A produção da ANP registrou novo recorde em outubro, consolidando mais um marco na expansão da indústria brasileira de petróleo e gás. Segundo o Boletim Mensal da Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP), o país alcançou 5,255 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), superando o recorde anterior de julho, quando foram produzidos 5,160 milhões de boe/d.
A extração de petróleo atingiu 4,030 milhões de barris por dia (bbl/d), alta de 2,9% em relação a setembro e de expressivos 23,2% na comparação anual. A produção de gás natural também avançou, alcançando 194,78 milhões de metros cúbicos por dia, aumentos de 2,2% frente ao mês anterior e de 22,5% ante outubro de 2024.
Os campos do pré-sal continuam impulsionando o desempenho nacional. A produção do polígono alcançou 4,276 milhões de boe/d, avanço de 3,2% em relação a setembro e de 27,8% em comparação ao mesmo mês do ano passado. O pré-sal respondeu por 81,4% de toda a produção do país, somando 3,309 milhões de bbl/d de petróleo e 153,72 milhões de m³/d de gás natural ao longo de outubro.
Produção da ANP: aproveitamento do gás continua elevado
O aproveitamento do gás natural se manteve elevado, chegando a 97,2%. Do total produzido, 63,05 milhões de m³/d foram destinados ao mercado. Já a queima de gás foi de 5,43 milhões de m³/d, avanço de 32,7% em relação a setembro e de 51,7% frente ao mesmo período de 2024 — movimento atribuído principalmente a ajustes operacionais em plataformas específicas.
Os campos marítimos foram responsáveis por 97,8% do petróleo e 86,6% do gás natural extraídos. As operações sob gestão da Petrobras, seja de forma individual ou em consórcio, responderam por 90,68% da produção total. No recorte de outubro, 6.421 poços contribuíram para o volume nacional, sendo 552 marítimos e 5.869 terrestres.
Entre os destaques, o campo de Búzios, na Bacia de Santos, se manteve como o maior produtor de petróleo, com média de 884,78 mil bbl/d. No gás natural, Mero liderou com produção de 41,34 milhões de m³/d.
As plataformas também registraram desempenho expressivo. O FPSO Almirante Tamandaré, que atua nos campos de Búzios, Búzios Eco e Tambuatá, foi a instalação com maior produção de petróleo, com 232.940 bbl/d. No gás, o topo ficou com o FPSO Marechal Duque de Caxias, em Mero, responsável por 12,70 milhões de m³/d.
O novo recorde reforça a trajetória de expansão contínua da produção brasileira, apoiada na maturidade do pré-sal e na elevada eficiência operacional alcançada pela indústria.
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