44,2% menor em março de 2021, no Brasil, comparada a igual intervalo de 2019.
Tráfego brasileiro recuou
Segundo a entidade, o tráfego doméstico brasileiro recuou à medida que as autoridades aumentaram as restrições em meio ao aumento dos casos de covid-19.
O resultado de março foi pior do que o registrado em fevereiro, quando a demanda (RPK) foi 34,9% menor do que o mesmo intervalo de 2019.
“O mercado brasileiro é muito importante para a região, mas surgiram dificuldades recentemente devido a uma nova variante da covid-19, que impactaram os avanços já registrados no setor”, disse o economista-chefe da IATA, Brian Pierce, a jornalistas nesta terça-feira.
Retomada prevista
A expectativa da IATA é que a demanda global se recupere em breve.
No tráfego internacional, a estimativa é que a recuperação aconteça de maneira mais intensa a partir do segundo semestre.
No entanto, o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, alertou que a vacinação não é o único instrumento de retomada do setor aéreo.
Segundo o dirigente, muitos países ainda têm déficit de vacinas ou passageiros não podem se vacinar, o que não pode impedir o tráfego aéreo internacional.
“Não podemos cair na armadilha de que só a vacinação é capaz de liberar de forma segura o tráfego aéreo.”
Para ele, os testes do tipo PCR também serão chave para a retomada do mercado.