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Campos Neto: BC descarta financiamento externo a curto prazo

Campos Neto: BC descarta financiamento externo a curto prazo

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, comentou nesta segunda-feira (1), em audiência pública virtual, sobre os efeitos da pandemia na economia do País.

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De acordo com o executivo, o Brasil sofreu mais do que outros países emergentes com a saída de capital estrangeiro. “Teve uma saída bastante grande”, sintetizou.

Essa saída “bastante grande” terá como consequência o fato de o financiamento externo não ser uma opção para o País a curto prazo.

Os números mostrados por Campos Neto revelaram que, apenas em março, houve US$ 21,3 bilhões em retiradas do País, enquanto abril fechou com números um pouco menores – US$ 6,6 bilhões.

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“Fator medo”

Na visão do presidente do BC, a demora para o financiamento externo voltar está diretamente ligada ao medo causado pela pandemia de coronavírus.

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“Tem um elemento do fator medo na população, de que, mesmo depois que a quarentena for encerrada, ou diminuída, o fluxo de pessoas vai demorar a voltar”, projetou.

“Esse fator medo que existe na população vai ficar com a gente até ter uma vacina ou pelo menos até o meio do ano que vem. A volta em alguns setores de serviços vai ser mais lenta”, completou Campos Neto.

Câmbio

O principal executivo do BC também abordou outro assunto que vem preocupando os analistas econômicos do País: o preço do dólar.

Os números mais recentes monitorados pelo Banco Central apontaram uma desvalorização de 24,7% da moeda brasileira em relação à norte-americana.

Para Campos Neto, essa variação também está ligada ao medo.  O executivo lembrou que os dados de percepção de risco em todo o mundo pioraram com o crescimento dos casos de Covid-19 e afetaram em particular os emergentes.

PIB

As previsões para o Produto Interno Bruto do Brasil, que fechou o primeiro trimestre em retração de 1,5%, foram ainda piores para a sequência do ano.

Para o presidente do BC, o PIB do País terá “uma queda bem pior do que no primeiro”. Campos Neto projetou que no terceiro trimestre de 2020, no entanto, o cenário deverá apresentar uma pequena recuperação.

Inflação

Na visão de Campos Neto, a meta da inflação para 2020 não deve ser mudada. O presidente do BC foi questionado a respeito pelo deputado Felício Laterça (PSL-RJ) e se posicionou.

“Se eu acho que nós deveríamos mudar a meta? Não. Eu acho que, quando há um desvio temporário da meta por uma razão extraordinária, não deveria mudar a meta. A meta deveria ser mais estável do que isso”, comentou, de acordo com informações da Agência Brasil.

Emissão de moeda

inflação

O executivo também foi abordado novamente sobre a possibilidade de o BC ter de emitir moeda e, assim como fez em outras ocasiões, se mostrou contrário à medida.

“Se for criada uma simetria de, quando a inflação estiver alta, subir os juros, e, quando a inflação estiver baixa, emitir moeda, provavelmente, na visão do mercado, a inflação vai ser sempre acima – vai criar um viés de alta de inflação”, concluiu.

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