O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos apresentou estabilidade (0,0%) em novembro na comparação mensal, após deflação de 0,4% em outubro e alta de 0,4% em setembro. Os dados da inflação ao produtor nos EUA foram divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Departamento de Trabalho norte-americano.
Na base anual, o PPI registrou alta de 0,9% em novembro.
O núcleo da inflação ao produtor nos EUA, que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia, subiu 0,1% em novembro, no sexto avanço consecutivo. Nos 12 meses encerrados em novembro, o núcleo do PPI avançou 2,5%.
O dado veio levemente abaixo da estimativa do consenso de analistas do Refinitiv, que estimava uma alta de 0,1% na leitura mensal, e de 1,0% na base anual.

Na base mensal, os preços de alimentos tiveram alta de 0,6% no período, enquanto os de energia recuaram 1,2%.
Um fator importante para a queda dos preços de bens em novembro na inflação ao produtor nos EUA foi provocada pelo petróleo bruto, que caiu 9,5% no intervalo.
CPI: inflação nos EUA sobe 0,1%, em linha com o esperado
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos teve alta de 0,1% em novembro na comparação mensal, após estabilidade (0,0%) em outubro. Os dados do CPI, inflação nos EUA, com ajuste sazonal, vieram em linha com o esperado.
Nos últimos 12 meses, a inflação nos EUA acumulada é de 3,1%, em linha com as projeções do mercado.
O núcleo do CPI, que desconsidera preços mais voláteis, como de alimentos e energia, teve alta mensal de 0,3%, após avanço de 0,2% em outubro. Na comparação anual, o avanço foi de 4,0%, também em linha com as estimativas.
O núcleo da inflação nos EUA é monitorado de perto pelo Federal Reserve, banco central norte-americano, para as decisões de política monetária. A autoridade monetária tem uma meta de 2% no ano.
O Fed decide sobre os juros dos EUA nesta quarta-feira (13), e deve optar por manter as taxas inalteradas no patamar de 5,25% a 5,50%, porém com discurso duro.
Segundo o economista-chefe da EQI Asset Stephan Kautz, os núcleos, especialmente em serviços, têm mostrado certa resistência em desacelerar de maneira significativa abaixo de 0,50%. Isso não quer dizer que o núcleo como um todo não deva continuar caindo. A parte de bens e produtos continua recuando, inclusive com uma leve deflação, o que deve levar o núcleo para o patamar de 3,5% nos próximos meses. Para ficar abaixo disso, será necessária uma contribuição maior de bens, além de desaceleração da economia norte-americana.