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Petrolíferas avançam na contramão do Ibovespa com petróleo em alta e tensão entre EUA e Venezuela

Petrolíferas avançam na contramão do Ibovespa com petróleo em alta e tensão entre EUA e Venezuela

Em dia de queda do Ibovespa, ações de Eneva, Braskem, Brava Energia e Petrobras sobem com a alta do petróleo após decisão da OPEP+ e tensão entre EUA e Venezuela

Em um dia de queda do Ibovespa nesta segunda-feira (1º), o setor de petróleo opera em alta e se destaca entre os principais movimentos positivos do mercado. Eneva (ENEV3), Braskem (BRKM5), Brava Energia (BRAV3) e Petrobras (PETR3 e PETR4) sobem na tarde de hoje, impulsionadas pela valorização do petróleo no exterior.

O movimento reflete dois fatores combinados: a decisão da OPEP+ de manter suspensos os aumentos de produção no primeiro trimestre, reforçando um ambiente de oferta mais restrita, e a escalada retórica entre Estados Unidos e Venezuela, que adiciona volatilidade às cotações da commodity.

OPEP+ mantém cortes e sustenta preços do petróleo

A OPEP+ confirma nesta segunda-feira (1º) que manterá suspensos os aumentos de produção durante o primeiro trimestre, preservando a estratégia de conter a oferta global de petróleo. A decisão busca sustentar os preços da commodity em um momento marcado por incertezas geopolíticas e sinais mistos sobre a demanda mundial.

Com a manutenção das restrições, o mercado segue operando com:

  • oferta mais apertada no início de 2026;
  • exportações controladas por grandes produtores do Oriente Médio e da Rússia;
  • maior sensibilidade das cotações a riscos geopolíticos, como a escalada verbal entre EUA e Venezuela;
  • suporte adicional aos preços do petróleo, que sobem nesta tarde.

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Tensão entre EUA e Venezuela aumenta prêmio de risco

O mercado também monitora de perto o avanço das tensões geopolíticas. No sábado (29), Donald Trump afirmou que companhias aéreas deveriam tratar o espaço aéreo da Venezuela como “totalmente fechado”, gerando especulações sobre uma eventual operação militar.

No domingo (30), porém, o presidente americano suavizou o discurso e disse que suas declarações não indicam uma ofensiva iminente. Mesmo assim, o alerta permanece, uma vez que os EUA reforçam sua presença militar no Caribe, enquanto Nicolás Maduro acusa Washington de tentar interferir nas reservas de petróleo venezuelanas.

Em carta enviada à Opep, Maduro afirma que as ações americanas “colocam em risco o equilíbrio do mercado global de energia”.

Destaques da Bolsa: petrolíferas sobem na tarde desta segunda

Com o petróleo em alta, as ações do setor avançam na B3:

  • ENEV3 (Eneva ON): +2,01%, a R$ 20,27
  • BRKM5 (Braskem PN): +1,84%, a R$ 7,74
  • BRAV3 (Brava Energia): +0,88%, a R$ 13,76
  • PETR3 (Petrobras ON): +1,23%, a R$ 33,79
  • PETR4 (Petrobras PN): +0,57%, a R$ 31,97

Leia também:

Por que o setor sobe em dias de tensão?

Instabilidades envolvendo grandes produtores elevam rapidamente o prêmio de risco do petróleo. Quando existe a possibilidade de interrupção de oferta — seja por conflito, sanções ou crise política —, a commodity tende a subir.

Para as empresas brasileiras, isso representa:

  • melhora na perspectiva de receitas;
  • valorização das reservas;
  • fortalecimento das margens de exploração e produção.