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Preços das terras agrícolas subiram 113% em 5 anos

Preços das terras agrícolas subiram 113% em 5 anos

Um estudo da Scot Consultoria, que analisa o mercado de terras agrícolas nos 17 Estados mais relevantes na produção de grãos e gado de corte, revela que, nos últimos cinco anos, os preços das áreas para agricultura no Brasil aumentaram 113%. O valor médio do hectare passou de R$ 14.818,10, em julho de 2019, para R$ 31.609,87 no mesmo mês de 2024.

No caso das terras destinadas a pastagens, a valorização foi ainda mais expressiva, alcançando 116%, com os preços subindo de R$ 8.267,14 em 2019 para R$ 17.886,94. Esse crescimento fez com que a compra de terras se tornasse um dos investimentos mais rentáveis dos últimos cinco anos.

Em entrevista ao Globo Rural, Felipe Fabbri, analista de mercado da Scot Consultoria, comentou: “Terra só valoriza. Dificilmente tem um ano em que a terra não acompanha pelo menos a inflação.”

Ele também destacou que o desempenho do investimento dependerá de diversos fatores, como a produtividade da área e as cotações das commodities, mas ressaltou: “Dificilmente uma área rural não vai valorizar mais do que muitos títulos de renda fixa ligados à Selic ou o IPCA.”

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Preços das terras agrícolas

De acordo com o estudo da Scot Consultoria, entre 2019 e 2024, os preços médios das propriedades agrícolas mais que dobraram em 11 estados. As maiores valorizações ocorreram em regiões de fronteira agrícola, onde ainda é possível encontrar terras com preços mais baixos em comparação aos estados com uma produção agrícola mais consolidada.

Rondônia se destacou com a maior valorização, com os preços das terras agrícolas subindo cerca de 300%, enquanto as pastagens tiveram um aumento de 286%. Maranhão e Piauí, localizados na região do Matopiba (onde se encontram os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), também registraram uma valorização superior a 200%. Mesmo no Paraná, onde as áreas agrícolas mais caras do Brasil estão localizadas, o aumento foi significativo, alcançando 107% no período.

Como investir no agronegócio

O Brasil se destaca como uma das maiores potências globais no setor do agronegócio, o que justifica a criação de instrumentos financeiros específicos para esse mercado. Para quem deseja investir nesse setor, mas não possui o capital necessário para adquirir terras agrícolas, o Fiagro se apresenta como uma alternativa interessante.

Criado em 2021, o Fundo de Investimentos nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro) foi desenvolvido com o objetivo de facilitar a captação de recursos para o setor agropecuário. Esta modalidade permite que investidores em geral possam contribuir com a expansão das cadeias produtivas agrícolas, um processo antes restrito a grandes investidores institucionais, como bancos.

O Fiagro foi regulamentado pela Lei 14.130 de 2021 e passou a ser acessível aos investidores brasileiros a partir de agosto daquele ano.

Como Funciona o Fiagro?

A estrutura do Fiagro segue muitos dos princípios dos Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs), o que garante uma base sólida para seu funcionamento. Um exemplo disso é a isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos recebidos pelos investidores, como os dividendos distribuídos pelos fundos.

Para investir no Fiagro, o interessado deve adquirir cotas de fundos específicos, que podem variar de preço conforme o mercado. A vantagem é que os detentores dessas cotas têm direito aos rendimentos gerados pelas aplicações feitas com os recursos do fundo, que podem abranger diversas modalidades de investimentos no setor agrícola.

Esses fundos podem aplicar os recursos captados em uma ampla gama de instrumentos financeiros voltados para o agronegócio, como Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Cédulas de Produto Rural (CPR), além de investimentos em ativos físicos que impulsionam o crescimento do setor.

Investir no Fiagro oferece uma forma acessível e eficiente de participar do crescimento do agronegócio brasileiro, mesmo sem a necessidade de grandes quantias de capital inicial.