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Brasil é o quarto colocado no ranking de transações em tempo real no mundo

Brasil é o quarto colocado no ranking de transações em tempo real no mundo

Um relatório feito pela ACI Worldwide, companhia de software de pagamentos, indicou que o Brasil foi, em 2021, o quarto país que mais realizou transações em tempo real no mundo. No total, foram 8,7 bilhões de transações instantâneas.

Esse desempenho no ranking da ACI Worldwide está vinculado à disseminação do Pix no Brasil. Em 2021, 5% de todas as operações feitas no país foram instantâneas, porém, a expectativa é  que essas operações representem 34% de todas as transações feitas no Brasil em 2026.

Já outros meios eletrônicos, como os cartões, devem representar 26% do total de transações em 2026, no Brasil. Atualmente, eles representam 30% do total. Os pagamentos em papel, por sua vez, devem cair de 65% em 2021 para cerca de 40% do total das transações em 2026 no país.

Ranking global de transações em tempo real

A Índia lidera o ranking feito pela ACI Worldwide com 48,6 bilhões de transações em tempo real, em 2021. Depois está a China, com 18,5 bilhões no mesmo ano. Em seguida, está a Tailândia, com 9,7 bilhões.

Entre os dez primeiros colocados também estão:

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  • Coreia do Sul, em quinto, com 7,3 bilhões de transações;
  • Nigéria, em sexto, com 3,7 bilhões de transações;
  • Reino Unido, em sétimo, com 3,5 bilhões de transações;
  • Estados Unidos, em oitavo, com 1,8 bilhões de transações;
  • Japão, em nono lugar, com 1,7 bilhões de operações;
  • México, em décimo lugar, com 1,5 bilhões de transações em tempo real.

O ranking analisa 53 países e um total de 118,3 bilhões de transações instantâneas. O crescimento desse tipo de operação, em 2021, foi de 64,5% em relação a 2020. A expectativa é de que, em 2026, esse número ultrapasse 420 bilhões de transações instantâneas.

Um dos destaques apontados no relatório é a posição de liderança de vários países emergentes. Segundo a ACI Worldwide, isso indica que o impacto de instrumentos instantâneos é maior sobre nações com mais potencial de inclusão financeira.

Esses novos instrumentos, segundo a ACI Worldwide, ajudaram a adicionar US$ 78 bilhões no PIB desses países em 2021. A expectativa é que esse valor supere os US$ 170 bilhões em 2026.

Outro fator que ajudou na disseminação dessas operações é a participação obrigatória de determinadas instituições nos sistemas instantâneos de transações. No Brasil, por exemplo, o Banco Central tornou obrigatória a oferta do serviço de Pix de qualquer instituição financeira com mais de 500 mil contas ativas. Isso ajudou a impulsionar o serviço no país.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Leonardo Escobar, líder para a América Latina da ACI Worldwide, afirmou que “a possibilidade de ajudar pessoas que não estão inseridas no sistema financeiro ou pequenos negócios, por exemplo, é muito mais importante para os mercados emergentes do que para Estados Unidos ou países da Europa, onde a maioria das pessoas já tem acesso a serviços financeiros”.

Segurança

As questões relacionadas à segurança de operações como o Pix foram também analisadas pelo relatório. Por exemplo, com o Pix criminosos passaram a pulverizar recursos com mais velocidade, o que dificulta o trabalho da polícia.

No entanto, segundo relatório, programas de educação financeira e investimentos das instituições para combater e identificar transações fraudulentas vão auxiliar a manter o crescimento desse tipo de pagamento.

FedNow, o Pix dos EUA

Muito semelhante à ferramenta brasileira, o FedNow, o Pix dos Estados Unidos, terá de enfrentar a concorrência de sistemas instantâneos de instituições privadas, como o Zelle, que já estão em funcionamento nos EUA desde 2017.

O Pix do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deverá ser implementado em 2023. O serviço ficará disponível para instituições financeiras e permitirá pagamentos em tempo real.

O Fed pretende atingir bancos menores e digitais. Aqui no Brasil, o BC estabeleceu que instituições com mais de 500 mil contas fossem obrigadas a participar do sistema. Nos EUA, a adesão das grandes instituições poderá não ser obrigatória.