A aliança Opep+, que é a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, decidiu manter inalteradas suas cotas formais de produção de petróleo, reafirmando os limites acordados em dezembro do ano passado. A decisão foi acompanhada por expectativas de aumento gradual da oferta por parte de oito países que vinham promovendo cortes voluntários adicionais, fora do escopo oficial do grupo.
A decisão da entidade teve impacto imediato no mercado internacional. O barril do Brent para julho avança 2,04%, cotado a US$ 65,40, enquanto o WTI para o mesmo mês sobe 2,36%, alcançando US$ 62,33.
A política formal da Opep+ prevê cortes de cerca de 2 milhões de barris por dia até o fim de 2026, envolvendo todos os países membros, incluindo produtores dentro e fora da organização. No entanto, desde o ano passado, um subconjunto formado por Arábia Saudita, Rússia, Argélia, Iraque, Cazaquistão, Kuwait, Omã e Emirados Árabes Unidos adotou medidas voluntárias extras, reduzindo coletivamente 1,66 milhão de barris por dia até o fim de 2025.
Oito países da Opep+ podem fazer cortes voluntários
Além disso, até março deste ano, esses oito países implementaram um segundo corte voluntário de 2,2 milhões de barris diários. Desde abril, o grupo iniciou a reversão gradual desses cortes e, segundo informações da CNBC, cerca de 1 milhão de barris por dia devem ser retomados até junho.
Um novo aumento está sendo considerado para julho, com expectativa de que o acréscimo chegue a 411 mil barris diários, mesmo volume das ampliações previstas para maio e junho.
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A possibilidade de aumento coincide com preocupações internas sobre o cumprimento das cotas por parte de alguns membros, como Rússia, Iraque e Cazaquistão. “Este grupo está fazendo o melhor que pode, mas não basta apenas este grupo, precisamos da ajuda de outros”, afirmou Suhail Mohamed al-Mazrouei, ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos, em painel recente do Congresso Mundial de Serviços Públicos.
Na reunião, os países da Opep+ também solicitaram ao Secretariado da entidade que reavalie a capacidade de produção sustentável de cada país, com o objetivo de redefinir as linhas de base para as cotas a partir de 2027. A próxima reunião ministerial da aliança está marcada para 30 de novembro.
