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Selic terminal tem projeção reduzida, diz pesquisa do BofA

Selic terminal tem projeção reduzida, diz pesquisa do BofA

A expectativa de que a economia brasileira entre em um ritmo mais lento de crescimento tem levado gestores de fundos da América Latina a reverem para baixo suas projeções para a taxa básica de juros, a Selic. É o que mostra a mais recente edição da Pesquisa com Gestores de Fundos da região, divulgada nesta terça-feira (15) pelo Bank of America (BofA). O levantamento ouviu 32 gestores, que juntos administram cerca de US$ 79 bilhões em ativos.

Segundo o relatório, a estimativa de taxa terminal da Selic caiu significativamente desde o início do ano. Em janeiro, o consenso era de que o atual ciclo de alta terminaria em 17%. Agora, dois terços dos gestores veem a Selic encerrando o ciclo entre 14,5% e 15%. Atualmente, a taxa está em 14,25%.

A revisão está ancorada na perspectiva de que uma desaceleração do crescimento ajude a conter as pressões inflacionárias, reduzindo a necessidade de aperto monetário mais severo. No último encontro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1 ponto percentual e sinalizou nova alta na reunião de 7 de maio, sem, no entanto, definir a magnitude do ajuste, reiterando que a decisão dependerá da evolução dos dados econômicos.

Selic: riscos externos limitam apetite ao risco

Apesar da redução na projeção da taxa de juros Selic, os gestores seguem cautelosos. Apenas 6% afirmaram estar tomando mais risco do que o habitual. A maioria dos entrevistados está aumentando a alocação em caixa, influenciada por incertezas externas — entre elas, o temor de novas tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump, caso retorne à presidência dos EUA, além de riscos de desaceleração nas economias americana e chinesa e da queda nos preços das commodities.

Ainda assim, 44% dos gestores planejam aumentar a exposição a ações nos próximos seis meses — um número acima da média histórica de 38%. Os setores mais atrativos, segundo os entrevistados, são os de serviços públicos e financeiro. Já os setores de commodities e consumo discricionário seguem com avaliação negativa (underweight).

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Expectativas para Ibovespa, dólar e PIB

No que diz respeito ao mercado acionário, os gestores preveem um desempenho modesto do Ibovespa em 2025, com leve valorização acima do recorde histórico. A projeção é de que o índice encerre o ano entre 130 mil e 140 mil pontos. Ainda assim, 31% dos entrevistados acreditam que haverá revisões para baixo nas estimativas de resultados corporativos ao longo do ano.

Apesar da cautela, os gestores enxergam as ações brasileiras como mais atrativas do que os ativos mexicanos dentro do contexto latino-americano.

Já no câmbio, a expectativa média é de que o real encerre 2025 em R$ 5,80 por dólar, em meio à previsão de um dólar mais fraco no cenário global. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, a maioria dos gestores projeta uma expansão entre 1% e 2%.

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