A taxa de desemprego no Brasil atingiu 5,8% no trimestre encerrado em junho de 2025, segundo dados da PNAD Contínua divulgados pelo IBGE. Este é o menor índice registrado desde o início da série histórica em 2012, marcando uma queda significativa de 1,2% em relação ao trimestre anterior (7,0%) e também ao mesmo período de 2024 (6,9%).
A queda na taxa de desocupação foi acompanhada pela retração do número de pessoas desocupadas, que caiu para 6,3 milhões — uma redução de 17,4% no trimestre e de 15,4% em comparação anual.

População ocupada bate recorde
Com a melhora no mercado de trabalho, a população ocupada chegou a 102,3 milhões de pessoas, também o maior número desde o início da série da PNAD Contínua. O crescimento foi de 1,8% no trimestre (1,8 milhão de pessoas a mais) e de 2,4% em relação a junho de 2024.
O nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, repetiu o recorde anterior e alcançou 58,8%.
Subutilização e desalento em queda
A taxa composta de subutilização, que inclui trabalhadores subocupados, desocupados e aqueles que poderiam trabalhar mais, caiu para 14,4%, também o menor nível da série histórica. Isso representa uma queda de 1,5 ponto percentual no trimestre e 2,0 p.p. no ano.
A população desalentada — pessoas que desistiram de procurar emprego — caiu 13,7% no trimestre, totalizando 2,8 milhões. Em relação ao ano passado, a queda foi de 14,0%.
Aumento do trabalho formal e por conta própria
O número de empregados com carteira assinada no setor privado chegou a 39,0 milhões, um recorde. Houve aumento de 0,9% no trimestre e de 3,7% na comparação anual. Também cresceu o total de trabalhadores por conta própria, que somaram 25,8 milhões — alta de 1,7% no trimestre e de 3,1% em relação ao mesmo período de 2024.
A informalidade representou 37,8% da população ocupada, o equivalente a 38,7 milhões de trabalhadores, mantendo-se estável em relação aos trimestres anteriores.
Rendimento e massa salarial também crescem
O rendimento médio real habitual do trabalhador chegou a R$ 3.477, um aumento de 1,1% no trimestre e de 3,3% no ano. Essa é a maior média registrada pela PNAD Contínua.
A massa de rendimento real habitual também bateu recorde, totalizando R\$ 351,2 bilhões, com crescimento de 2,9% no trimestre e de 5,9% em doze meses.
Atualização metodológica da PNAD Contínua
Os dados divulgados já incorporam a reponderação baseada no Censo Demográfico de 2022, realizada pelo IBGE. Com isso, as estimativas populacionais utilizadas para os cálculos da PNAD Contínua foram atualizadas, sem alteração na metodologia.
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