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“Péssimo parceiro comercial”, diz Trump sobre relação com Brasil

“Péssimo parceiro comercial”, diz Trump sobre relação com Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacendeu as tensões diplomáticas ao falar sobre a relação com o Brasil, afirmando que o país tem sido um “péssimo parceiro comercial”. A declaração foi dada na Casa Branca nesta quinta-feira (14) e gerou repercussão imediata. A fala se contrapõe a dados oficiais que mostram que, desde 2009, a relação comercial entre os dois países tem sido amplamente favorável para os EUA.

Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o último ano em que o Brasil teve saldo positivo na balança com os americanos foi 2009, quando o superávit chegou a US$ 928 milhões. Em 2024, o superávit para os EUA ultrapassou US$ 28 bilhões, um número que contradiz a narrativa de prejuízo defendida por Trump.

O argumento de Trump: tarifas e protecionismo

Na conversa com jornalistas, Trump afirmou sobre a relação com o país: “O Brasil tem sido um péssimo parceiro comercial em termos de tarifas — como você sabe, eles nos cobram tarifas enormes, muito, muito maiores do que as que nós cobramos, e, basicamente, nós nem estávamos cobrando nada.” Segundo ele, essas barreiras comerciais dificultam o comércio bilateral, justificando a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

O presidente também declarou que alguns setores brasileiros “não estão felizes” com as novas taxas, mas reforçou que essa seria uma resposta necessária para equilibrar o comércio. Inicialmente, as tarifas abrangeriam todos os produtos brasileiros exportados para os EUA, mas, antes da aplicação, cerca de 700 itens foram retirados da lista, incluindo suco de laranja, petróleo, minério de ferro, celulose e aviões.

Disputa de narrativas e impacto nas relações internacionais

A fala de Trump ocorre em um contexto de mudança no tabuleiro geopolítico, com países da América Latina se aproximando da China. Questionado sobre esse movimento, o presidente americano minimizou o impacto, mantendo foco na defesa de sua política tarifária.

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Para o Brasil, a acusação de ser um “péssimo parceiro comercial” pode ter mais efeito político do que econômico, já que os números apontam uma vantagem clara para os EUA na relação bilateral. O desafio agora é manter o diálogo aberto e evitar que a retórica acirre tensões comerciais que, na prática, favorecem a economia americana há mais de uma década.

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