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PMI de serviços dos EUA avança em outubro

PMI de serviços dos EUA avança em outubro

O PMI Serviços dos EUA em outubro avançou para 54,8 pontos, segundo dados da S&P Global, acima dos 54,2 registrados em setembro. O resultado mantém o indicador acima da marca de 50, que separa crescimento de contração, sinalizando uma expansão sólida na atividade do setor de serviços.

O levantamento mostra que o setor de serviços norte-americano entrou no quarto trimestre com força, impulsionado por maior volume de novos negócios e melhora na demanda interna. Contudo, o cenário segue marcado por incertezas econômicas e políticas, o que limitou o ritmo de contratações e reduziu o otimismo das empresas sobre os próximos meses — o menor nível em seis meses.

Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global Market Intelligence, destacou que “o crescimento na vasta economia de serviços dos EUA ganhou velocidade, acompanhando uma melhora no setor industrial”. Segundo ele, o desempenho é compatível com um avanço do PIB em torno de 2,5% ao ano, refletindo uma economia ainda resiliente.

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Custos elevados e pressões competitivas desafiam empresas

Apesar da aceleração na atividade, o PMI Serviços dos EUA em outubro também revelou aumento expressivo nos custos operacionais. As empresas relataram altas em tarifas e despesas com mão de obra, o que elevou os gastos gerais, mesmo com uma leve desaceleração no ritmo de crescimento desses custos — a mais branda em seis meses.

A pressão competitiva, por sua vez, limitou a capacidade das companhias de repassar aumentos aos preços finais. O índice de inflação de venda caiu para o nível mais baixo desde abril, mostrando que a margem de lucro segue comprimida.

Williamson observou que “os clientes estão resistindo aos aumentos de preços, especialmente nos mercados voltados ao consumidor”. Para ele, isso ajuda a conter a inflação, mas também “indica demanda subjacente mais fraca e lucros menores”.

Emprego cresce em ritmo modesto e confiança recua

O relatório aponta que o emprego no setor de serviços subiu pelo oitavo mês consecutivo, mas o avanço foi apenas modesto. Parte das empresas relatou que não substituiu funcionários que deixaram seus cargos, em uma tentativa de conter custos. Mesmo assim, o aumento da equipe ajudou a controlar o volume de trabalho em aberto.

Quanto às expectativas, o levantamento mostra que a confiança das empresas caiu para o menor nível em seis meses, refletindo as preocupações com o ambiente político e econômico.

Williamson destacou que “as expectativas para o próximo ano caíram drasticamente e estão entre os níveis mais baixos dos últimos três anos”. Ainda assim, ele ressaltou que “as reduções nas taxas de juros ajudaram a compensar parte desse pessimismo, o que deve apoiar os gastos e a atividade econômica nos próximos meses”.

Setores financeiro e tecnológico lideram crescimento

Entre os segmentos, serviços financeiros e tecnologia foram os principais motores da expansão em outubro. O estudo da S&P Global aponta que esses setores se beneficiaram do aumento da demanda e do ambiente de juros mais baixos, que favorece investimentos e consumo.

Williamson afirmou que “o crescimento é impulsionado principalmente pelos setores financeiro e de tecnologia, mas o levantamento também aponta sinais de melhora na demanda dos consumidores”. Esse desempenho reforça a leitura de que a economia dos EUA mantém trilha positiva de crescimento, apesar das pressões de custo e da incerteza global.

PMI Composto avança e confirma expansão da economia americana

O PMI Composto dos EUA subiu para 54,6 pontos em outubro, ante 53,9 em setembro, segundo dados da S&P Global. O avanço reflete a expansão simultânea tanto no setor industrial quanto no de serviços, indicando que a economia norte-americana mantém ritmo positivo de crescimento no início do quarto trimestre.

O indicador composto, que combina o desempenho da indústria e serviços, registrou seu ponto mais alto desde agosto, impulsionado por um crescimento sólido em novos pedidos. Esse movimento sugere que a demanda segue aquecida em diferentes frentes da economia, mesmo diante das incertezas políticas e econômicas que marcam o período pré-eleitoral.

Apesar da aceleração na atividade, as empresas mantiveram postura cautelosa nas contratações, com aumento modesto no emprego. A confiança no futuro permaneceu fraca, atingindo o menor patamar em seis meses. No lado positivo, tanto os custos operacionais quanto os preços de venda registraram os aumentos mais lentos desde abril, sinalizando alívio nas pressões inflacionárias e possível espaço para maior estabilidade nos próximos meses.

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