Líderes europeus apresentaram propostas para a manutenção da paz e fim da guerra na Ucrânia durante uma reunião emergencial realizada em Londres no domingo. O objetivo era reforçar a influência da Europa nas negociações de paz e tentar atuar como mediadora entre Kiev e Washington, especialmente após o embate diplomático envolvendo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e autoridades dos EUA.
Plano europeu para o fim da guerra na Ucrânia
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, revelou que um grupo de aliados europeus, apelidado de “coalizão dos dispostos”, está preparado para enviar tropas de manutenção da paz à Ucrânia caso um acordo seja alcançado. O plano será apresentado aos EUA na esperança de garantir apoio de Washington e oferecer segurança duradoura à Ucrânia.
“Por meio de minhas discussões nos últimos dias, concordamos que o Reino Unido, a França e outros trabalharão com a Ucrânia em um plano para parar a luta. Então discutiremos esse plano com os Estados Unidos e o levaremos adiante juntos”, declarou Starmer à BBC.
Trégua e negociações de paz
Fontes indicam que Starmer e o presidente francês Emmanuel Macron propuseram uma trégua de um mês entre Ucrânia e Rússia para testar o compromisso russo com um acordo de paz. No entanto, a Rússia rejeitou a presença de tropas europeias em solo ucraniano, enquanto os EUA deixaram claro que não enviarão soldados ao conflito.
Tensões entre Washington e Kiev
A reunião europeia ocorreu em meio a uma crise diplomática entre os EUA e a Ucrânia. Durante um encontro na sexta-feira, o presidente Donald Trump e o vice-presidente JD Vance criticaram a liderança de Kiev, acusando-a de ingratidão pela ajuda recebida e de “brincar com a Terceira Guerra Mundial”. Zelensky refutou as acusações, reafirmando a importância do apoio ocidental.
Europa enfrenta desafios para garantir protagonismo
De acordo com informações da CNBC, analistas avaliam que as propostas europeias ainda carecem de detalhes concretos e consenso entre os aliados sobre o futuro da segurança na região. A Ucrânia não faz parte da OTAN nem da União Europeia, tornando incerta a forma como a Europa poderá atuar em sua reconstrução pós-conflito.
Líderes europeus também reforçaram a necessidade de aumentar os gastos com defesa, enviando um sinal a Trump de que a Europa deseja ser mais independente militarmente. O ex-presidente dos EUA, por sua vez, expressou ceticismo sobre a iniciativa europeia, afirmando que “os EUA deveriam se preocupar menos com Putin e mais com o crime interno”.
O papel dos EUA e da Rússia
O futuro das negociações dependerá da reação dos EUA e da Rússia. A presença de tropas europeias na Ucrânia pode dificultar os esforços diplomáticos, enquanto Trump defende um acordo econômico com a Rússia como solução para evitar uma nova invasão.
O desfecho da reunião de Londres segue incerto, mas a Europa busca garantir sua relevância na resolução do conflito e pavimentar um caminho para o fim da guerra na Ucrânia.
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