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Taxação das LCIs tende a elevar o custo do crédito imobiliário

Taxação das LCIs tende a elevar o custo do crédito imobiliário

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) alertou que a proposta de taxação das LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) pode elevar em 0,7% o custo do financiamento habitacional.

“A elevação proposta corresponde a um acréscimo de 0,7% no custo do crédito imobiliário vinculado ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE)”, afirmou a entidade em nota divulgada nesta segunda-feira (9).

LCIs se tornaram principal fonte de financiamento

De acordo com a Abrainc, com o esgotamento dos recursos da poupança, as LCIs se tornaram a principal fonte de captação para novos financiamentos habitacionais. O estoque desses títulos chegou a R$ 427 bilhões.

Atualmente isentas de tributação, as LCIs permitem que bancos tenham custos de captação menores e ofereçam taxas mais competitivas aos tomadores de crédito.

Financiamento já acumula alta de 45%

A Abrainc destacou que o custo do financiamento habitacional via SBPE já registrou aumento de cinco pontos percentuais nos últimos quatro anos, resultando em acréscimo de aproximadamente 45% no valor das parcelas.

O presidente da Abrainc, Luiz França, alertou em entrevista à CNN Money que a classe média será diretamente impactada. 

“Quem financia imóvel no Brasil, o comprador de classe média, ele terá um aumento na sua prestação”, disse França. 

O dirigente estimou que o aumento nas taxas de juros afastará compradores do mercado.

Setor critica momento da medida

A associação considera a medida um retrocesso para o setor imobiliário em momento em que as taxas já estão elevadas devido à Selic de 14,75% ao ano.

“A nova medida, portanto, representa um obstáculo adicional para as famílias que desejam adquirir a casa própria, além de comprometer o crescimento econômico e a geração de renda no país”, afirmou a associação.

O setor da construção civil gerou 182 mil empregos formais em 2025, correspondendo a 13,2% do total de vagas com carteira assinada criadas no país, e registrou crescimento de 3,4%, superando o PIB brasileiro (2,9%).

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